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LGBTI+ em vulnerabilidade recebe apoio do GDF

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O projeto, que começou com a distribuição de 8 mil máscaras com as cores da bandeira da diversidade nas plataformas da rodoviária do Plano Piloto, já passou também pelo Gama e por Santa Maria | Foto: divulgação

As dificuldades econômicas impostas pela pandemia reduziram o orçamento de Jessica Pereira Mota. A transexual de 40 anos viu as dificuldades aumentarem ao se manter em casa sem trabalhar. No início do mês, um suporte veio do Governo do Distrito Federal (GDF). Por meio da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), a profissional liberal recebeu uma cesta básica com alimentos e um kit de assepsia com uma máscara de proteção facial para ajudar no orçamento do mês.

Jessica se soma a um grupo de 350 pessoas atendidas pelo Brasília sem LGBTfobia, projeto do GDF de apoio às pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBTI+) em situação de vulnerabilidade no Distrito Federal.

Todos os beneficiados foram previamente cadastrados em um formulário pela internet ou já faziam parte do banco de dados da organização não-governamental (ONG) Judih-DF e do Instituto Pró Bairro – instituições da sociedade civil parceiras do governo nessa ação. “Foi a única ajuda que recebi e que já garante me manter alimentada nesse período sem trabalho em que preciso me manter em segurança, fora das ruas”, relata Jessica.

O projeto, que começou com a distribuição de 8 mil máscaras com as cores da bandeira da diversidade nas plataformas da rodoviária do Plano Piloto, já passou também pelo Gama e por Santa Maria levando alimentos e itens de higiene a quem enfrenta dificuldades financeiras nesse período de crise. Neste final de semana, chega em Ceilândia, com a entrega de mais 150 cestas e kits. Foram direcionados cerca de R$ 120 mil para o programa, iniciado em outubro, frutos de emenda parlamentar da deputada distrital Arlete Sampaio.

Políticas públicas
Além das doações, orientações sobre os canais de denúncia contra crimes de LGBTfobia são repassados às pessoas atendidas pelo programa | Foto: divulgação

A Sejus é o órgão do GDF responsável pela promoção de direitos da população LGBTI+. A pasta tem a função de, entre outras coisas, criar políticas públicas de garantia de direitos e de enfrentamento ao preconceito, permitindo que esse grupo da sociedade também tenha voz e seja respeitado em todos os espaços.

De acordo com a secretária Marcela Passamani, a pandemia ampliou a vulnerabilidade de diversos grupos, incluindo a comunidade LGBTI+. “É por isso que nós atuamos, em parceria com as organizações da sociedade civil, em ações sociais voltadas a essas pessoas. O público LGBTI+, assim como as demais pessoas vulneráveis, é também atendido em nossas ações itinerantes com serviços de cidadania e justiça”, afirma Marcela.

Além das doações, orientações sobre os canais de denúncia contra crimes de LGBTfobia são repassados às pessoas atendidas pelo programa. “O mais importante dessa ação, além de ajudar a quem precisa, tem sido o contato com o público e ampliação das informações. Informar a população sobre a LGBTfobia e minimizar o preconceito é a nossa missão. Temos recebido com acolhimento e respeito nossa missão nas ruas”, conta a assessora especial da coordenação de políticas de proteção de direitos e cidadania LGBT, Melissa Massayury.

Para Maurício Martins, diretor geral do projeto, adequar o Brasília sem LGBTfobia às condições impostas pela pandemia em 2020 foi necessário para manter a ajuda às pessoas que precisam de assistência. Em anos anteriores, as ações da ONG eram realizadas nas paradas que reuniam mais de 100 mil pessoas no DF. “Nos ajustar foi necessário para garantir a segurança alimentar dessas pessoas e ajudá-las na prevenção ao contágio do novo coronavírus”, diz ele.

O GDF, por meio da Secretaria de Justiça e Cidadania, tem atuado em questões relacionadas diretamente à comunidade LGBTI+ de Brasília. Atualmente, debate a portaria que trata da transferência de mulheres trans para o sistema socioeducativo feminino. Para isso estão capacitando servidores do sistema carcerário para lidar com essas detentas, assim como os profissionais da saúde para garantir a elas um atendimento humanizado na reclusão.

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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