Saúde

Lesão de continuidade na pele pode ser porta de entrada para bactérias

Publicado

em


Lesões de continuidade na pele podem ser porta de entrada para bactérias que causam a erisipela, uma infecção da pele e do sistema linfático. Pacientes do grupo de risco, como diabéticos e imunodeprimidos, estão mais sujeitos a essa doença. 

Ao primeiro sinal de vermelhidão e inchaço na perna, a pessoa deve procurar um médico, conforme orienta o cirurgião vascular e presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Bruno Naves.

“Erisipela é uma infecção por uma bactéria. Normalmente essa bactéria vive habitualmente na nossa pele. De repente, se ela encontra uma porta de entrada, ela vai criar uma infecção e às vezes o paciente é internado porque ela é muito séria. Tem gente que tem febre alta, vômito, diarréia e desidrata, tem que ir para o hospital e às vezes tomar antibiótico na veia para curar essa infecção”, explicou o médico.

Proteção

Ele acrescentou que a pele é o maior órgão protetor e que mantê-la íntegra, sem ferimentos, é muito importante para evitar a infecção. Os principais sintomas da erisipela incluem vermelhidão na perna ou na região afetada, íngua – inflamação das glândulas -, dor, inchaço, febre alta e mal-estar em geral. 

O tratamento é feito com medicamentos, elevação do membro afetado e tratamento do ferimento que ocasionou o problema. Segundo o médico, sem o tratamento adequado, o paciente pode ter complicações, como infecção generalizada.

No grupo de risco para a erisipela estão pessoas obesas, sedentárias, diabéticas, idosas e imunodeprimidas, entre outras, disse Naves. 

“O diabético, às vezes, perde a sensibilidade nos pés, então ele pode vir a se machucar sem perceber isso e, quando ele vai perceber, já tem uma infecção. E os diabéticos também têm uma imunidade deprimida que alastra rapidamente [a infecção] e vira um quadro gravíssimo, inclusive com risco de perda de membros, de amputação”, disse.

Diante disso, o médico afirmou que é importante o hábito de examinar os pés a fim de encontrar possíveis ferimentos, inclusive frieiras, e não coçar a pele. Ele alertou que, ao menor sinal de lesão, deve-se lavar bem o local e, no caso de frieira, é importante medicar, limpar os calçados, o box do banheiro, secar bem entre os dedos dos pés e, se possível, colocar o calçado utilizado no sol após a utilização.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Saúde

Comentários do Facebook
Continue lendo
Propaganda
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

Publicados

em

Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA