Distrito Federal

Lançamento do novo mapa da cobertura vegetal e uso do solo no DF 

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O objetivo da Sema é tornar o mapa um instrumento referencial oficial para análises do Bioma Cerrado no DF

A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) concluiu o Mapa da Cobertura Vegetal e Uso do Solo do Distrito Federal, instrumento essencial para a gestão de políticas públicas na área socioambiental.

O detalhamento dos resultados alcançados são inéditos para o território do DF na escala em questão, 1:25.000. O estudo está inserido no âmbito do projeto CITinova e também ficará disponível no Sistema Distrital de Informações Ambientais (Sisdia), cuja página na Internet será lançada em abril.

O objetivo da Sema é tornar o mapa um instrumento referencial oficial para análises do Bioma Cerrado no DF.

Para o secretário da Sema, Sarney Filho, o mapa representa uma alavanca para fazer políticas públicas em torno do equilíbrio ecológico. “A iniciativa  vai propiciar que se ganhe tempo, também vai suprir necessidades inerentes às ações da Sema e servir de apoio ao trabalho, não só de técnicos e analistas da área, mas também do usuário, do cidadão comum, do investidor”, afirma.

O resultado é fruto da integração de informações sobre o estado atual da vegetação e uso do solo, juntamente com outros parâmetros” assessor da Secretaria Executiva da Sema, Edgard Fagundes

A metodologia adotada incluiu processamento de imagens disponíveis de satélites e dados disponibilizados por diversas instituições.

“O resultado é fruto da integração de informações sobre o estado atual da vegetação e uso do solo, juntamente com outros parâmetros”, afirma o assessor da Secretaria Executiva da Sema,  Edgard Fagundes.

De acordo com ele, os primeiros mapas do mesmo segmento no DF remontam à década de 60, sendo o último de 2019, mas com legenda resumida e fora dos padrões do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Serviço Florestal Brasileiro (IFB).

“Já o instrumento que a Sema concluiu traz um alto nível de detalhamento, inclusive devido à escala usada. Destaco a legenda do nosso mapa, extremamente detalhada, que chega ao que chamamos de Nível 4 de classificação do uso do solo e cobertura vegetal”, afirma.  

Fagundes chama a atenção para o fato de que a Sema está implementando estudos e projetos no sentido de lidar com as mudanças climáticas no território do DF, o que envolve a adoção de estratégias para manutenção e recuperação da vegetação nativa, “já que a dinâmica de formação da paisagem no Distrito Federal está intimamente relacionada aos intensivos processos de adensamento da malha urbana e do crescimento da ocupação agrícola que, em conjunto, podem ser considerados os principais componentes das modificações territoriais e da redução da área ocupada pela vegetação de Cerrado, de acordo com estudos realizados”, explica.

Classificação

Fotos: Divulgação/JBB
Aqui, há a separação em áreas campestre e florestal e, área savânica e suas subdivisões. Para a área florestal, foi separado no mapa, quatro classes, Cerradão, Matas de Galeria, Ciliar e Seca”, afirma Edgard Fotos: Divulgação/JBB

mapa usa a classificação do IBGE,  separando em três níveis, água, áreas antrópicas agrícolas e não agrícolas, as informações referentes ao uso do solo, sendo que todas contêm a demarcação em hectares, com o respectivo percentual em relação ao total do território do DF. Para as áreas antrópicas não agrícolas, a separação considerou áreas de mineração e áreas urbanizadas, agrupadas em edificadas,  permeadas, com silvicultura urbana e outras.

Já a classificação da vegetação seguiu o padrão do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), chegando até o nível 4. “Aqui, há a separação em áreas campestre e florestal e, área savânica e suas subdivisões. Para a área florestal, foi separado no mapa, quatro classes, Cerradão, Matas de Galeria, Ciliar e Seca. É um bom nível de detalhe que a gente tem para essa escala de 1:25000, que foi o que os produtos de sensoriamento remoto disponíveis nos permitiram”, afirma Edgard.

O consultor que atuou na elaboração do mapa, Guto Tonelli, diz que o  Brasil tem uma vanguarda na área de sensoriamento remoto. “Atualmente, nós temos condições de fazer melhorias contínuas, com escalas mais aprimoradas. Graças às tecnologias a gente está reconhecendo melhor as mudanças do nosso território e pode proporcionar à Sema e ao DF esse reconhecimento,  cada vez mais aprimorado das mudanças de uso do Cerrado que possam ser referência para os outros estados e em escala até municipal”, diz.

Para a secretária executiva da Sema, Marília Marreco, hoje há diversos instrumentos na legislação do DF que demandam um mapa de Cobertura Vegetal e Uso como o que a Sema acaba de fazer, para poder avançar. “O que queremos é torná-lo, por meio de um instrumento legal, referencial como o mapa-base do Cerrado para o Distrito Federal”, afirma.

CITinova

É um Projeto multilateral que busca desenvolver soluções tecnológicas inovadoras e oferecer metodologias e ferramentas de planejamento urbano integrado para apoiar gestores públicos, incentivar a participação social e promover cidades mais justas e sustentáveis. No DF, é coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal em Parceria com Ministério da Ciência Tecnologia e Informação (MCTI), Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – CGEE e, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – Pnuma com recursos do Global Environment Facility (GEF).

*Com informações da Sema

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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