Geral
Kit especial de alimentação para recuperação pós-covid
O período de internação hospitalar é apenas uma das etapas do tratamento de pacientes que apresentam complicações decorrentes da covid-19. Após a extubação, muitos apresentam alterações causadas pelo repouso prolongado, como redução da força e resistência muscular, além do comprometimento da mobilidade. Assim, necessitam passar por reabilitação para retomar atividades básicas do dia a dia, como realizar as refeições.
Para auxiliar no processo de recuperação desses pacientes, a terapeuta ocupacional do Hospital de Campanha do Autódromo, Bruna Crystine Batista Nascimento, desenvolveu um kit adaptado para ajudar na alimentação.
“Foi realizada uma avaliação em conjunto com a equipe multidisciplinar, em que a fonoaudiologia e nutrição do hospital partilharam relatos sobre os desafios desses pacientes. A partir disso, foi pensado recursos para auxiliá-los no momento das refeições”, relata.
Depois da retirada da sonda alimentar, os pacientes passam para a alimentação via oral definida pela equipe multidisciplinar. O papel do terapeuta ocupacional é avaliar as funções cognitivas e motoras responsáveis pela realização das atividades cotidianas do paciente. Uma delas é verificar a independência para movimentar os membros superiores e conseguir ingerir os alimentos por conta própria. “Com isso, avalio aspectos da força manual e, quando vejo limitações funcionais, entro com adaptações, treinos e orientações para que possam exercer suas tarefas”, destaca Bruna.
Kit
O kit consiste em engrossador de talheres e adaptador de copo. “Esses utensílios beneficiam os pacientes com déficit de força. As alças nas laterais do copo proporcionam mais segurança ao realizar o movimento de pega do objeto e movimento até a boca. Já o engrossador ajuda a aumentar a espessura dos cabos dos talheres descartáveis e são ajustados de acordo com o arco da mão trazendo mais firmeza para levar o alimento à boca”, explica a terapeuta ocupacional.
Isso, segundo ela, é também um ponto importante para a autoestima deles, tendo em vista que muitos sentem receio e vergonha ao manusear os objetos, pois ao levar os talheres à boca, por exemplo, os alimentos caíam com mais facilidade. Com o kit, é possível ingerir água e alimentos com mais conforto e independência, impactando positivamente na recuperação.
Os pacientes recebem um treinamento para utilização dos objetos de acordo com sua necessidade e capacidade. Além disso, a equipe passa orientações para correta higienização dos utensílios.
* Com informações da Secretaria e Saúde
Geral
Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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