Economia
Investimento em criptoativos deve ser discutido pelo BC, diz diretor
O investimento em criptoativos pelos brasileiros tem chamado a atenção do Banco Central (BC), que deve discutir o tema nos próximos meses, indicou hoje (7) o diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra.
Ao participar de evento promovido pelo BTG Pactual, ele destacou que esse fluxo acumulado em criptoativos atingiu cerca de US$ 12 bilhões, tendo crescido no período recente para patamares em torno de US$ 600 a quase US$ 800 milhões, ao mês. “É um fluxo muito relevante”, afirmou Serra. “É algo que a gente está olhando aqui, acho que vai ser uma discussão importante nos próximos meses”, antecipou.
A título de comparação, o investimento por brasileiros em ações norte-americanas é de cerca de US$ 16 bilhões, sendo esta uma “classe de ativos superconsolidada”, disse Serra.
Ele lembrou que, no caso das ações, o valor considera a marcação a mercado dos ativos. Se isso for feito para os criptoativos, o número de US$ 12 bilhões “salta algumas vezes”. Serra também ressaltou que o investimento em criptoativos tem crescido substancialmente a despeito do encarecimento do dólar.
“Imaginei que depois da depreciação de 35% em 2020, de 2020 para cá, esse fluxo iria diminuir, e na verdade ele não diminuiu, ele aumentou em 2020 um pouquinho e tem se acelerado em 2021 até o mês de julho, reduzindo um pouco o fluxo em agosto e setembro, mas aumentou e tem se acelerado”, pontuou.
Estrangeiros no país
Em relação ao investimento em portfólio por estrangeiros no país, o diretor do BC disse que o fluxo está positivo no ano até agosto, revertendo tendência vista desde 2016, quando passaram a ser observadas saídas anuais líquidas.
Segundo explicou, fatores como o ajuste dos juros básicos e o ciclo de commodities, que favorece empresas brasileiras listadas em bolsa, podem ter contribuído para esse movimento. “O fato é que, pela primeira vez em muitos anos, a gente voltou a ter gringo aqui”, disse.
Economia
Dia das Mães: pesquisa do Procon Goiás aponta variação superior a 220% nos preços dos presentes
Oscilação foi encontrada no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Levantamento foi feito com 156 itens em 54 estabelecimentos da capital
O Dia das Mães é comemorado no próximo domingo (12/05) e para ajudar o consumidor a fazer a melhor escolha do presente, o Procon Goiás realizou pesquisa de preços em 54 estabelecimentos de Goiânia entre os dias 25 de abril e 2 de maio. Foram levantados preços de 156 produtos, como cestas de café da manhã, flores, maquiagens, perfumes e eletrônicos. A pesquisa completa feita pelo Procon Goiás, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.
A principal variação apontada pela pesquisa foi de 221,28% no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Outro produto com variação considerável (206,90%) é o pó compacto da marca Bruna Tavares, vendido de R$ 27,99 a R$ 85,90.
Os pesquisadores do Procon Goiás encontraram ainda uma sessão de massagem relaxante de 50 minutos entre R$ 80 e R$ 184, variação de cerca de 130%. O levantamento também levou em conta produtos eletrônicos, sendo que a maior diferença nesses itens foi superior a 135% e ocorreu no depilador Philips 2 velocidades, comercializado de R$ 199 a R$ 469.
A pesquisa também levou em conta variações dos produtos em relação ao ano passado. Teve produto com aumento superior a 95%. É o exemplo da paleta de sombras da marca Mariana Saad, vendida ano passado por R$ 80,97 e esse ano por R$ 157,95. Em relação a 2023, a cesta de café da manhã com 50 itens teve aumento de 52,80%. O produto era vendido ano passado a R$ 219,90 e esse ano a R$ 336.
Essa data é considerada a principal no calendário do comércio no primeiro semestre. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), o Dia das Mães deve levar 94% dos consumidores às compras na capital. Dados da entidade apontam que, este ano, o ticket médio para compra do presente será de R$ 155, com cerca de dois produtos por cada consumidor.
Orientações
Antes de ir às compras, pesquise os preços, para que não pese no orçamento familiar. O consumidor precisa se atentar ao fato de que os produtos têm de estar expostos com os preços de maneira clara e visível. O produto deve mostrar 2 preços: o total à vista e o valor das parcelas (no caso de parcelamento do pagamento).
Toda loja tem sua política de troca e o estabelecimento só é obrigado a efetuar a troca do produto se ele apresentar algum defeito. O Código de Defesa do Consumidor prevê dois prazos para reclamação: 30 dias para os produtos e serviços não duráveis e 90 dias para produtos e serviços duráveis.
Quanto às compras de aparelhos eletrônicos, o consumidor deve testar o funcionamento do aparelho ainda dentro do estabelecimento, verificar da existência de manual de instruções em nosso idioma e a relação da rede autorizada de assistência técnica do produto.
No caso de compras realizadas fora da loja física, o consumidor deve exigir o comprovante da data de entrega. Nesse caso, o prazo de desistência da compra é de 7 dias a partir do recebimento do produto. Exija sempre a nota fiscal na aquisição de qualquer produto, pois ela é importante caso o consumidor precise fazer valer os seus direitos e formalizar uma reclamação.
Fotos: Procon Goiás / Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor – Governo de Goiás
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