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Inflação medida pelo IGP-10 sobe 0,60% em julho

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O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 0,60% em julho, percentual um pouco abaixo da alta do mês anterior, quando alcançou 0,74%. No ano, o indicador acumula avanço de 9,18% e de 10,87% em 12 meses. Em julho do ano passado, a elevação foi bem menor, ficou em 0,18% e o acumulado de 12 meses chegou a 34,61%. 

Os índices foram divulgados hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O IGP-10 mede a evolução de preços no período entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. A série do indicador começou no início em 1993.

IPC

A inflação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) aumentou 0,42% em julho. Uma desaceleração em relação a junho. Naquele mês avançou 0,72%. Segundo o Ibre, sete das oito classes de despesa que compõem o índice caíram. De junho para julho os Transportes saíram de 0,45% para queda de 0,41%, Educação, Leitura e Recreação de 3,15% para 1,52%, Saúde e Cuidados Pessoais de 0,84% para 0,24%, Vestuário de 1,83% para 0,80%, Comunicação de recuo de 0,25% para queda de 0,79%, Despesas Diversas de 0,66% para 0,22% e Habitação de 0,13% para 0,07%.

Conforme a pesquisa, as principais contribuições para isso foram da gasolina (0,24% para -1,49%), da passagem aérea (16,35% para 6,99%), dos artigos de higiene e cuidado pessoal (1,64% para -1,34%), das roupas (2,04% para 0,99%), do combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,59% para -1,79%), dos serviços bancários (0,78% para 0,11%) e da taxa de água e esgoto residencial (3,74% para 0). O único a apresentar elevação foi o grupo Alimentação (0,42% para 1,48%). O item laticínios, cuja taxa passou de 3,94% para 8,81%, foi a maior influência nessa classe de despesa.

O IPC mede a variação de preços de um conjunto fixo de bens e serviços referentes às despesas habituais de famílias com nível de renda entre 1 e 33 salários mínimos mensais.

IPA

Outro indicador com alta em julho foi o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado. A taxa subiu 0,57%. Em junho tinha registrado elevação de 0,47%. De acordo com o Ibre, na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais avançaram de 0,01% em junho para 0,99% em julho. O subgrupo alimentos processados, que saiu de queda de 0,25% para alta de 1,52%, foi a principal contribuição para o resultado. O índice relativo a Bens Finais, que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, avançou 1,18% em julho, enquanto em junho tinha sido de 0,57%.

O grupo Bens Intermediários subiu de 1,57% em junho para 1,59% em julho. O aumento da taxa do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção de 7,81% para 9,07% foi a principal influência para o resultado. Em movimento contrário, o índice de Bens Intermediários, obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou queda de 0,03% em julho, depois de subir 0,30% no mês anterior.

O grupo Matérias-Primas Brutas ampliou a queda que em junho ficou em 0,29% para 0,91% em julho. O desempenho das taxas do minério de ferro (-2,86% para -5,93%), do algodão em caroço (6,32% para -9,15%) e da cana-de-açúcar (2,32% para -0,93%) favoreceu o recuo da taxa do grupo. Mas os bovinos (-3,44% para 2,13%), a mandioca/aipim (-7,13% para 6,35%) e os suínos (-7,91% para 15,99%) apresentaram sentido ascendente e foram os movimentos mais relevantes para o resultado

O IPA mede as variações de preços de produtos agropecuários e industriais do atacado nos estágios de comercialização anteriores ao consumo final.

Para o coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz, a inflação ao produtor foi impactada pelos preços dos alimentos e dos combustíveis. Entre os alimentos, o leite industrializado foi o destaque registrando alta de 16,30%. Já entre os combustíveis, o destaque foi do diesel com alta de 10,91%. A aceleração do IPA não foi mais intensa dada a queda dos preços de commodities importantes. Minério de ferro (de -2,86% para -5,93%), milho (de -0,31 para -3,31%) e algodão (de 6,32% para -9,15%) registraram recuos em suas cotações diante do risco de recessão global. Já no IPC, gasolina (-1,49%) e energia (-1,45%) refletem parcialmente a redução do ICMS em seus números, o que favoreceu a desaceleração observada na taxa de variação do IPC.

INCC

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) aumentou 1,26% em julho, variação abaixo da registrada no mês anterior, quando ficou em 3,29%. Nos três grupos componentes do indicador, na passagem de junho para julho, o de Materiais e Equipamentos saiu de 1,66% para 0,94%, o de Serviços de 0,69% para 0,59% e o de Mão de Obra de 5,30% para 1,67%. O INCC acompanha a evolução dos preços de materiais, serviços e mão-de-obra mais relevantes para a construção civil.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Economia

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Dia das Mães: pesquisa do Procon Goiás aponta variação superior a 220% nos preços dos presentes

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Oscilação foi encontrada no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Levantamento foi feito com 156 itens em 54 estabelecimentos da capital

O Dia das Mães é comemorado no próximo domingo (12/05) e para ajudar o consumidor a fazer a melhor escolha do presente, o Procon Goiás realizou pesquisa de preços em 54 estabelecimentos de Goiânia entre os dias 25 de abril e 2 de maio. Foram levantados preços de 156 produtos, como cestas de café da manhã, flores, maquiagens, perfumes e eletrônicos. A pesquisa completa feita pelo Procon Goiás, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.

A principal variação apontada pela pesquisa foi de 221,28% no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Outro produto com variação considerável (206,90%) é o pó compacto da marca Bruna Tavares, vendido de R$ 27,99 a R$ 85,90.

Os pesquisadores do Procon Goiás encontraram ainda uma sessão de massagem relaxante de 50 minutos entre R$ 80 e R$ 184, variação de cerca de 130%. O levantamento também levou em conta produtos eletrônicos, sendo que a maior diferença nesses itens foi superior a 135% e ocorreu no depilador Philips 2 velocidades, comercializado de R$ 199 a R$ 469.

A pesquisa também levou em conta variações dos produtos em relação ao ano passado. Teve produto com aumento superior a 95%. É o exemplo da paleta de sombras da marca Mariana Saad, vendida ano passado por R$ 80,97 e esse ano por R$ 157,95. Em relação a 2023, a cesta de café da manhã com 50 itens teve aumento de 52,80%. O produto era vendido ano passado a R$ 219,90 e esse ano a R$ 336.

Essa data é considerada a principal no calendário do comércio no primeiro semestre. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), o Dia das Mães deve levar 94% dos consumidores às compras na capital. Dados da entidade apontam que, este ano, o ticket médio para compra do presente será de R$ 155, com cerca de dois produtos por cada consumidor.

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Orientações
Antes de ir às compras, pesquise os preços, para que não pese no orçamento familiar. O consumidor precisa se atentar ao fato de que os produtos têm de estar expostos com os preços de maneira clara e visível. O produto deve mostrar 2 preços: o total à vista e o valor das parcelas (no caso de parcelamento do pagamento).

Toda loja tem sua política de troca e o estabelecimento só é obrigado a efetuar a troca do produto se ele apresentar algum defeito. O Código de Defesa do Consumidor prevê dois prazos para reclamação: 30 dias para os produtos e serviços não duráveis e 90 dias para produtos e serviços duráveis.

Quanto às compras de aparelhos eletrônicos, o consumidor deve testar o funcionamento do aparelho ainda dentro do estabelecimento, verificar da existência de manual de instruções em nosso idioma e a relação da rede autorizada de assistência técnica do produto.

No caso de compras realizadas fora da loja física, o consumidor deve exigir o comprovante da data de entrega. Nesse caso, o prazo de desistência da compra é de 7 dias a partir do recebimento do produto. Exija sempre a nota fiscal na aquisição de qualquer produto, pois ela é importante caso o consumidor precise fazer valer os seus direitos e formalizar uma reclamação.

Fotos: Procon Goiás / Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor – Governo de Goiás

 

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