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Imunização contra o HPV está abaixo da meta no DF

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A vacinação contra o papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês) é indicada, segundo o Programa Nacional de Imunizações (PNI), para meninas de 9 a 14 anos e para meninos de 11 a 14 anos. No Distrito Federal, a vacinação nas meninas foi iniciada em 2013 e nos meninos, em 2017.

Desde então, de 2013 a junho de 2021, 41,2% das meninas do DF, com idade entre 9 e 14 anos, receberam duas doses da vacina contra HPV. Já entre 2017 e junho de 2021, 24,3% dos meninos de 11 a 14 anos foram vacinados com duas doses. Os dados constam em informativo da Secretaria de Saúde divulgado no mês de agosto.

A meta preconizada pelo PNI é de 80% do público-alvo vacinado contra o HPV. O DF não atingiu o índice, sendo que entre os meninos a cobertura é ainda menor. De acordo com a enfermeira da área técnica de imunização da Secretaria de Saúde, Milena Fontes, o desconhecimento da população acerca da importância da vacinação, a falta de conhecimento sobre o próprio vírus, a dificuldade de acesso, considerando que muitos jovens não procuram os serviços de saúde, além de informações divergentes que circulam a respeito da vacina, podem explicar os índices abaixo da meta.

Ela destaca ainda que todo ano é realizada a campanha multivacinação que vale tanto para a vacina do HPV quanto para as demais e é voltada para a atualização da caderneta de vacinação de crianças e adolescentes. Neste ano, a campanha está prevista para iniciar em outubro.

A faixa etária de 14 anos é a que apresenta maior cobertura tanto em meninas (59,3%) quanto nos meninos (42,2%). “O principal motivo a considerar em relação a esses dados é que os adolescentes de 14 anos, última idade para início do esquema vacinal, já tiveram a oportunidade de receber o imunizante nos anos anteriores. Ou seja, os adolescentes que têm 14 anos considerados vacinados hoje podem ter recebido a vacina em anos anteriores”, explica Milena.

Onde vacinar

A vacina contra o vírus HPV está disponível nas unidades básicas de saúde (UBSs) do DF. Milena orienta que a população procure a sala de vacina mais próxima de sua residência. As meninas e meninos na faixa etária indicada devem receber duas doses, com intervalo de seis meses.

O DF foi pioneiro na vacinação anti-HPV, antes mesmo da introdução dessa vacina no calendário nacional de imunização pelo Ministério da Saúde. A vacina também é ofertada na rede privada.

Papilomavírus humano (HPV)

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível de alta prevalência que pode causar desde verrugas genitais e no ânus até neoplasias, como câncer no colo do útero, no pênis, na boca e no ânus. As verrugas geralmente são causadas por tipos de HPV não cancerígenos. Já alguns tipos, principalmente os 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Os sinais clínicos podem incluir verrugas nos órgãos genitais ou na pele circundante. Já os subclínicos são diagnosticados apenas por exames específicos que devem ser feitos de forma regular e incluem a observação da presença de verrugas e rastreamento como o Papanicolau, disponível em todas as unidades básicas de saúde.

Outros exames específicos como a colposcopia e a peniscopia são realizados a partir da identificação das lesões previamente mencionadas, e também estão disponíveis na rede pública de saúde.

Prevenção

Nem sempre a pessoa com HPV desenvolve sintomas, mas, ainda assim, pode infectar outros indivíduos pelo contato sexual. O preservativo é opção para proteger contra a infecção, mas não garante 100% de proteção, tendo em vista que alguns condilomas podem ser transmitidos pelo contato com partes genitais as quais o preservativo não alcança, como a base do pênis ou a vulva.

Assim, a melhor forma de prevenção continua sendo a vacina. Na população feminina, ajuda a prevenir os cânceres do colo do útero, vulva, vagina e região anal, refletindo na redução da incidência e da mortalidade por essa enfermidade, além da redução da incidência das verrugas genitais.

Já na população masculina, auxilia na prevenção dos cânceres de pênis, ânus e garganta e contra as verrugas genitais. “Além disso, por serem os responsáveis pela transmissão do vírus para suas parceiras, ao receberem a vacina estão colaborando com a redução da incidência do câncer do colo de útero e vulva das mulheres”, destaca Milena.

* Com informações da Secretaria de Saúde

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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