Saúde

IFA que chega amanhã ao país produzirá 2,8 milhões de doses de vacinas

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O ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da vacina Oxford/AstraZeneca contra covid-19 que desembarcará amanhã (6) no Rio de Janeiro permitirá a produção de 2,8 milhões de doses, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O lote será o primeiro contratado com a AstraZeneca a chegar ao país, e será usado para os processos de pré-validação dos processos de produção de Bio-Manguinhos.

Inicialmente, a previsão era de que todos os lotes tivessem o suficiente para produzir 7,5 milhões de doses. Segundo o diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, a mudança na quantidade se deu por questões de segurança e condicionamento do IFA, e também para facilitar a liberação para a exportação na China, onde o IFA é produzido.

Apesar de o primeiro lote ser menor que o previsto, a entrega mensal de lotes se manterá na quantidade necessária para produzir 15 milhões de doses. Isso ocorrerá porque mais dois lotes serão enviados ainda este mês, com chegadas previstas para 23 e 28 de fevereiro. A partir desses três lotes, o primeiro milhão de doses de vacinas deve ser entregue entre 15 e 19 de março ao Programa Nacional de Imunizações, e os outros 14 milhões serão liberados até o fim de março. 

Nísia Trindade explicou que, como a quantidade mensal de IFA é a mesma, o volume do primeiro lote não altera a previsão de produzir 100,4 milhões de doses até julho com o insumo importado. 

“É importante dizer que não teremos atraso na nossa entrega até julho. Tudo o que falamos, 100 milhões de doses, está tudo mantido. Nesse início tivemos esse atraso que esperamos estar compensando nos próximos meses, porque a quantidade de IFA é fixa”.

O IFA é o ingrediente mais importante na fabricação de uma vacina, e, em Bio-Manguinhos, o insumo passará por processos como a formulação e o envase das doses, em que outras substâncias são misturadas a ele para garantir a conservação e o armazenamento na temperatura de refrigeradores comuns.

Para a produção do IFA, a AstraZeneca contratou o laboratório chinês Wuxi Biologics, que fornecerá o insumo que a Fiocruz vai utilizar na fabricação da vacina no primeiro semestre. Simultaneamente, a fundação já iniciou o processo de transferência de tecnologia para fabricar o IFA no Brasil, e um laboratório de Bio-Manguinhos deve iniciar a produção em abril, segundo Zuma. 

O IFA nacional, no entanto, vai passar por uma série de validações, certificações e testes e só deve chegar às vacinas produzidas pela fundação em agosto. No segundo semestre, a Fiocruz prevê produzir 110 milhões de doses a partir do IFA fabricado no Brasil. 

Ao participar do lançamento do edital de construção do novo Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS) de Bio-Manguinhos, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse hoje (5), que o Brasil continua a negociar com outros laboratórios desenvolvedores e produtores de vacinas contra a covid-19, como os da Sputnik V, da Rússia, e da Covaxin, da Índia. 

“Essas duas representam a possibilidade de entrega, em fevereiro e março, de mais 30 milhões de doses de vacinas”, disse Pazuello. O ministério teve reuniões hoje com representantes de produção da Sputnik V e com representantes do laboratório indiano Bharat Biotech.

O ministro destacou que é preciso que a população confie nas vacinas e no Programa Nacional de Imunizações e mantenha os cuidados para evitar a transmissão do vírus. 

“A vacina não resolve o problema por si só. Precisamos continuar com medidas preventivas, com medidas de afastamento social, que são todas as já conhecidas no nosso país. E precisamos continuar com os cuidados para evitar a propagação do vírus entre as pessoas”.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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