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Governo do Tocantins lança campanha Animal silvestre não é Pet

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O Governo do Tocantins lançou a campanha Animal silvestre não é Pet, com objetivo de conscientizar a população sobre a importância de evitar a manipulação de animais silvestres.  A campanha também alerta para os perigos decorrentes da retirada de animais da natureza para conviver com humanos. Além de ser prejudicial a ambos, esse tipo de ação também é crime ambiental.

A bióloga do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Angélica Beatriz Corrêa Gonçalves, explica que o animal silvestre não pode ser tratado como animal doméstico: “É preciso ter em mente que esses animais têm outra natureza, que mesmo sendo criados como bichos de estimação, eles têm outras necessidades que ficam comprometidas”, ressalta Beatriz.

Ela é enfática quando diz que animais silvestres, incluindo aves, não podem ser tratados como atrativos turísticos, recebendo alimentos inadequados e sendo amansados para satisfazer necessidades humanas. “Muitas pessoas quando visitam atrativos turísticos dentro de Unidades de Conservação querem interagir com animais, tocá-los e tirar fotos manipulando-os; esse comportamento é inadequado e prejudica o animal”, reforça a bióloga.

A também bióloga e coordenadora do Centro de Fauna do Tocantins (Cefau), Samara Almeida, esclarece que espécies silvestres possuem funções ecológicas que os animais domésticos não têm, por isso devem permanecer em seu ambiente natural. “E para cumprir seu papel, contribuindo com o equilíbrio ambiental, os animais silvestres devem ficar onde estão e sem a interferência humana”, complementa Samara.  

Relação perigosa

Angélica Beatriz pontua outras questões relacionadas ao hábito do brasileiro de querer transformar animal selvagem em pet. A primeira delas é que o animal silvestre precisa de manejo diferente, quase sempre desconhecido, e acaba sendo abandonado porque a pessoa que o levou para casa não consegue lidar com suas demandas.

“Outro ponto importante são as zoonoses, uma vez que animais silvestres têm seus ecossistemas de vírus e bactérias, que não causam mal a eles próprios, mas pode ser perigoso aos humanos”, alerta Beatriz.

A bióloga considera a campanha promovida pelo Governo do Tocantins necessária, uma vez que defende que a sociedade participe dessa discussão e tenha bom senso, não retirando nenhum animal da natureza.

Resgate

Samara Almeida completa que mesmo encontrando um animal silvestre ferido ou em situação de risco não se deve levá-lo para casa. Em casos como esses, deve-se acionar os serviços competentes, como a Polícia Militar Ambiental, o Naturatins e o Ibama. “Os animais resgatados devem ser levados ao Cefau, onde serão submetidos a exames para avaliar suas condições de ser devolvidos à natureza”, reforça.

Comércio legal

As biólogas também esclarecem que é possível comprar animais silvestres legalizados em Criadouros Comerciais devidamente licenciados.

Os animais silvestres mais vendidos legalmente no Brasil são os periquitos australianos, calopsitas e cacatuas. As biólogas lembram que, mesmo vivendo amansados em ambientes domésticos, os animais silvestres continuam sendo silvestres.

Para Beatriz, o brasileiro ama animais e a beleza dos animais silvestres acaba despertando ainda mais interesse, especialmente as aves. “Mas, nada justifica tirar uma animal da natureza; se quiser ter um pet, opte por aqueles que já são domésticos e que evoluíram por milhares de anos para serem companheiros dos seres humanos”, finaliza.

Denúncia

Para preservar a nossa biodiversidade, não tire nenhum animal da natureza, não compre e não venda. Ajude a acabar com o tráfico de animais silvestres e denuncie quando souber de algum animal silvestre mantido ilegalmente em cativeiro. Utilize os canais do Naturatins: Linha Verde 0800-063-1155 e o Verde Zap (63) 99106-7787.

Araras estão entre as espécies silvestres mais apreciadas pelo homem – Naturatins/Governo do Tocantins

Objetivo da campanha é conscientizar a população sobre a importância de não tirar animais selvagens da natureza – Naturatins/Governo do Tocantins

Fonte: Governo TO

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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