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Governo de Goiás é apoiador da Interleite Brasil 2023

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Uma das principais iniciativas voltados à cadeia láctea no País, Interleite será realizada pela segunda vez consecutiva em Goiânia, nos dias 2 e 3 de agosto

Goiânia receberá, nos dias 2 e 3 de agosto, a Interleite Brasil 2023. O evento será realizado na capital goiana pela segunda vez consecutiva e, assim como no ano passado, terá o apoio do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Em sua 21ª edição, a Interleite Brasil tem como tema “A estratégia de negócios chegando à produção de leite”. A programação é composta por 24 palestras, reunindo alguns dos principais especialistas do segmento. Os temas estão divididos em quatro painéis. No primeiro dia, as discussões envolvem o ambiente e as estratégias de negócios na produção primária. No segundo dia, os temas variam entre sustentabilidade (agricultura regenerativa, bioinsumos e geração de energia) e rentabilidade das propriedades familiares. Além das palestras, o evento oferece uma feira de negócios, com estandes de empresas e entidades.

“Ano passado Goiânia teve a honra de sediar aquela que foi a primeira edição da Interleite Brasil fora de Minas Gerais, e o sucesso foi tão grande que a Milkpoint decidiu repetir a dose. O Governo de Goiás reconhece a importância da iniciativa. É uma grande oportunidade para reunir produtores, técnicos, pesquisadores, representantes de entidades e gestores públicos para dialogar sobre desafios e tendências para a produção leiteira, elevando o nível de profissionalismo e de eficiência de toda a cadeia”, afirma o titular da Seapa, Pedro Leonardo Rezende.

“A cadeia do leite está se profissionalizando, mas não é um processo fácil, especialmente diante de tantas transformações. É necessário criar oportunidades e momentos para a troca de informações, para a reflexão e para a inspiração, aspectos centrais na concepção do evento”, diz Marcelo Carvalho, CEO da MilkPoint Ventures, empresa responsável pelo evento, com apoio também de Sebrae e Senar Goiás.

Cadeia do leite em Goiás

Desde 2019, a Seapa age na linha de frente para fortalecer ainda mais a cadeia produtiva do leite em Goiás. Até o momento, o valor de recursos analisados e aprovados pela Seapa do FCO Rural para financiamento da cadeia leiteira no estado foi de R$ 73,7 milhões, beneficiando empreendimentos localizados em 49 municípios goianos.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas no primeiro trimestre deste ano, Goiás registrou 533 milhões de litros de leite industrializado. O resultado deu ao Estado a sexta posição no ranking de maiores produtores, respondendo por 9,1% da produção nacional. O Valor Bruto da Produção de Leite estimado para 2023 é de R$ 5,7 bilhões, o que representa um crescimento de 5,4% em relação ao ano anterior.

A exportação de produtos derivados do leite também é destaque no estado. Dados do Ministério da Economia apontam que, de janeiro a junho deste ano, Goiás exportou 149,9 toneladas e US$ 521,5 mil em produtos lácteos. Os compradores foram Chile (53,2%) e Estados Unidos (46,8%).

Mensalmente, como mais uma iniciativa de fortalecer a cadeia, a Seapa divulga essas e outras informações em duas publicações: no Agro em Dados e no Boletim de Mercado do Setor Lácteo Goiano, que apresenta os resultados do índice de preços da cesta de derivados lácteos definida pela Câmara Técnica e de Conciliação da Cadeia Láctea de Goiás.

Inscrições

Para acompanhar a programação completa da Interleite 2023 e participar com perguntas tanto no formato presencial quanto no remoto, os interessados devem se inscrever pelo site www.interleite.com.br, com valores variáveis para profissionais e estudantes. Na plataforma é possível conferir também os detalhes da programação e dos palestrantes. Haverá emissão de certificado pela MilkPoint.

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Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

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Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.

“O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores”, explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário.

“Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação”, acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado.

Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. “Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável”, garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro.

Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária.

O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

Prorrogação de dívidas

O ministro Carlos Fávaro também informou ter se reunido, mais cedo, com representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e 123 sindicatos rurais para avaliar as demandas do setor frente ao desastre causado pelas chuvas no estado. O titular da pasta da Agricultura adiantou que, a pedido dos produtores, o governo deverá analisar o pedido de  prorrogação imediata, por 90 dias, de todos os débitos do setor.

A prorrogação é do pagamento de parcelas de empréstimos e operações financeiras de custeio e investimentos, contratadas pelos produtores. A medida precisa de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O órgão deverá realizar uma reunião extraordinária nos próximos dias para encaminhar o pleito dos produtores gaúchos.

Edição: Aline Leal / Agencia Brasil

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