Política

Governadoria veta autógrafo de lei que inclui leite na merenda das escolas goianas

Publicado

em


Está seguindo os trâmites dentro da Casa de Leis, o projeto nº 9526/21, da Governadoria, que veta integralmente o autógrafo de lei nº 265, do dia 23 de novembro de 2021, o qual trata sobre a obrigatoriedade de inclusão de leite na merenda escolar das unidades educacionais da rede pública estadual.

O autógrafo é oriundo do  projeto de lei nº 4571/19 de iniciativa do parlamentar Amauri Ribeiro (Patriota). De acordo com a propositura, o leite deveria ser inserido no cardápio da alimentação escolar pelo menos três vezes por semana nas escolas de período integral e duas vezes por semana nas escolas em período parcial.

De acordo com o texto do veto integral, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), argumentou que o leite está inserido nos cardápios das unidades escolares estaduais, em especial nos cafés da manhã oferecidos nas escolas de período integral, e que a inserção desse alimento nas unidades de período parcial é inviável na frequência constante da propositura.

A justificativa sustenta que a proposta contradiz o princípio da variabilidade do cardápio escolar, quanto à diversidade de nutrientes e, por consequência, de alimentos, prevista como diretriz da alimentação escolar na Resolução nº 6, de 8 de maio de 2020, do Ministério da Educação.

Ademais, a Seduc informou ainda que, nos anos de 2013 e 2014, realizou campanhas de incentivo ao consumo de leite pelos alunos da rede de ensino, para viabilizar a inserção desse gênero no cardápio escolar. Após a aplicação do teste de aceitabilidade com os alunos das regiões de Goiânia, Aparecida de Goiânia e municípios adjacentes, foi notada uma baixa aceitação de preparações que incluíam o leite.

A pasta citou como exemplos, em números aproximados de aceitação: canjica, com 41,2%; manjar, com 44,2%; arroz doce, com 29,82%; mingau, com 51%; e vitamina, com 58%. A referência padrão de aceitação prevista no Manual para Aplicação dos Testes de Aceitabilidade no Programa Nacional de Alimentação Escolar, do Ministério da Educação, é de 85%.

Dessa forma, o texto afirma que a inclusão desse alimento nas escolas de tempo regular, que servem apenas uma refeição por dia, tornaria o cardápio monótono e com baixa aceitação. “Isso geraria desperdício de alimentos e, por consequência, de recursos financeiros.”

Destacou-se também que os alunos do período noturno, da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e os da zona rural têm preferência por preparações mais semelhantes às refeições com base de arroz, feijão e macarrão.

O veto foi encaminhado às Comissões Técnicas para avaliação.

Comentários do Facebook

Política

“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

Publicados

em

Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA