Política

Governador veta integralmente projeto que altera legislação dos concursos públicos

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Está em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), o processo legislativo nº 7749/21, proposto pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), que veta integralmente o projeto de lei 1483/20, assinado deputado Delegado Humberto Teófilo (PSL), o qual altera o art. 73, da Lei n° 19.587, de 10 de janeiro de 2017, que estabelece as normas gerais para a realização de concursos públicos.

O objetivo da iniciativa parlamentar é assegurar à candidata lactante o direito a se ausentar da sala de prova para amamentar a intervalos regulares, por até 30 minutos por filho, com a reposição do tempo despendido na amamentação em duas horas no máximo. Segundo Teófilo, a medida favorece a participação da mulher nos concursos públicos e protege a correta alimentação de bebês recém-nascidos, com até seis meses de idade.

Já a Secretaria de Estado da Administração (Sead), órgão a quem a lei nº 20.491, de 25 de junho de 2019, atribuiu a responsabilidade pela realização de concursos públicos e outros processos seletivos para os órgãos e as entidades do Poder Executivo, pronunciou-se desfavoravelmente ao autógrafo de lei aprovado pela Alego e enviado para sanção.

A justificativa para o veto é a de que o direito buscado já está garantido pela norma vigente no art. 73 da lei nº 19.587 de 2017 e, como a proposição de Teófilo limita o intervalo para amamentação de cada filho em 30 minutos, o que inexiste no texto normativo atual, entende-se que a proposta do deputado é incompatível com a pretendida finalidade de alimentar e amparar melhor os lactentes. “Logo, a limitação de tempo para a amamentação é contrária ao interesse público, pois tem o potencial de causar um estresse desnecessário à mãe e ao bebê”, explica Ronaldo Caiado apoiado na orientação recebida da Sead.

A Secretaria aponta ainda que a compensação desse tempo despendido com a amamentação em duas horas no máximo, em contraponto ao limite atual de uma hora, poderá tornar mais onerosa a realização de concursos públicos, já que ocorreria a necessidade de incremento do aparato de segurança para a permanência no local de aplicação de prova além do tempo hoje previsto. “Mais essa demonstração de contrariedade ao interesse público ratifica a opinião da Sead de veto total ao autógrafo”, expõe o governador.

Por fim, Caiado explica ainda que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE), igualmente à Sead, recomendou o veto total ao autógrafo. A PGE afirmou que a proposição parlamentar interfere em aspecto organizacional da matéria de concurso, com influência na estrutura e no funcionamento da administração pública, por decorrência da repercussão do autógrafo na duração das provas e no quantitativo do pessoal de apoio, medidas que, do aspecto organizacional, interferem nas prerrogativas exclusivas do Poder Executivo.

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Política

“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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