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GDF leva serviços públicos à comunidade rural do Gama

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Rosimeire Oliveira considera a Ação Mulher no Campo a oportunidade de mostrar o talento das moradoras da zona rural | Fotos: Divulgação/Secretaria da Mulher

Rosimeire Oliveira exibe suas telas pintadas em tinta a óleo. Tem o cuidado de cobri-las com papel filme para que a poeira do cerrado não tinja de vermelho o seu trabalho. Com ela, outras artesãs aproveitam o Ação Mulher no Campo na Fazenda Larga para vender suas peças e delícias gastronômicas.

“Essa é uma oportunidade de mostrarmos o talento de nossas mulheres e também de elas venderem seus produtos. Ações como essa reforçam o potencial de cada uma delas”, diz a pintora, moradora da zona rural de Planaltina, que também é uma das idealizadoras do grupo Mulheres em Campo, formado para fortalecer o empreendedorismo das artistas da região. Nesta sexta-feira (27), é a vez do projeto chegar ao Núcleo Rural Ponte Alta, no Gama.

Uma das propostas da Ação Mulher no Campo é justamente dar visibilidade e incentivar as mulheres que vivem em área rural para que elas tenham condições de gerar renda sem sair de casa. Além disso, o projeto encabeçado pela Secretaria da Mulher (SMDF) une os esforços de diversos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) e de parceiros não governamentais, com o objetivo de levar os serviços públicos até a zona rural, locais onde as mulheres e suas famílias muitas vezes têm dificuldade de acesso.

“A união de diversas secretarias e órgãos do governo para levar serviços à zona rural mostra a integração do governo Ibaneis para oferecer um cuidado especial a essas mulheres guerreiras, que estão à frente do agronegócio, da agricultura familiar, e que vivem nas comunidades rurais do DF”Ericka Filippelli, secretária da Mulher

“Essa ação nasceu da necessidade de agirmos como governo e darmos visibilidade às mulheres do campo. Entendemos que, se na cidade há dificuldade de acesso a serviços e a políticas públicas, imagina no campo. A união de diversas secretarias e órgãos do governo para levar serviços à zona rural mostra a integração do governo Ibaneis para oferecer um cuidado especial a essas mulheres guerreiras, que estão à frente do agronegócio, da agricultura familiar, e que vivem nas comunidades rurais do DF”, reforça a secretária da Mulher, Ericka Filippelli.

Desta vez, na Ponte Alta, no Gama, a ação da SMDF conta com participação das secretarias de Desenvolvimento Social, Saúde, Trabalho, Segurança Pública, Turismo, Justiça, Transporte e Mobilidade, Educação, além da Emater, Defesa Civil e DER. O apoio é da Polícia Militar do DF, Caesb, Administração Regional do Gama, Associação dos Produtores Rurais da Fazenda Larga (Aprofal) e Associação dos Moradores e Produtores da Ponte Alta (AMPPA).

Entre os serviços oferecidos estão os debates promovidos pela SMDF, durante os quais serão abordados temas como direitos das mulheres, prevenção à violência de gênero, além da promoção da saúde feminina. As interessadas ainda poderão se cadastrar nos cursos de capacitação oferecidos pela secretaria.

A comunidade local também poderá fazer inscrições no Cadastro Único (Sedes) e no Programa Prospera (Setrab) ou aproveitar a oportunidade para solicitar a emissão da carteira de artesão pela Secretaria de Turismo (Setur).

A Secretaria de Saúde irá promover diversas ações voltadas à prevenção e ao cuidado com a saúde da mulher, fazendo o agendamento de exames citopatológicos e de consultas médicas, além de oferecer vacinação contra influenza e aferição de pressão.

A secretária Ericka Filippelli considera a união das diversas pastas uma demonstração do cuidado do governo Ibaneis em levar serviços para as mulheres guerreiras na zona rural

Técnicos da Emater estarão presentes para oferecer orientações a respeito das práticas rurais; a Defesa Civil vai distribuir cobertores e as crianças poderão se divertir no espaço lúdico ou nas oficinas de pinturas, organizados pela Secretaria de Segurança Pública (confira a programação completa no quadro).

Itinerantes

Desde junho, o Ação Mulher no Campo já marcou presença no acampamento Marielle Franco, em Capão Comprido e Pinheiral, em São Sebastião; na Colônia Agrícola 26 de setembro, na Estrutural; no Acampamento Miguel Lobato, em Planaltina; no assentamento Chapadinha, no Lago Oeste/Sobradinho; e no Assentamento Oziel Alves e na Comunidade Rural Fazenda Larga, em Planaltina. Ao todo, já foram oferecidos mais de 3 mil atendimentos durante as ações.

“Antes, essas decisões vinham de cima pra baixo. Elaboravam uma política e não sabiam se servia para a gente. Hoje, temos o Fórum que nos dá voz”Edna, Borges Correia, integrante do Fórum Distrital Permamente da Mulheres do Campo e do Cerrado

A secretária da Mulher, Ericka Filippelli, lembra que o projeto nasceu como demanda do Fórum Distrital Permamente das Mulheres do Campo e do Cerrado, um órgão colegiado, de caráter consultivo e vinculado à SMDF.

Ele é composto por mulheres representantes de diversos grupos minoritários, como quilombolas, indígenas, mulheres rurais, ciganas, entre outras, e por membros dos órgãos do GDF. Juntos, eles têm a missão de se reunir para debater propostas de políticas voltadas à promoção da saúde, dos direitos e da autonomia econômica das mulheres do DF.

Entre as demandas apresentadas pelas participantes do Fórum, uma delas é justamente facilitar o acesso das mulheres que vivem na zona rural aos serviços públicos, bem como dar visibilidade ao trabalho e às necessidades específicas delas.

“Antes, a gente era esquecida, tanto como mulher quanto como moradora da área rural. Agora, com o Fórum, temos reuniões mensais, levamos as demandas das outras companheiras e participamos da elaboração das políticas públicas que são voltadas para nossa realidade. Antes, essas decisões vinham de cima pra baixo. Elaboravam uma política e não sabiam se servia para a gente. Hoje, temos o Fórum que nos dá voz”, alegra-se Edna Borges Correia, moradora do campo e uma das integrantes desse grupo.

“Essa parceria vai dar maiores condições para implementação de ações no que diz respeito à violência doméstica, à promoção da autonomia econômica e programas de igualdade de gênero. A gente acredita que essa união é muito importante para chegarmos até as pessoas que mais precisam”Denise Fonseca, presidente da Emater

Tem mais novidade a caminho

Para reforçar a prioridade do governo Ibaneis em atender as prioridades apontadas pelas moradoras da zona rural, a Secretaria da Mulher e a Emater acabam de assinar uma portaria conjunta, no âmbito da Rede Sou Mais Mulher, em que se estabelece um acordo de cooperação mútua para oferecer às mulheres rurais, entre outras ações, debates, cursos, oficinas e/ou programas de ambientação, abordando temas como igualdade de gênero, a importância da mulher no mercado de trabalho, direitos da mulher, combate à violência contra as mulheres, empreendedorismo feminino e a questão geracional para as mulheres.

“Essa parceria vai dar maiores condições para implementação de ações no que diz respeito à violência doméstica, à promoção da autonomia econômica e programas de igualdade de gênero. A gente acredita que essa união é muito importante para chegarmos até as pessoas que mais precisam”, ressaltou a presidente da Emater, Denise Fonseca.

Agenda
– Ação Mulher do Campo
– Dia 27 de agosto
– Hora: 9h às 15h
– Local: AMPPA: Rodovia DF 180, Km 32, 1MD06 Núcleo Rural Ponte Alta, CEP 72.457-994

Confira a programação completa e participe da Ação em Ponte Alta

– Unidade Móvel da Secretaria da Mulher
Debate sobre direitos das mulheres, prevenção à violência e promoção à saúde da mulher, além de abordagem psicossocial e cadastramento os para cursos de capacitação da SMDF
Ouvidoria SMDF
Escuta da comunidade

– Secretaria de Turismo
Avaliação do artesanato para emissão da carteira de artesã; capacitação e consultoria para aprimorar os produtos

– Secretaria do Trabalho
Cadastramento para emprego e para o Programa Prospera

– Emater
Informações e orientações dos técnicos da Emater

– Secretaria de Desenvolvimento Social
Orientações sobre Cad Único e isenção para emissão de RG

– Secretaria de Segurança
Oficinas de pintura para mulheres e meninas e espaço recreativo para crianças

– Polícia Civil
Agendamento para emissão da carteira de identidade

– Defesa Civil
Entrega de cobertores e orientações à população

– Secretaria de Saúde
Orientação nutricional; aplicação de vacina contra H1N1 e testes rápidos de HIV, HCV, HCB e sífilis

– Provid PMDF
Orientações sobre violência

– DER
Transitolândia: distribuição de cartilhas educativas sobre o trânsito para crianças

– Administração Regional do Gama
Cadastramento para cesta básica

– Serviço Social do Comércio (Sesc)
Oficina de comunicação não violenta para crianças, adolescentes e adultos; oficina de pintura para crianças; oficina de direitos sociais. Atendimento nutricional e clínico e orientações sobre amamentação

– Sejus
Informações sobre os programas desenvolvidos pela Sejus e pelo Conselho Tutelar para atendimento e mapeamento

– Semob
Transporte para comunidade local

– Senar-DF
Orientações e informações sobre cursos

*Com informações da Secretaria da Mulher do DF

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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