Geral
GDF leva serviços e ações às mulheres do Assentamento Chapadinha
“O governo passou a ver a gente, então, alavancamos o nosso próprio negócio. Isso é uma conquista para todos nós”Maria do Carmo de Souza, moradora do Assentamento Chapadinha
Maria do Carmo de Souza tem 65 anos e há 16 tira seu sustento da terra. Ela aprendeu a plantar mandioca, pimentão e batata. Depois, passou a fazer virar dinheiro os produtos que nascia no seu terreno. Hoje, vende banana, repolho, tomate e outros hortifrutis em feiras pela cidade. “O governo passou a ver a gente, então, alavancamos o nosso próprio negócio. Isso é uma conquista para todos nós”, comemora.
A produtora rural foi uma das moradoras do Assentamento Chapadinha, localizado no Lago Oeste, em Sobradinho, que recebeu a ação de lançamento do programa Secretaria da Mulher no Campo.
O evento contou com a participação das Secretarias de Turismo (Setur); Saúde (SES); Educação (SEEDF); Justiça (Sejus); Segurança Pública (SSP); Desenvolvimento Social (Sedes); Mobilidade (Semob) e do Trabalho (Setrab); além da Emater, Defesa Civil, Conselho Tutelar, Caesb, Administração de Sobradinho e Sobradinho II e parceiros não governamentais.
“A gente reconhece a importância de trazer as iniciativas para a área rural. Estamos aqui lançando este projeto para dar visibilidade e reunir as pastas do governo para trazer políticas, ações, serviços, oportunidades e cuidados para as comunidades rurais”, reforçou a secretária da mulher, Ericka Filippelli.
“O Fórum Permanente das Mulheres do Campo e do Cerrado existe desde 2015 e foi criado, justamente, porque, se as políticas públicas, muitas vezes, não alcançam as mulheres da cidade, imagina a dificuldade que é para chegar às mulheres do campo”, acrescentou a secretária.
“É muito importante que essas ações venham até nós, até a área rural. Um evento como esse, com tantas secretarias reunidas para apoiar a comunidade, pode mudar a vida dessas mulheres”Janaína Romualdo, coordenadora do acampamento Marielle Franco, em São Sebastião, e diretora de reforma agrária da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Distrito Federal e Entorno (Fetraf-DFE)
Janaína Romualdo, de 38 anos, é coordenadora do acampamento Marielle Franco, localizado em São Sebastião, além de diretora de reforma agrária da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Distrito Federal e Entorno (Fetraf-DFE). Ela luta para que a população rural do DF alcance mais oportunidades e destaca a importância da presença governamental para auxiliar as mulheres do campo.
“É muito importante que essas ações venham até nós, até a área rural. Porque são mulheres que, muitas vezes, ficam esquecidas, têm dificuldade de locomoção, pouco acesso à informação e não têm acolhimento ou auxílio para saúde tão próximo. Um evento como esse, com tantas secretarias reunidas para apoiar a comunidade, pode mudar a vida dessas mulheres”, afirma.
Atendimento
Ao todo, 550 pessoas foram atendidas durante a primeira ação do Secretaria da Mulher no Campo. Elas tiveram acesso a abordagem psicossocial, conversas educativas sobre direitos, legislação e formas de combate à violência de gênero; além de receber orientações sobre como participar das oficinas de capacitação, gratuitas e virtuais, voltadas à autonomia financeira e econômica da mulher, oferecidas pela SMDF.
As mulheres também puderam fazer inscrições no Cadastro Único, da Sedes e no Programa Prospera, da Setrab. Os moradores do assentamento ainda participaram da oficina de pintura oferecida pela SSP.
A Secretaria de Saúde promoveu diversas ações voltadas à prevenção e ao cuidado com a saúde da mulher e ofereceu agendamento de exame citopatológico, vacinação contra influenza e hepatite, além da realização de testes rápidos de hepatite B e C, HIV e sífilis.
Ainda teve palestra com sucesso de público: mulheres, homens e crianças foram orientados sobre como manter a saúde bucal e receberam kits de higiene dental ao final das explicações.
Incentivo a talentos
A Emater-DF esteve presente e levou ao assentamento oficinas técnicas, como a de cultivo de suculentas, mas também ofereceu atendimentos sobre cultivos diversos e inclusão de produtores em projetos e ações da empresa. O Assentamento Chapadinha é referência na produção de orgânicos e recebe assistência da Emater-DF.
“A vitória da Secretaria da Mulher é a vitória da Emater-DF, é a vitória do governo, que se une para levar oportunidade e dignidade para o campo”Denise Fonseca, presidente da Emater-DF
A presidente da empresa, Denise Fonseca, destacou a importância da união de órgãos do governo para levar serviços essenciais para as mulheres do campo e toda a comunidade.
“A vitória da Secretaria da Mulher é a vitória da Emater-DF, é a vitória do governo, que se une para levar oportunidade e dignidade para o campo. Essa ação vai fortalecer a inclusão da mulher em políticas públicas. Temos muito ainda a conquistar, mas juntos ainda vamos fazer muito mais”, ressaltou.
Os artistas locais também puderam aproveitar a oportunidade para solicitar a emissão da carteira de artesão. O documento oferece a esses trabalhadores a oportunidade de participar de feiras locais, regionais e nacionais e dar visibilidade a suas produções.
A Setur colocou as ações de qualificação do artesanato à disposição das mulheres e homens do Assentamento Chapadinha. “Nossa equipe está aqui para identificar as pessoas que precisam de um olhar mais atencioso e tenham o desejo de se qualificar no ofício de artesão para receber a Carteira Nacional do Artesão. A carteira é um passaporte para a dignidade, autonomia econômica e empoderamento pela profissionalização”, afirmou a secretária Vanessa Mendonça.
A iniciativa é realizada de acordo com as demandas apresentadas pelas mulheres participantes do Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e do Cerrado. Além do Secretaria da Mulher no Campo, foi lançado no mesmo evento o selo do Fórum, elaborado com a participação de suas integrantes e que será usado para identificar os produtos elaborados por elas.
No dia 16 de julho, o Secretaria da Mulher no Campo estará no Assentamento Oziel Alves, em Planaltina. Em agosto, haverá ações no Núcleo Rural Fazenda Larga, Planaltina; no Assentamento 1° de Julho, em São Sebastião, e no Assentamento Renascer Palmares, em Planaltina, com datas a serem confirmadas.
*Com informações da Secretaria da Mulher
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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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