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Equipe leva apoio emocional aos pacientes com covid-19 no HRG

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Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF
Mãe e filha, Maria de Jesus Silva e Naide Jane ficaram internadas durante três dias na Unidade de Cuidados Intermediários do HRG, separadas e sem contato, até o dia em que puderam se reencontrar | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF

Em geral, os 15 atendimentos feitos por dia geram mais 15 atendimentos familiares, pois os pacientes querem notícias ou pedem para fazer videochamada com algum parenteJamila Abdelaziz, psicóloga e coordenadora do projeto

Pacientes com covid-19 internados no Hospital Regional do Gama (HRG) contam com uma equipe multiprofissional para dar apoio mental e psicológico durante o período em que estão em tratamento na unidade. O trabalho começou em fevereiro em formato de rondas diárias. Os profissionais vão até os pacientes para ouvi-los e dar todo o suporte emocional necessário naquele momento em que estão longe do convívio e contato familiar. Em média, são feitos 15 atendimentos por dia.

“Em geral, os 15 atendimentos feitos por dia geram mais 15 atendimentos familiares, pois os pacientes querem notícias ou pedem para fazer videochamada com algum parente”, destaca a psicóloga e coordenadora do projeto, Jamila Abdelaziz, que explica que “nem todos os pacientes têm condições de atendimento, devido a condições clínicas”.

Jamila explica como surgiu a iniciativa de estruturar um atendimento de saúde mental para atender os pacientes do Box respiratório e da Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) Covid-19. “Percebi que recebíamos pacientes muito jovens, que ficavam contactuantes (que respondem a estímulos) e seus familiares. Com isso, iniciamos a ida da equipe de psicologia a esses locais para que os pacientes pudessem expressar suas demandas frente ao adoecimento”, pontua.

Hoje a ronda é realizada por Jamila e mais duas psicólogas, além de uma estagiária de psicologia e um psiquiatra. A equipe também é responsável pelos atendimentos em situação de óbito, quando familiares e acompanhantes são acolhidos após o reconhecimento do corpo.

Veja o momento em que a paciente Dea Fernandes comunica-se com sua filha por meio de videochamada.

Reencontro

Ficar longe da família é um dos momentos difíceis do tratamento contra a covid-19. Isso ocorre até mesmo quando há parentes internados na mesma unidade de saúde, como é o caso de Maria de Jesus Silva e Naide Jane Silva. Mãe e filha estiveram internadas na Unidade de Cuidados Intermediários do HRG e ficaram três dias, no mesmo ambiente, separadas e sem contato, até o dia em que puderam se reencontrar.

Jamila Abdelaziz conta que as duas tinham quadro clínico de gravidades diferentes e que foi emocionante acompanhar o reencontro de mãe e filha. “Elas sabiam que estavam próximas, mas ainda não tinham se visto”. As duas já receberam alta hospitalar.

Apoio emocional

O psiquiatra Marcus Vinícius Lima, que também faz parte da equipe, explica que o atendimento é feito em três etapas. “Buscamos aliviar o sofrimento dos pacientes, familiares e da própria equipe, durante esse período tão difícil de estresse emocional. Na primeira etapa fazemos um acolhimento e escuta ativa. No caso, buscamos nesse paciente quem ele é e quais são as redes de apoio que ele tem, quais são os vínculos mais próximos e procuramos ver qual é a capacidade de expressão do sentimento de como ele consegue manejar a situação que está vivenciando”, detalha.

Marcus fala também sobre a segunda etapa do atendimento, em que a equipe fica mais presente com o paciente que tem oportunidade de se comunicar com seus familiares por meio de videochamada. Já na terceira etapa, que o profissional classifica como uma das mais difíceis, ao envolver pacientes em situação terminal. “A gente faz um adiantamento para a família em relação ao que pode acontecer e o que está acontecendo. Faz também um contato direto com o paciente visando a realização de um último desejo, comunicação de últimas mensagens para tentar aliviar, ao máximo, um momento que é tão complicado e tão difícil”, relata.

*Com informações da Secretaria de Saúde

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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