Distrito Federal

DF tem produtividade agrícola maior que média nacional

Publicado

em


Foto: Divulgação/Emater-DF
A produtividade de uva chega a 25 toneladas por hectare. A média no Brasil é de 19,9 ton/hectare. A Emater-DF tem proporcionado mais capacitações sobre o cultivo| Foto: Divulgação/Emater-DF

O Distrito Federal tem uma produtividade agrícola superior à média nacional em diversas culturas, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do 5° levantamento da safra de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em alguns casos, a produção por hectare no DF chega a ser o dobro da registrada em outras regiões.

Isso acontece desde o cultivo de grãos em grandes áreas até o de hortaliças e frutas em pequenas propriedades de agricultores familiares. Soja, milho, feijão, girassol, maracujá, uva, goiaba, limão, batata-doce, pimentão e mandioca são alguns itens que possuem uma produtividade superior à média nacional.

Entre as frutas, o maracujá é um dos destaques do DF, com uma produtividade de 27.675 kg/hectare, 94% superior à média brasileira, que é de 14.271 kg/hectare. No núcleo rural Pipiripau (Planaltina), a produtividade vai de 30 a 40 toneladas por hectare. Segundo o gerente do escritório local da Emater-DF, Geraldo Magela Gontijo, “isso se deve ao uso de híbridos de alto potencial produtivo, principalmente os desenvolvidos pela Embrapa, uso de polinização manual, espaçamento mais adensado, com maior número de plantas por hectare e uso de irrigação localizada”.

A soja, grão com grande peso na balança comercial, tem uma produtividade maior no DF em comparação com a média do país e até com o Mato Grosso, maior produtor do Brasil. No Distrito Federal, os produtores devem colher 3.743,59 quilos por hectare, na safra 2020/2021, contra 3.497,02 da média nacional e 3.448,02 do Mato Grosso.

Foto: Divulgação/Emater-DF
A goiaba é um dos itens com produtividade superior à média nacional. Assim como soja, milho, feijão, girassol e maracujá, entre outros | Foto: Divulgação/Emater-DF

Já a produtividade de uva chega a 25 toneladas por hectare, enquanto a média no Brasil é de 19,9 toneladas por hectare. Nos últimos anos, a Emater-DF tem proporcionado mais capacitações sobre o cultivo de uva de forma a incentivar a produção na região (veja abaixo tabela com algumas das maiores produtividades do DF).

Até em culturas em que o Distrito Federal tem pouca expressão, como a cana-de-açúcar, a produtividade é maior, o que aponta o potencial natural da região para a agricultura. “O que contribui para nossa alta produtividade é o emprego de tecnologia de manejo e clima favorável”, explica o extensionista da Emater-DF Marconi Borges.

Assistência técnica

A proximidade com os centros de pesquisa e a presença da Emater-DF também favorecem o acesso a informações e capacitações sobre rotação de culturas, época de plantio, cultivares resistentes disponíveis no mercado, tratamento de sementes para prevenir doenças, manejo integrado de pragas, plantio direto na palha, entre outros temas, diz Borges.

Segundo a coordenadora do Programa de Olericultura da Emater-DF, Adriana Nascimento, são essenciais para uma boa produtividade seguir as recomendações técnicas dos extensionistas da Emater indicadas para cada cultura, a interpretação das análises de solos e correção do solo, o uso de mudas e sementes de qualidade, o acompanhamento dos tratos culturais, dos calendários de plantio e sazonalidade.

“Como a gente tem uma área de plantio menor que as demais unidades da Federação, temos de tirar mais da terra, de forma mais sustentável e eficiente. É produzir mais com menos”Denise Fonseca, presidente da Emater-DF

“A adaptação climática e nutrição do solo, com adubações ajustadas por análise de solo e correção de acidez bem equilibradas, são importantes para uma boa produtividade”, afirma Adriana.

A presidente da Emater, Denise Fonseca, destaca o papel dos extensionistas da empresa no atendimento aos agricultores, do uso de tecnologia e da disseminação de melhores técnicas de plantio como fatores que contribuem para os resultados alcançados pelo DF. “Como a gente tem uma área de plantio menor que as demais unidades da Federação, temos de tirar mais da terra, de forma mais sustentável e eficiente. É produzir mais com menos.”

Previsão da safra de grãos 2020/2021

No 5º levantamento da safra 2020/2021, divulgado no dia 11 de fevereiro pela Conab, o Distrito Federal fica em segundo lugar no país em relação à produtividade de grãos, com 5.280 kg/ha, ficando atrás apenas de Sergipe.

Para este ano, está prevista uma produtividade de 8.049,18 kg/ha de milho no Distrito Federal, enquanto a média nacional fica em 5.524,41 kg/ha. Já o feijão, no DF, tem uma estimativa de 2.857,14 kg/ha e a estimativa nacional fica em 1.105,33 kg/ha.

Ronaldo Triacca, produtor na região do PAD-DF, cultiva soja, milho e uva pra vinho fino. “Atribuo as altas produtividades da nossa região ao alto nível tecnológico empregado pelos produtores, ao nosso clima bem definido, ótima altitude, boa composição físico-química do solo, relevo de plano a levemente ondulado, facilitando a mecanização, ao emprego maciço da técnica conservacionista Plantio Direto, à diversidade de culturas, fazendo com que haja rotação nas áreas”, afirma.

“E, por último, somos privilegiados por termos vários centros nacionais de pesquisa da Embrapa concentrados aqui, várias empresas nacionais e multinacionais de genética vegetal também estão enraizadas na região, juntamente com uma assistência técnica de excelência da Emater”, explica Triacca.

A Emater-DF

Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF e Entorno. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.

*Com informações da Emater-DF

Fonte: Governo DF

Comentários do Facebook

Distrito Federal

Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

Publicados

em


No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA