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DF registra em janeiro a menor inflação desde junho de 2020

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Foto: Arquivo/Agência Brasil
O comportamento do IPCA em janeiro refletiu a alta nos preços de itens do grupo de Alimentação e bebidas (1,22%), como no da batata inglesa. E, também, em relação a carnes, banana prata e cebola, por exemplo | Foto: Arquivo/Agência Brasil

A inflação no Distrito Federal ficou em 0,05% no mês de janeiro, o menor resultado mensal desde junho de 2020, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que apresenta mensalmente a variação dos preços de produtos e serviços. O índice está abaixo do percentual apontado para o Brasil, de 0,25%. Entre as 16 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a capital federal registrou a terceira menor inflação do país no período, ficando atrás apenas de Goiânia (-0,17%) e Belém (-0,03%).

O comportamento do IPCA em janeiro refletiu, principalmente, a alta nos preços de itens do grupo de Alimentação e bebidas (1,22%), como carnes, banana prata, batata inglesa e cebola, e a queda observada nos preços de itens dos grupos de Habitação (-1,02%) e Vestuário (-1,45%), como energia elétrica residencial e roupa feminina. Outros grupos que também registraram variação positiva foram os de Despesas pessoais (0,32%), Artigos para residência (0,78%), Saúde e cuidados pessoais (0,16%) e Educação (0,22%). Em contrapartida, os grupos de Transportes (-0,22%) e Comunicação (-0,24%) registraram variações negativas.

A inflação do Distrito Federal pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede apenas a inflação das famílias com renda mais baixa (entre um e cinco salários mínimos), ficou em 0,09% no mês de janeiro

A inflação do Distrito Federal pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede apenas a inflação das famílias com renda mais baixa (entre um e cinco salários mínimos), ficou em 0,09% no mês de janeiro, novamente superior ao resultado calculado pelo IPCA. A diferença entre os dois índices se deve ao fato dos grupos de Alimentação e bebidas e Transportes – que registraram alta nos preços dos itens que os compõem – possuírem maior peso na cesta de consumo das famílias com menor renda. Entre as 16 regiões pesquisadas, a capital federal apresentou a segunda menor inflação pelo INPC do país, atrás apenas de Goiânia (-0,25%), e abaixo do índice nacional, de 0,27%.

Entre os fatores que contribuíram para o comportamento do INPC em janeiro, destacam-se as variações positivas nos grupos de Alimentação e bebidas (1,30%) e Transportes (0,22%), já que a queda no preço das passagens aéreas não influencia muito na cesta de consumo das famílias com renda mais baixa, e as variações negativas nos grupos de Habitação (-1,06%) e Vestuário (-1,59%), em razão da energia elétrica e da roupa feminina ter maior influência no consumo dessas famílias.

Os grupos de Despesas pessoais (0,37%), Artigos de residência (0,78%) e Educação (0,22%) registraram alta, enquanto os grupos de Comunicação (-0,25%) e Saúde e cuidados pessoais (-0,08%) apresentaram quedas.

A gerente de Contas e Estudos Setoriais da Codeplan, Jéssica Milker, analisa o resultado do IPCA e do INPC no mês de janeiro no DF: “Em janeiro, os alimentos voltaram a pressionar a alta dos preços na capital federal, após terem acumulado uma variação positiva de 10,78% entre janeiro e dezembro de 2020. Esse comportamento exige certa atenção, pois impacta diretamente sobre as camadas de renda mais baixa e a sua persistência compromete o poder de compra da população, que acaba não tendo recursos para consumo de outros produtos”, explica.

O principal fator que estimulou a alta em janeiro foi o aumento no preço dos alimentos, o mesmo que impulsionou a inflação ao longo de 2020Renato Coitinho, pesquisador da Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan

Para o pesquisador da Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Renato Coitinho, “o principal fator que estimulou a alta em janeiro foi o aumento no preço dos alimentos, o mesmo que impulsionou a inflação ao longo de 2020. Por isso, continuamos observando uma pressão de preços mais forte sobre a parcela da população de menor renda no DF.

No entanto, a redução do preço da energia elétrica deu um alívio para essa parcela da população, de forma que os 25% mais pobres da capital federal observaram uma deflação de 0,08%, enquanto os 25% mais ricos verificaram estabilidade”.

Inflação por faixa de renda

No primeiro boletim da inflação no DF em 2021, a Codeplan divulga dados inéditos sobre a variação dos preços de produtos e serviços para diferentes estratos sociais, com o objetivo de observar como o comportamento inflacionário afeta as diferentes faixas de renda da capital federal. É considerado o resultado calculado pelo IPCA, que é o indicador oficial da inflação no país.

O IPCA por faixa de renda é dividido em quatro grupos de renda domiciliar, enquadrando-os entre os 25% mais pobres, cuja renda média é menor que R$ 2.344,99 (baixa renda); aqueles entre 25% e 50% de menor renda, com rendimentos variando entre R$ 2.344,99 e R$ 5.373,38 (média-baixa renda); os entre 50% e 25% de maior renda, cuja renda média encontra-se no intervalo de R$ 5.373,38 e R$ 12.404,88 (média-alta renda); e os 25% mais ricos, que ganham acima de R$ 12.404,88.2 (alta renda).

No mês de janeiro, o IPCA incidente para os 25% mais ricos permaneceu estável, com variação de 0,00%, enquanto os 25% mais pobres perceberam uma contração de 0,08% no preço da sua cesta de consumo, parcialmente em razão da queda no preço da energia elétrica, cujo peso é maior para as famílias de menor poder aquisitivo em comparação às demais. Para as categorias intermediárias, observou-se uma variação positiva de 0,25% para as famílias entre 50% e 25% de maior renda, e de 0,19% para as famílias entre 25% e 50% de menor renda.

Ao longo do ano passado, as famílias com menor renda enfrentaram uma inflação maior que as famílias de renda mais elevada. Isso se deve ao fato da inflação ter sido impulsionada em 2020, principalmente, pelos grupos de produtos e serviços que possuem maior participação na cesta de consumo das famílias com menor poder aquisitivo.

Acesse a íntegra do Boletim IPCA-INPC de janeiro  

Acesse a análise da inflação do Distrito Federal em janeiro 

Acesse a análise do IPCA por faixa renda 

*Com informações da Codeplan

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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