Distrito Federal

De A a Z, tem nome para todo gosto no Zoológico de Brasília

Publicado

em


Lipe, o bugio ruivo | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Nem todos os animais do Jardim Zoológico de Brasília têm apelidos, mas quem recebeu um nome não pode se queixar. Essa foi a maneira carinhosa encontrada para identificar os animais, às vezes por causa de suas características físicas, personalidade e até pelo “jeitão”. É um diferencial atencioso e respeitoso. Afinal, o Zoológico de Brasília abriga 168 espécies, sendo 63 de mamíferos, 73 de aves e 32 de répteis.

Lipe, Bel, Melão, Melancia, Pepino, Bin Laden, Bela e Fera. Gabriela, Ogum e Oxóssi

Todos os mamíferos e répteis têm nomes; e cerca de 40% das aves, como algumas araras, gaviões e outros pássaros maiores. É pelo apelido que os funcionários do zoo sabem, rapidamente, de que animal se trata quando alguém faz alguma referência. Assim, o apelido evita que a bicharada seja identificada por números.

No seio das tradicionais famílias do zoo, o amor vai se disseminando pelas novas gerações. Lipe e Bel, os primatas da espécie bugio de mãos ruivas, vivem as alegrias de uma vida sem rotina, depois da chegada do “herdeiro”, em agosto do ano passado. O nascimento do filhote em plena capital do país trouxe também esperança para a conservação da espécie, ameaçada de extinção.

Melão e Melancia, papais de primeira viagem, ainda estão se adaptando às exigências do novo membro da família. O casal de antas que chegou a Brasília e se reproduziu em cativeiro curte as peraltices do filhote, Pepino, nascido em janeiro. Família feliz, visitantes ainda mais felizes com a presença do maior mamífero brasileiro no zoo de Brasília.

Bin Laden perambula de um lado para o outro, sem medo de ser feliz. O cuxiú parece livre de qualquer rancor por ter recebido o mesmo nome do terrorista. Cordial, não manifesta insatisfação quando visitantes deselegantes fazem chacota com seu nome. O xará de péssima reputação não lhe tira o sossego. Velozes, ariscos e espertos, os cuxiús são capazes de buscar companhia com outras espécies de primatas para se protegerem de predadores naturais.

Fera, cachorro do mato selvagem, é mais solitária | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Não espere um final feliz para a Bela e a Fera. Sociabilidade é característica de Bela, um cervo nobre, mas Fera é um cachorro do mato selvagem, com hábitos para lá de solitários. Além disso, eles são do mesmo sexo, o que, talvez, nem seja problema. Vai saber…

Tupã, Thor, Pégasus, Lua e Luna. Caruru, Tucupi, Maniçoba, Amarantos. Chokito, Mel, Caramelo e Jujubo

Modinha para Gabriela

“Quando eu vim para esse mundo /

Eu não atinava em nada /

Hoje eu sou Gabriela /

Gabriela ê meus camaradas”

É certo que Dorival Caymmi não se inspirou na onça pintada para compor a Modinha para Gabriela, lindamente interpretada por Gal Costa.

A Gabriela do Zoológico de Brasília já estava assim, cheia do charme, quando foi transferida, no ano passado, para o criadouro conservacionista No Extinction (NEX), o Instituto de Defesa e Preservação dos Felídeos da Fauna Silvestre do Brasil ameaçados de Extinção.

Hoje, a jovem e o companheiro, Ogum, são pais de Oxóssi – um filhote cujo nascimento foi muito comemorado -, esperança de que a onça pintada saia da lista de espécies brasileiras ameaçadas de extinção.

Pégasus, o cavalo voador da mitologia grega, empresta o nome para o jaguarundi | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Mitologia

Tupã, nome originário da mitologia indígena, que significa “o trovão” está em dois diferentes recintos do zoo. É assim que são conhecidos um bugio de mão ruiva e um gato do mato pequeno. Thor, o Deus do trovão na mitologia nórdica, batiza o rinoceronte branco; e Pégasus, o cavalo voador da mitologia grega, empresta o nome para o jaguarundi.

Lua e Luna também estão no zoo. Lua é o macaco aranha de cara vermelha e Luna, o zogue-zogue, outro macaco que habita os rios Javari, Solimões e Purus, nos estados do Amazonas e Acre.

Tem Caruru, Tucupi, Maniçoba e Amarantos, quatro dos sauins de coleira, um sagui encontrado em localidades de Manaus, Rio Preto da Eva e Itacoatiara, na Amazônia. Chokito, Mel, Caramelo e Jujubo, esses sim, são os docinhos que apelidam um bugio ruivo, o macaco grego e os dois tamanduás mirins, respectivamente.

Seu Antônio, o mico branco, é respeitado no zoo | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

O mico branco tem uma curiosidade, de acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – apenas a fêmea dominante do grupo se reproduz e os demais integrantes auxiliam nos cuidados com os filhotes. Mesmo assim, é Seu Antônio que é tratado com toda a deferência no zoo.

Seu Antônio, Henrique Chaves e Luis Pires. Alexia, Amanda, Aninha, Bárbara, Carla, Catarina, Christiano, Cícero, Fernanda, Flávia, Fred, Geraldo, Gerson, Gisely, Jair, Jorge, Lana, Lucinha, Mara, Marcão, Marcelo, Mônica, Paola, Paula, Raul, Regina, Rihana, Sarah, Stella, Tadeu

Henrique Chaves, um macaco japonês, e Luis Pires, um babuíno sagrado, parecem chamar mais atenção. Pode ser somente impressão. Ou um pouco de reverência para quem tem nome e sobrenome.

O Jardim Zoológico de Brasília é assim: tem os senhores e as senhoras, os jovens, meninas e meninos, e os bebês. Alexia, Amanda, Aninha, Bárbara, Carla, Catarina, Christiano, Cícero, Fernanda, Flávia, Fred, Geraldo, Gerson, Gisely, Jair, Jorge, Lana, Lucinha, Mara, Marcão, Marcelo, Mônica, Paola, Paula, Raul, Regina, Rihana, Sarah, Stella, Tadeu… eles estão todos lá – mostrando aos visitantes a importância da conservação e valorização da vida animal.

Algumas vezes são os frequentadores do Jardim Zoológico que escolhem, por votação, como um bichinho deve ser  “batizado”. Isso acontece, geralmente, em situações especiais, como o nascimento de um animal em vias de extinção ou a chegada ao zoo de um filhote mais do que esperado na capital da esperança.

Fonte: Governo DF

Comentários do Facebook

Distrito Federal

Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

Publicados

em


No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA