Geral
Cresce 180% número de produtores da avicultura
![](https://gazetaplay.com.br/wp-content/uploads/sites/3/infocoweb/2021/10/10/thumbnail-for-335899.jpg)
DF tem 91 criadores de aves de corte e 174 de aves de postura
Com o aumento nos preços da carne, os ovos tornaram-se aliados no combate à fome. No Distrito Federal, em 2020, foram produzidas 26,5 milhões de dúzias de ovos. Já em nível nacional, a produção brasileira de ovos, nesse mesmo período, foi de 53,5 bilhões de unidades, com o consumo recorde de 251 ovos per capita ao ano, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal.
Juntamente com a criação voltada para corte, a avicultura representa 78% do Valor Bruto da Produção Pecuária do DF e gera 5 mil empregos diretos. Hoje, são 91 criadores de aves de corte e 174 de postura, o que representa um aumento de 180% entre 2015 e 2020 no número de produtores com sistema semi-intensivo.
![](https://www.urgentenews.com.br/wp-content/uploads/2021/10/10/0d1497981c1ecc47b408a43e4d790ddd.jpg)
Segundo a coordenadora do Programa de Avicultura e Suinocultura da Emater-DF, Camila Braz Ribeiral, a empresa tem trabalhado ao longo dos anos principalmente no desenvolvimento de sistemas semi-intensivos de produção, conhecidos também como coloniais ou caipiras.
“Esse sistema tem um grande potencial para inclusão produtiva rural, pois não necessita de grandes áreas e tem fácil absorção de mão de obra familiar, além de demandar menor consumo hídrico, sendo uma boa alternativa em propriedades que não possuem água disponível para bovinocultura, por exemplo”, explica a gestora.
“A Emater-DF acompanha desde o planejamento da produção, elaboração de projetos de crédito rural, assistência técnica na produção em relação ao ambiente, manejo, alimentação das aves, sanidade, ambiência, e demais aspectos até as fases da cadeia de produção”, detalha Camila.
Cadeia produtiva também ganha projeção nos elos de resíduos de criação
O DF, acentua a gestora, é um local promissor para a atividade, já que tem a presença e articulação entre instituições de ensino, pesquisa e a extensão rural, o que permite melhor desenvolvimento tecnológico, produtivo e econômico. “Além disso, temos um grande crescimento na densidade demográfica e um mercado consumidor promissor, com alta renda per capita e não muito distante das áreas rurais”, pontua.
Mercado
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal, 96% dos lares brasileiros consomem ovos – 47%, diariamente. A produção do país é quase toda destinada ao mercado interno. Os ovos também são matéria-prima para fabricação de vacinas. Também podem ser usados na indústria farmacêutica. “Na cadeia produtiva, há também um importante elo: o de resíduos de criação”, aponta Camila Ribeiral. “As penas e o esterco, por exemplo, também podem ser aproveitados”, diz Camila.
Pessoas interessadas em informações ou ajuda para iniciar a atividade podem procurar os escritórios da Emater-DF localizados em diversas áreas rurais do DF. Nessas unidades, há orientação de equipes multidisciplinares compostas por zootecnistas, médicos-veterinários, engenheiros-agrônomos, economistas domésticas e técnicos em agropecuária, entre outros.
Quer iniciar a atividade ou precisa de orientação? Entre em contato com o escritório da Emater-DF mais próximo de sua propriedade.
*Com informações da Emater-DF
Geral
Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino
![](https://gazetaplay.com.br/wp-content/uploads/sites/3/2024/06/9bc809c5-c117-46a6-b575-5e4ca148a9a1.jpeg)
No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.
Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural
A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.
O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.
Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.
“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.
A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.
PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.
“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.
A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.
Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.
CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.
Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.
“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.
O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.
“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.
A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.
AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.
As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.
-
Nacional20/06/2024
“Mais de R$ 14 bilhões do Novo PAC são destinados para mobilidade urbana sustentável”, afirmou ministro Jader Filho
-
Segurança20/06/2024
Número de apreensões de arma de fogo em 2023 cresce 28% em relação a 2022
-
Nacional24/06/2024
Brasil reduz dependência de petróleo e gás natural na oferta de energia da matriz energética
-
Cultura24/06/2024
Quadrilhas juninas são reconhecidas manifestação da cultura nacional