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Covid-19: Câmara discute abastecimento de IFA para vacinas

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A Comissão Externa da Câmara dos Deputados de Enfrentamento da Covid-19 discutiu hoje (20) a situação do abastecimento dos Ingredientes Farmacêuticos Ativos (IFAs), matéria-prima fundamental para a fabricação de doses de vacinas contra o coronavírus.

Na ocasião, foram relatadas as dificuldades na entrega de IFAs pela China para o imunizante Coronavac, do Instituto Butantan, feito em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e para a vacina Oxford/AstraZeneca, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os problemas ocasionaram atrasos nos cronogramas de entregas de doses.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, confirmou que estão ocorrendo “problemas no fornecimento de insumos da China”. Em maio, o órgão deveria receber 10 mil litros de IFA, mas só terá repasse para 3 mil doses, no dia 25, e não há perspectiva de nova remessa. Por conta disso, as finalizações do primeiro contrato de 46 milhões de doses e o início do segundo contrato de 54 milhões de doses estão sofrendo atrasos.

Covas mencionou que, durante a reunião realizada hoje com governadores e o embaixador chinês, Yang Wanming, o grupo foi informado que a China exportou 380 milhões de doses e passa por um momento de esforço para imunizar a própria população. “O governo chinês controla essa disponibilidade de matéria-prima para a China e para mais 100 países. Isso explica, em parte, as dificuldades”, disse o diretor do instituto.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou que o governo federal está atuando para articular junto ao governo chinês a liberação dos IFAs para abastecer a produção de imunizantes Coronavac e Oxford/AstraZeneca no Brasil.

“Temos conversas permanentes com a embaixada brasileira na China. Conversamos com o embaixador e pedimos que estejam sempre próximos para fazer gestões a fim de conseguir este IFA tão logo que possível. O ministro aqui está próximo do embaixador da China no Brasil. Eles [autoridades chinesas] dizem que existe esforço grande para a imunização da população chinesa, e isso é um desafio”, afirmou o secretário-executivo.

O vice-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marco Aurélio Krieger, informou que a instituição também teve dificuldades no recebimento do IFA, mas regularizou sua produção. A Fiocruz fabricou, até o momento, 30 milhões de doses.

A Fiocruz receberá dois lotes de IFA, que deverão chegar neste sábado (22). Há previsão de mais dois lotes de IFA para o mês de junho. Segundo o vice-presidente da Fiocruz, as remessas poderiam garantir a fabricação de mais 32 milhões de doses até a primeira semana de julho.

Após esse período, não há garantia de recebimento de IFA e, consequentemente, da produção de novas doses.

Pfizer

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, destacou que o Brasil receberá 2,5 milhões de doses no mês de maio. Para junho, há previsão de mais dois milhões de doses.

Ele informou ainda que a Pfizer deve entrar até sexta-feira com pedido de mudança nas autorizações sobre sua vacina, a fim de permitir que ela seja armazenada na faixa de dois a oito graus Celsius, em refrigeradores normais, por até um mês.

Tal solicitação é motivada por estudos que teriam indicado grau de estabilidade do imunizante nessa temperatura. Atualmente, a Anvisa permite que as doses sejam guardadas nesta faixa por até cinco dias. Mais do que isso, é preciso ficar entre -15 graus e -25 graus Celsius.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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