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Consciência Ambiental

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Mais do que preservar o Cerrado, a celebração do Dia Estadual do Plantio de Árvores Nativas pretende valorizar a luta permanente deste bioma tão importante para o Brasil e, ainda, alertar sobre o risco de extinção de animais e plantas nativas desta região. A data foi instituída, através do projeto de lei 3894/08, de autoria do deputado Jardel Sebba (PSDB).

Outra iniciativa semelhante e bem mais recente, surgiu através da Lei nº 20.552, originalmente projeto de autoria do atual presidente da Comissão do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Alego, deputado Lucas Calil (PSD). Reconhecido como Projeto Virada Ambiental, o evento anual também comemora, o “Dia Estadual da Consciência Ambiental” e tem como objetivo, sensibilizar a sociedade goiana a promover o plantio de mudas de árvores, em cada um dos 246 municípios goianos, dos quais 180 já foram alcançados pela proposta.

Essas são propostas, que somadas a tantas outras apresentadas no Parlamento goiano, fortalecem o bioma Cerrado e a causa ambiental.

Projeto Virada Ambiental

Através da parceria de 17 entidades, que colaboram com a resolução, neste último novembro, aconteceu a 3ª edição do Projeto Virada Ambiental, ainda em formato digital devido a pandemia. Entidades estaduais e algumas inclusive de abrangência nacional, se uniram para contribuir com a divulgação e incentivo à participação dos municípios, dentre elas, podemos citar a Alego, a Federação Goiana dos Municípios (FGM), Universidade Federal de Goiás (UFG), a Agencia Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater-GO), do Ministério Público (MP-GO). O intuito é que a iniciativa possa ser levada aos vários municípios brasileiros de outros estados.

Dentro do Projeto Virada Ambiental, toda a comunidade, impulsionada pelas prefeituras, é convidada a plantar mudas de espécies nativas, sendo o dia 10 de dezembro, o prazo estabelecido para o último plantio. A atividade acontece em localidades diversas, com programações distintas e, preferencialmente, ao mesmo tempo. É um convite para que o cidadão possa exercer sua cidadania através de uma prática sustentável, e realizar sua contribuição efetiva para melhoria do meio ambiente.

Alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, a Virada Ambiental compõe a agenda de ações que devem ser implementadas por todos os países até 2030. Entre os objetivos, estão medidas ligadas à conservação dos recursos naturais e a proteção e recuperação dos ecossistemas e da biodiversidade.

O Cerrado e o pequizeiro como seu símbolo

O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul e compreende os estados de: Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além de manchas no Amapá, Roraima e Amazonas. Nessas áreas, encontram-se as nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata), o que resulta em um elevado potencial aquífero e favorece a sua biodiversidade.

Levantamentos mais recentes mostram que, depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana, catalogando inúmeras espécies de plantas e animais, que correm risco de extinção, sendo pelo menos 137 espécies de animais ameaçados. Isto porque, com a crescente pressão para a abertura de novas áreas de fronteira agrícola brasileira, que visa incrementar a produção de carne e grãos para exportação, tem havido um progressivo esgotamento dos recursos naturais da região.

Em Goiás, uma espécie que garantiu sua preservação foi o Pequizeiro. Através da Lei nº 19.526/2016, de autoria da deputada Adriana Accorsi (PT), a Alego transformou o pequizeiro em árvore símbolo do Cerrado, ficando proibida seu corte e sua derrubada, devendo o proprietário ser penalizado por crime ambiental. Já a matéria de nº 3839/21, do deputado Karlos Cabral (PDT), pretende declarar o pequi como patrimônio cultural imaterial pela sua importância para o povo goiano.

Iniciativas parlamentares

Tramitam atualmente na Alego projetos que pretendem apoiar a política de preservação e do reflorestamento do Cerrado, no âmbito do estado de Goiás. O deputado Delegado Eduardo Prado (DC) apresentou a matéria de 5733/21 que visa instituir a Política Estadual Adote Uma Muda e, por meio dela, estimular a distribuição e o plantio de mudas nativas, ornamentais e frutíferas.  De acordo com o autor da propositura, as doações aos interessados deverão ser feitas por solicitação encaminhada à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). A matéria foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).

Já o deputado Antônio Gomide (PT) apresentou projeto nº 3582/21, que cria o Parque da Memória. Em sua justificativa, Gomide propõe o plantio de dez árvores em homenagem a cada uma das vítimas de covid-19 no estado. A propositura obteve parecer favorável da CCJ e aguarda agora apresentação de parecer do relator deputado Delegado Coronel Adailton (Progressistas), junto à Comissão de Educação, Cultura e Esporte.

Outra propositura, de autoria de Gomide, de nº 2006/20 dispõe sobre a Política Estadual de Incentivo à formação de Bancos Comunitários de Sementes e Mudas, com o objetivo de preservar a agrobiodiversidade e o desenvolvimento sustentável, com a intenção de perpetuar espécies. A matéria já passou pela fase da segunda discussão mas recebeu veto parcial, ainda não apreciado.

De autoria do deputado Virmondes Cruvinel (Cidadania), outra propositura de destaque é que institui a Política Pública Estadual “Nasce uma criança, planta-se uma árvore”, no âmbito do estado de Goiás. No ato do plantio, toda criança que estiver junto ao seu responsável também receberá a titulação de “Criança amiga da natureza”. A proposta, de nº 5277/20, obteve parecer favorável da CCJ e já seguiu para a fase de primeira discussão e votação.

Em termos de combate ao desmatamento, é possível citar, uma outra matéria em tramitação de autoria da deputada Delegada Adriana Accorsi que visa impedir a derrubada de ipês no estado. Em entrevista concedida anteriormente falando a respeito deste projeto, a deputada afirmou que “essa árvore está em risco de extinção, já que é uma das madeiras brasileiras mais cobiçadas no mercado internacional”. A proposta, que iniciou sua tramitação na Alego em abril desse ano, encontra-se agora na Diretoria Parlamentar.

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Política

“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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