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Conplan aprova projeto da rota cultural e turística na Vila Planalto

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Foto: Arquivo | Agência Brasília
Ao longo do percurso que passa pelas ruas internas da Vila, o projeto traz o conceito de rua compartilhada, em que o espaço urbano é prioritário para pedestres e ciclistas| Foto: Arquivo Agência Brasília

O Conselho de Planejamento Territorial Urbano do Distrito Federal (Conplan) aprovou, por ampla maioria de votos, a primeira etapa do projeto do Percurso Turístico Cultural da Vila Planalto, que vai requalificar o espaço com obras de urbanização, drenagem, iluminação pública e sinalização turística e cultural.

Durante uma reunião virtual realizada nesta quinta-feira (11) pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), 31 conselheiros votaram a favor da proposta, que promete valorizar a história da construção de Brasília.

“Esse é um projeto de grande importância para o resgate e a valorização histórica da Vila Planalto. Como tem sido feito com outros setores centrais da capital federal, como as obras do Setor Comercial Sul, Setor de Rádio e TV Sul e W3 Sul, que já estão em andamento, com base em projetos elaborados pela Seduh”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira.

A primeira fase do projeto contempla 1,24 quilômetros de trajeto, que começa na antiga via L4, do balão da entrada da Vila, que constitui a rua de acesso ao Acampamento Tamboril. Percorre a parte interna da região, pela Rua 1, Rua DFL, Rua Emulpress, Rua Israel Pinheiro até o início da Praça Nelson Corso.

Conforme a proposta, ao longo do percurso que passa pelas ruas internas da Vila, o projeto traz o conceito de rua compartilhada, em que o espaço urbano é prioritário para pedestres e ciclistas, mas onde veículos motorizados também serão permitidos. Essas ruas passam a operar em sentido único, para reduzir os conflitos. Para isso, haverá sinalização de trânsito mostrando a redução no limite de velocidade.

“Locais como Inglaterra, Estados Unidos e Holanda usam esse modelo de rua compartilhada. Em Londres, fizeram essa transformação em um trecho central da cidade e verificaram a redução de 40% no número de acidentes. Com a rua compartilhada, o carro reduz a velocidade porque percebe que lá ele não é prioridade”, informou a coordenadora de Projetos da Seduh, Anamaria de Aragão.

Relator do projeto, o conselheiro Wilde Cardoso, da Associação Civil Rodas da Paz, elogiou a relevância da proposta, especialmente no sentido da rua compartilhada revitalizar as calçadas e torná-las espaços mais adequados aos pedestres e ciclistas.”Para que as pessoas que já utilizam as ruas possam ter um ambiente acessível, seguro, adequado, confortável. Ou seja, tudo aquilo que qualquer cidadão deve exigir”.

Outras melhorias

“Locais como Inglaterra, Estados Unidos e Holanda usam esse modelo de rua compartilhada. Em Londres, fizeram essa transformação em um trecho central da cidade e verificaram a redução de 40% no número de acidentes. Com a rua compartilhada, o carro reduz a velocidade porque percebe que lá ele não é prioridade,” Informou a coordenadora de Projetos da Seduh, Anamaria de Aragão

O projeto ainda contempla: o nivelamento de calçadas e faixas de rolamento; pisos táteis para melhorar a acessibilidade; arborização ao longo do percurso; mobiliário como bancos, paraciclos, lixeiras; e totens com sinalização turístico cultural, seguindo os moldes do Plano Diretor de Sinalização do Distrito Federal.

Também é prevista a implantação de redes de drenagens para reduzir problemas de alagamentos, a qualificação dos espaços urbanos e desenvolvimento social e turístico.

Ao todo, a rota cultural e turística da Vila foi dividida em três fases, que somam 2,69 quilômetros. Terá início e fim nos arredores da tradicional Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, um marco cultural e arquitetônico da Vila Planalto, fundada em 2 de abril de 1959.

“A Vila Planalto é uma área muito importante para todos nós. É o marco inicial da construção de Brasília e, apesar dos problemas na conservação das edificações originais, tem uma ambiência de cidade do interior, e é um exemplo de resgate histórico que deve ser preservado”, ressaltou a secretária executiva da Seduh, Giselle Moll.

Ligação emotiva

A ligação emotiva com toda a história da Vila Planalto foi trazida pelo secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, um dos relatores do projeto e membro do Conplan. Em tom poético, enalteceu a importância do local para a capital federal.

“Evocando a memória de tantos personagens históricos que viveram e vivem lá, ajudando a preservar a memória daquelas moradias, funções, cheiros e sensações, que se a gente fizer um esforço até pode ver Deus trocando um dedo de prosa com um sabiá-laranjeira ali no quintal. Nesse tom, é que votamos pela aprovação do projeto”, declamou Rodrigues.

As palavras do secretário emocionaram a conselheira e representante da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU-UnB), Gabriela Tenório, já que seu pai viveu na Vila Planalto por quase 20 anos. “É um lugar muito importante, e as pessoas que estão lá deveriam ser exaltadas. E pelas razões turísticas, isso mostraria todas as belas camadas que a Vila tem e o momento atual que ela vive também”, comentou.

Ovídio Maia, um dos conselheiros que votou a favor da proposta e representante da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), parabenizou a todos os envolvidos do GDF pelo projeto. “É uma aula de preservação, bem estar e tudo mais em prol da sociedade. Ganhamos todos. Os relatores criaram um novo olhar para a requalificação dos espaços públicos. Um dia memorável”, elogiou.

* Com informações da Seduh

Fonte: Governo DF

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Distrito Federal

Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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