Saúde

Com baixa adesão, vacinação contra a gripe entra na terceira fase

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Um dia antes do fim do último dia da segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra a gripe, dedicada a idosos com mais de 60 anos e professores, a imunização segue registrando baixa adesão da população. Nesta fase, a expectativa era chegar a 33 milhões de pessoas vacinadas, mas segundo o Vacinômetro do Ministério da Saúde, apesar de mais de 58,3 milhões de doses já terem sido distribuídas aos 26 estados brasileiros e ao Distrito Federal, a meta está longe de ser atingida. Em todo país, até o fechamento desta reportagem somente cerca de 22,1 milhões de pessoas haviam sido imunizadas.

Terceira etapa

A terceira e última fase da campanha começa na próxima quarta-feira (9) e abrangerá cerca de 22 milhões de pessoas. Desta vez, os alvos serão integrantes das Forças Armadas, de segurança e de salvamento; pessoas com comorbidades, condições clínicas especiais ou com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário; trabalhadores portuários; funcionários do sistema de privação de liberdade; população privada de liberdade; e adolescentes em medidas socioeducativas.

Até o fim da campanha, em 9 de jullho, a expectativa do Ministério da Saúde é distribuir 80 milhões de doses da vacina influenza trivalente, produzida pelo Instituto Butantan, para imunizar um público-alvo de 79,7 milhões de pessoas. Desse total, até agora, 28,3% do público foi alcançado.

Cepas do vírus

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a gripe (influenza) pode ser leve, grave ou até fatal. “Estima-se que as epidemias anuais dessa doença causem de 3 a 5 milhões de casos graves e de 290 mil a 650 mil mortes no mundo”, diz a Organização.

Prevenção

A medida mais eficaz para prevenir a influenza grave e suas complicações é a vacinação. Como os vírus da gripe mudam constantemente, é necessário o desenvolvimento a cada ano de novas vacinas específicas para a cepa (tipo) do vírus que está circulando. No caso do Brasil, essas vacinas são produzidas anualmente pelo Instituto Butantã.

As outras importantes ações preventivas recomendadas pelo Ministério da Saúde são as mesmas que comprovadamente funcionam contra a covid-19: limpar as mãos regularmente, evitar tocar nos olhos, nariz ou boca; manter distanciamento físico de outras pessoas; cobrir a boca e o nariz com o cotovelo ao tossir ou espirrar, inclusive de máscara.

Histórico

Na primeira etapa da campanha, que começou em 12 de abril, voltada para crianças de seis meses a seis anos, povos indígenas, trabalhadores da área da saúde, gestantes e mulheres puérperas (que estão no período de até 45 dias após o parto), a adesão também foi abaixo do esperado. Apenas 6,9 milhões das 27,3 milhões de doses distribuídas, foram aplicadas o que representa, segundo o Ministério da Saúde, 25% de adesão.

Covid-19

Como duas campanhas de vacinação em curso simultaneamente, a da gripe e da covid-19, a orientação do Ministério da Saúde é que a vacinação contra o novo coronavírus seja priorizada nos grupos liberados para receber essa imunização. Nesses casos, a vacina influenza, deve ser tomada depois, respeitando um intervalo mínimo de 14 dias entre elas.

Edição: Valéria Aguiar

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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