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Chuva forte provoca transtornos no norte fluminense

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A chuva forte que atingiu o município de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, provocou o rompimento de um dique às margens do Rio Paraíba do Sul, na Avenida XV de Novembro, na área central da cidade, e levou transtornos à população durante a noite de ontem (19). Segundo a prefeitura, um carro foi arrastado e caiu no rio, mas o motorista foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros que passava pelo local. O motorista não sofreu ferimentos.

De acordo com o secretário de Defesa Civil, Alcemir Pascoutto, que acompanhou o trabalho das equipes do órgão disse que diante do colapso do dique, a secretaria tem coordenado as ações necessárias no local. “Além disso, estamos conversando com os técnicos para entender quais as ações que precisam ser tomadas neste momento para que a gente possa, em um curto espaço de tempo, conseguir a liberação do trecho da Avenida XV de Novembro, de forma segura para a população”.

Segundo a prefeitura, desde hoje pela manhã, as autoridades municipais e estaduais estão em reunião com técnicos na sede da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, para definir as ações emergenciais para conter os danos causados pelo temporal que atingiu a cidade ontem. Além de integrantes da pasta, representantes da Secretaria Municipal de Defesa Civil, do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), da Concessionária Águas do Paraíba e do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) participam do encontro.

Conforme o subsecretário de Mobilidade Urbana, Sérgio Mansur,  a cidade de Campos recebeu uma quantidade elevada de chuva, com mais de 130 milímetros, volume esperado para 30 dias. Apesar da intensidade, segundo Mansur o escoamento da água foi rápido nos pontos onde havia alagamentos. “Apesar da intensidade da chuva, o sistema de drenagem de águas pluviais funcionou e está escoando as águas acumuladas”.

Macaé

Em Macaé, também no norte fluminense, a Secretaria Adjunta de Defesa Civil informou que a cidade está em estado de Alerta. “Nas últimas 12 horas, foram registrados 128 milímetros de chuva. A previsão é de chuva fraca e contínua nesta terça (20) e quarta-feira (21)”, alertou.

A Defesa Civil informou que os pontos mais prejudicados, hoje (20) foram o Morro de São Jorge, onde foi registrada uma enxurrada na ladeira no bairro Aroeira; Imburo; Sol y Mar; Campo do Oeste; Novo Horizonte e Novo Cavaleiros. No Mirante da Lagoa na altura da RJ106 – Rodovia Amaral Peixoto, foi feita a interdição total da via, preventivamente, para passar por avaliação pós-chuva. Até o meio da manhã desta terça-feira, a Defesa Civil não registrou desalojados e nem desabrigados.

A previsão da Secretaria Adjunta de Defesa Civil de Macaé é de chuvas intensas até a próxima quinta-feira (22). A pasta informou também que o mais recente aviso meteorológico informa que “a atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul sobre a Região Sudeste, e a formação de um sistema de baixa pressão na Costa Norte do Estado do Rio de Janeiro, deixam o tempo instável e com chuvas moderadas contínuas em todas as regiões”.

De acordo com a pasta, o telefone 199 está temporariamente fora de operação e quem precisar acionar a Defesa Civil deve ligar para o número (22) 2759-2670 ou enviar mensagem para o WhatsApp (22) 98813-8298. O atendimento é 24 horas.

“Em caso de rajadas de vento, a orientação é para que a população não busque abrigo debaixo de árvores e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda”, completou.

Caxias

A Secretaria de Obras e Defesa Civil de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, informou que a cidade entrou em estágio de Vigilância, por causa da previsão de chuvas nas próximas horas. A Defesa Civil pediu aos moradores das regiões consideradas de risco, atingidas pelas chuvas, que ao notarem qualquer anormalidade, procurarem um local seguro ou os pontos de apoio, localizados em igrejas, associações de moradores e escolas de cada distrito. Devem também ligar imediatamente para os telefones 199 e 08000230199 ou para o Corpo de Bombeiros, no número 193.

Capital

No município do Rio, diante dos registros de chuva maiores que 5 milímetros em 1 hora nas estações Jardim Botânico (5,2 mm/1h), Laranjeiras (5,4 mm/1h) e Santa Teresa (5,4 mm/1h),na zona sul, o Centro de Operações da Prefeitura (COR) incluiu, às 6h de hoje, a capital no estágio de mobilização.

O Sistema Alerta Rio informou que os núcleos de chuva ainda se deslocam da Região Serrana para a cidade do Rio de Janeiro. “Houve registros de chuva fraca a moderada nas últimas horas. A tendência é de permanência deste cenário”, destacou.

Em uma escala de cinco, o estágio de mobilização é o segundo nível e significa que há riscos de ocorrências de alto impacto na cidade. 

Edição: Valéria Aguiar

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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