Geral
Centro de acolhimento ganha reforma para ficar mais aconchegante
Quando se olha para o imóvel que abriga o Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (Saica), no Recanto das Emas, é possível identificar um equipamento público. Porém, logo na fachada, ao entrar, o visitante se depara com quartos, cozinha e sala de estar.
É que a unidade não é apenas escritório da equipe técnica. Ali também moram crianças e adolescentes de até 17 anos que perderam os vínculos familiares. “A estrutura do local é ótima, mas precisamos transformá-la em uma casa aconchegante e acalentadora para esses meninos e meninas”, avalia a psicóloga Ariadne Pereira.
Ariadne é casada com o arquiteto Valter Strunk e ambos realizam o projeto Arquitetando o Mundo, com o qual percorrem o Brasil reformando abrigos para jovens. Atualmente a dupla está no Distrito Federal e escolheu essa unidade da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) para desenvolver as ações do projeto.
No sábado (7), o casal esteve na residência para uma abordagem com as crianças que vivem na unidade. De acordo com o cronograma, nos próximos dias, Ariadne e Valter saem às ruas para apresentar o Arquitetando o Mundo em lojas de materiais de construção, de tintas, elétricas e hidráulicas.
“Vai ser uma ação conjunta, com o envolvimento do governo, dos servidores, da sociedade e dessas duas pessoas que se dispuseram a aceitar um desafio tão nobre”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social
A ideia é que esses estabelecimentos colaborem, viabilizando os produtos a serem utilizados. A Sedes também vai disponibilizar equipamentos e mão-de-obra. A expectativa é que Ariadne e Valter iniciem os reparos no Saica em duas semanas.
“Vai ser uma ação conjunta, com o envolvimento do governo, dos servidores, da sociedade e dessas duas pessoas que se dispuseram a aceitar um desafio tão nobre como esse”, agradece a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha.
Oficina com servidores
Antes de iniciarem a reforma, na manhã desta segunda-feira (8), Ariadne Pereira e Valter Strunk estiveram na região para uma oficina com os servidores da Sedes, com o objetivo de sensibilizar a equipe em prol da iniciativa.
Entre os assuntos e as práticas abordados foi levantada a questão: “Qual é o abrigo dos sonhos?”. Entre as várias respostas surgiu a seguinte: “Quando me perguntam isso, respondo que é exatamente este aqui, com essas pessoas, fazendo o mesmo trabalho, mas com uma estrutura mais acolhedora para podermos receber essas crianças não em uma unidade, mas em uma casa de fato”, destaca a gerente da Saica, Daniela Abadio.
De acordo com Valter, tanto os moradores quanto os trabalhadores sugeriram a instalação de biblioteca, área de lazer, espaço para estudo e jardim, por exemplo. “Vamos planejar tudo isso? Com certeza. Vamos conseguir concretizar? Vai depender do engajamento e apoio da comunidade”, explica o arquiteto.
A equipe formada por assistentes sociais, psicólogos, cuidadores, técnicos administrativos e pessoal de apoio trabalha numa estrutura que conta com varanda, sala da coordenação (que também funciona como local para atendimento de especialistas e reunião), sala de estar, quartos e banheiros feminino e masculino, almoxarifado, lavanderia e um quarto adaptado para casos suspeitos de covid-19, entre outros cômodos.
Quem tiver interesse em apoiar o Arquitetando o Mundo pode entrar em contato pelo telefone (61) 3773-7236 (de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h).
*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF
Geral
Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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