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Cenário pós pandemia da economia na educação e no trabalho em debate
O programa Tempo de Economia desta quarta (10), realizado pela Secretaria de Economia (SEEC) do DF, contou com a participação de especialistas que debateram o cenário pós-pandemia na perspectiva da economia da educação e da economia do trabalho.
Em live, foram apresentados dados atualizados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) que apontam que em 2019, no Brasil, cerca de 1,1, milhão de crianças e adolescentes estavam fora da escola, sem ao menos ter completado a educação básica.
Já em novembro de 2020, 5,1 milhões estavam fora ou sem atividades escolares, sendo as mais atingidas crianças entre 6 e 10 anos das regiões Norte e Nordeste do Brasil e moradores de zona rural.
No Distrito Federal, a frequência escolar de alunos em universidades/escolas era de 88,6% (jovens entre 15 e 17 anos). Os que faziam parte do mercado de trabalho, equivaliam a 6,2% na idade 15 a 17 anos. Quando se aumenta a idade, obviamente o número também aumenta: dos entre 18 e 24 anos, a proporção era de 11,7%.
Os jovens entre 15 e 29 anos fora da escola ou universidade e sem ocupação representavam 27,8% dos residentes da capital; 30% dos residentes em RAs de renda média-baixa; 22,2% dos residentes em RAs de renda alta. Efeito maior entre os de 20 e 24 anos, principalmente os residentes em regiões de renda baixa (38,4%).
Os grupos que possuíam maior chance de estar sem ocupação e não estar estudando são: mulheres; jovens que recebiam benefícios sociais; jovens entre 20 e 24 anos, quando comparados aos de 15 a 19 anos, e jovens residentes em regiões administrativas de média ou baixa renda, também quando comparadas às de renda alta.
A educação e o trabalho infantil também foram pauta na discussão. Dados da Codeplan em 2021 mostram que 16.158 mil crianças e adolescentes do DF estavam em situação de trabalho infantil entre 2016 e 2019. Na aplicação do modelo estatístico, o estudo mostrou que estar na escola reduz as chances desse tipo de trabalho e, quanto maior a escolaridade do responsável pelo domicílio, menores as chances de o jovem estar em trabalho infantil.
Gustavo Frio, gerente de pesquisas da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais da Codeplan, explica: “A Codeplan apresentou alguns estudos para o Brasil e para o mundo de como a pandemia impacta na educação. Também foram apresentados dados do DF (PDAD 2018) sobre a situação de jovens em relação a educação e trabalho. No DF em 2018, por exemplo, 88,6% dos jovens entre 15 e 17 anos frequentavam escolas ou universidades.”
O presidente da Codeplan, Jean Lima, conduziu o painel, que contou com a presença de Priscilla Tavares, pesquisadora nas áreas de Economia da Educação, Economia do Trabalho e Microeconomia Aplicada e professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e de Gustavo Frio, gerente de pesquisas da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais da Codeplan.
*Com informações da Codeplan
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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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