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Cearense vence as dificuldades e, aos 32 anos, é alfabetizado

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Antonio Alexandre dos Santos Souza estudou por intermédio de chamadas de vídeo no Whatsapp e aprendeu a ler e a escrever | Foto: Divulgação/Secretaria de Educação

Antonio Alexandre dos Santos Souza. Essas eram as cinco únicas palavras que ele sabia escrever, ainda assim, com uma caligrafia trêmula e insegura. Havia decorado a forma manuscrita de seu nome, mas não compreendia a união dos fonemas, a formação das sílabas e a concatenação das palavras.

“Eu tinha muita vontade de aprender a ler. Se me mandassem uma mensagem, eu não entendia. Pedia que outras pessoas lessem para mim e isso só me fazia sentir mais vergonha. Hoje, já consigo ler e responder as mensagens que recebo. Isso me deixa muito feliz“Antonio Souza, estudante do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA)

Aos 32 anos, em meio à pandemia e às políticas de distanciamento social, ele mudou essa história. Matriculou-se no programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Centro Educacional Taquara, em Planaltina. Ao longo de 2020, por intermédio de chamadas de vídeo por Whatsapp, alfabetizou-se. Aprendeu a ler e a escrever. O mundo ficou maior, mais amplo e mais claro para ele.

“Eu tinha muita vontade de aprender a ler. Se me mandassem uma mensagem, eu não entendia. Pedia que outras pessoas lessem para mim e isso só me fazia sentir mais vergonha. Hoje, já consigo ler e responder as mensagens que recebo. Isso me deixa muito feliz“, conta Antonio.

A gratidão de Antonio caminha ao lado da realização familiar. Pai de Maria Eduarda, 8 anos, ele se encanta ao poder proporcionar uma educação de qualidade para a filha, também no Centro Educacional Taquara, e em estar ao lado dela, sempre estimulando os estudos. “É muito gratificante ver minha filha fazendo as tarefas da escola e poder acompanhar o aprendizado dela“, diz, animado.

A história de Antonio é contada sempre com lágrimas emocionadas pelas professoras Ana Patrícia Passos e Lilian Martins, que o conduziram ao conhecimento das letras. Ele é extremamente tímido. Então a primeira barreira que precisou vencer foi conseguir falar com as educadoras pela telinha do celular.

O companheirismo que move e inspira 

Antonio veio do Ceará e tinha que trabalhar no campo, até que a esposa o encorajou a estudar e ele fez a matrícula no EJA | Foto: Divulgação Secretaria de Educação

“Com o tempo, a minha esposa voltou a estudar, e eu tinha vergonha de também dar esse passo. Eu via o quanto o estudo fazia falta na minha vida“Antonio Souza, estudante do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA)

Ele veio de Campo Sales, no Ceará, para Brasília à procura de emprego. Nunca teve a oportunidade de poder mergulhar nos estudos. A necessidade do trabalho no campo sempre foi mais forte. Então, a vontade de aprender a ler ficou adormecida. Até que a esposa, Jaíne, entrou em cena. Ela incentivou o marido a se matricular no EJA para deixar o analfabetismo para trás.

Hoje, os olhos do casal se enchem de emoção ao celebrar o gosto da vitória. “Com o tempo, a minha esposa voltou a estudar, e eu tinha vergonha de também dar esse passo. Eu via o quanto o estudo fazia falta na minha vida“, lembra Antonio.

A timidez extrema teve que ser vencida para que ele entrasse no ambiente escolar. “Minha esposa me chamava e incentivava, mas eu não ia. Me sentia muito envergonhado, não sabia como dizer na sala de aula que eu não sabia de nada“, conta.

No entanto, o companheirismo venceu a insegurança: já que a parada de ônibus é longe da casa dos dois, em 2019, Antonio começou a acompanhar a esposa no percurso até a escola. “Venha, pelo menos para me fazer companhia”, dizia Jaíne. Foi assim, que ambos começaram a frequentar o mesmo ambiente escolar.

No início, ele não conseguiu ser matriculado, pois as turmas já estavam em etapas mais avançadas. Passou a frequentar as aulas como ouvinte e, aos poucos, as professoras Ana Patrícia e Lilian introduziram o conteúdo curricular no dia a dia do estudante.

Com apoio da gestão e coordenação escolar, a matrícula foi efetivada, e as professoras se entregaram cada dia mais para conseguir ajudá-lo. Inicialmente, nenhuma das duas era alfabetizadora. Ana Patrícia é formada em Geografia e Lilian, em Matemática. A entrega ao desafio foi tamanha que as duas começaram a fazer cursos de alfabetização para ajudar o estudante.

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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