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Cãoterapia, uma ideia bem-sucedida contra a ansiedade na escola

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A interação entre humanos e caninos é antiga e atravessa a história. Que o digam os estudantes do Centro Educacional 8 (CED 8) do Gama. Nina, uma cadela de 5 meses de idade, começou a frequentar a escola com a missão de ajudar os alunos a vencerem crises de ansiedade, deixando o ambiente mais alegre e proporcionando momentos de relaxamento e união. É a grande estrela do projeto Cãoterapia.  Já conhecida como a nova integrante da família do CED 8, Nina começa a mostrar que é um símbolo de esperança e recomeços.

A Vitória Aline (E)afaga a a cadela Nina enquanto a mascote está no colo da diretora Eufrázia: “Ela me anima e acalma” | Foto: André Amendoeira/SEE

“Estudamos muito, e tive a ideia de trazer o animal como uma estratégia para auxiliar os estudantes nesses momentos de crise de ansiedade” Eufrázia de Souza, diretora do CED 8 do Gama

Desde 2019 incentivando ações ligadas à saúde mental dos alunos, o CED 8, em parceria com uma faculdade particular do Gama, já oferece sessões em grupo para atendimento psicológico dos estudantes e seus pais. O projeto Cãoterapia é mais um passo nessa iniciativa. A partir da observação das situações de estresse desenvolvidas durante a pandemia, a diretora da escola, Eufrázia de Souza, reuniu-se com os professores para ajudar a turma.

“Depois da volta presencial, percebemos que os estudantes estavam muito debilitados”, conta ela. “Eu ficava horas e horas conversando com eles nesses corredores da escola. A partir daí eu e colegas estudamos muito, e tive a ideia de trazer o animal como uma estratégia para auxiliar os estudantes nesses momentos de crise de ansiedade.”

Amizade para todos

Aluna do terceiro ano do ensino médio, Débora Frazão relembra: “Chegamos aqui muito desanimados. Parecia que a gente não conhecia mais ninguém. O pessoal da escola percebeu e ficou preocupado. Começaram a colocar vários cartazes de incentivo nos murais, e a Nina veio para deixar a gente muito mais tranquilo e unido. Eu estava muito triste e, quando vi a Nina, parece que fiquei outra. Me senti mais animada e concentrada para as aulas. Foi uma surpresa maravilhosa”.  Outra aluna, Vitória Aline, complementa: “Nina me anima e me acalma”.

Inicialmente, o projeto tinha como foco estudantes com autismo e deficiência intelectual, mas a direção da escola percebeu que o Cãoterapia seria interessante para todo o grupo. “A sociedade viveu períodos de perda, choro e tristezas imensas”, avalia Eufrázia. “Aqui na escola não foi diferente. Recebemos muitos estudantes assim, e a Nina foi uma forma de trazer uma nova forma de trabalhar sentimentos como ternura, amizade, companheirismo”.

Trabalho multidisplinar

A chegada de Nina, assim, marca um novo tempo no CED 8 do Gama, que atende 1.280 estudantes do nono ano ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio. A escola já começou a trabalhar outros temas a partir da nova moradora da unidade.

A primeira casa da cadela foi construída pelos alunos com materiais recicláveis. Durante essa atividade, os professores puderam trabalhar conceitos importantes, como sustentabilidade, ciência e cidadania.

Para 2022, o projeto Cãoterapia segue a todo vapor. A meta é ampliar as ações nas casas dos estudantes durante os fins de semana. A direção do CED 8 também apresentou o projeto a outras unidades da rede púbica do Gama, para compartilhar o sucesso da iniciativa.

*Com informações da Secretaria de Educação

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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