Educação

Aprovada prioridade de matrícula para criança com deficiência no ensino público

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Crianças e adolescentes com deficiência ou doenças raras poderão ter prioridade na matrícula em creches, pré-escolas e em instituições de ensino fundamental ou médio, públicas ou subsidiadas pelo Estado. É o que determina projeto da senadora Nilda Gondim (MDB-PB), aprovado por unanimidade, nesta terça-feira (17), pelo Plenário do Senado. Foram 75 votos favoráveis e nenhum contrário. O Projeto de Lei (PL) 2.201/2021 segue agora para análise da Câmara dos Deputados.

— Hoje é um dia especial, o Senado Federal dá um importante passo para tornar o Brasil um país mais igualitário e para entregar mais oportunidades de inclusão e de desenvolvimento para crianças e adolescentes com deficiência — disse Nilda Gondim em Plenário.

A senadora destacou a necessidade de crescente atualização das normas que regulamentam os direitos fundamentais estabelecidos na Constituição. Para ela, a falta de reconhecimento das dificuldades específicas de crianças e adolescentes com deficiência constitui uma das “práticas sociais tradicionais” que impõem dificuldades na obtenção de vagas escolares.

“As pretensões civilizatórias do país devem rechaçar esse tipo de ‘ignorância estratégica’, que não pode gerar outro resultado que não a triste e improdutiva manutenção do estado de coisas. Cabe ao Estado o papel de criar mecanismos para efetivar a tão almejada igualdade”, argumenta Nilda Gondim na justificativa do projeto.

O acesso à educação adequada tem o potencial de alterar a condição da pessoa com deficiência, acrescenta a parlamentar, que destaca ainda o potencial do uso de novas tecnologias no ensino e a importância da superação de obstáculos para as crianças e adolescentes com deficiência.

O texto aprovado foi o substitutivo apresentado pelo relator, o senador Romário (PL-RJ). Ele acolheu emenda do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) que assegura o provimento de material didático adaptado às necessidades dos estudantes nessas condições.

— Por mais que a Constituição imponha ao Estado o dever de garantir educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 16 anos de idade, bem como educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças de até 5 anos de idade, temos ciência de que, na prática, é comum, em todo o território nacional, a organização de filas de espera por vagas na pré-escola e na rede pública de ensino, porque o Estado ainda não consegue suprir a demanda dos brasileiros por educação — disse Romário ao ler seu relatório no Plenário.

Para implementar a mudança, o projeto acrescenta dispositivos ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei 8.069, de 1990); à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Lei 9.394, de 1996); e ao Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146, de 2015). Se o projeto virar lei, haverá prazo de 90 dias, a partir da sanção, para que as creches e escolas possam se adaptar à nova legislação.

O projeto original de Nilda Gondim previa a prioridade de matrícula para crianças e adolescentes com deficiência. O relator acolheu parcialmente emenda do senador Izalci Lucas (PSDB-DF) para que a prioridade alcance também crianças e adolescentes com doenças raras.

“A concorrência acirrada por matrículas pode deixar crianças e adolescentes com deficiência fora da escola e da creche, agravando-lhe o isolamento social e atrasando o desenvolvimento de suas potencialidades. Trata-se do círculo vicioso de reprodução das dificuldades e de impedimentos mencionado pela autora da proposição, uma dinâmica que precisa ser interrompida, se realmente desejamos nos transformar em uma sociedade inclusiva e acessível”, afirma Romário em seu relatório.

Fonte: Agência Senado

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Educação

MEC e Secom realizam seminário para discutir educação midiática e digital

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Evento online trará exemplos práticos de escolas e terá lançamento de coletânea para formação de professores

Nesta terça-feira, 7 de maio, entre 15h e 17h, a Coordenação Geral de Tecnologia e Inovação da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação – MEC e a Coordenação Geral de Educação Midiática da Secretaria de Comunicação da Presidência da República realizam o seminário “Educação digital e Educação midiática”.

O evento, que ocorre de forma online com transmissão pelo Canal do Youtube do MEC e Plataforma Conviva da União Nacional dos Dirigentes Municipais – Undime, faz parte do “Ciclo de seminários e oficinas Educação Digital: caminhos inclusivos para a transformação curricular na Educação Básica”, do MEC, e tem como objetivo discutir a importância do eixo de cultura digital da BNCC/Computação e as intersecções com a temática da educação midiática. No evento será lançada uma coletânea de cursos sobre Educação Midiática realizados por Organizações da Sociedade Civil parceiras da SECOM/PR, por meio de acordo de cooperação. A disponibilização dos cursos de formação é parte dos esforços para formação de 300 mil profissionais da educação, conforme previsto no Plano Plurianual do Governo Federal.

EXPERIÊNCIA NAS ESCOLAS – Aberto ao público, mas voltado especialmente a gestores escolares e professores, o seminário pretende compartilhar exemplos práticos em escolas brasileiras de atividades na temática de educação digital e educação midiática. Além disso, participarão também especialistas, discutindo como as habilidades e competências do eixo cultura digital podem ser trabalhadas em cada etapa de ensino.

Serviço

Seminário “Educação digital e educação midiática”
Formato: Online
Data: terça-feira, 7 de maio
Horário: das 15h às 17h
Transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=0BaAaWfOQ8c
Canal oficial do MEC no YouTube (https://www.youtube.com/watch?v=UTXK1pADNto)
Canal Conviva Educação da Undime (https://www.youtube.com/@ConvivaEducacao)

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