Geral
‘Agosto Dourado’ colore bancos de leite e maternidades
“Aconselho às mãezinhas que acabaram de ganhar seus bebês que não desistam; é lindo ver o bebê olhando para você, sentindo seu cheiro, o calor” Ana Carolina Oliveira, mãe recente
O Dia dos Pais de Carlos Lopes ganha mais um significado especial este ano. O pai do pequeno Samuel, nascido no último dia 4 no Hospital Regional de Sobradinho (HRS), comemora um domingo feliz ao lado da mulher, Ana Carolina Oliveira, a quem vem acompanhando desde a confirmação da gravidez, e mais ainda neste Agosto Dourado – nome da campanha criada para conscientizar a população sobre a importância de amamentar.
“Quero estar perto e ajudando minha esposa em qualquer dificuldade que possa surgir”, diz ele. “O mais difícil, só ela poderá fazer, mas eu quero apoiar no que conseguir”. Ana Carolina também tem o que comemorar, pois, segundo relata, viveu uma experiência muito bem-sucedida com as equipes do HRS, que a orientaram no processo de amamentação do recém-nascido.
“Não foi fácil, mas, com a ajuda das enfermeiras, meu bebê pegou o jeito rápido e já está mamando da maneira correta”, conta. “Eu aconselho às mãezinhas que acabaram de ganhar seus bebês, assim como eu, que não desistam, porque é um momento lindo ver o bebê olhando para você, sentindo seu cheiro, o calor… isso é muito importante!”
Campanha ganha destaque
O primeiro leite que a mãe produz pode ser considerado uma “vacina” para o bebê, pois tem propriedades importantes para o sistema imunológico
As maternidades e bancos de leite das unidades da rede pública de saúde do Distrito Federal se encontram no clima do Agosto Dourado. Com balões, cartazes e adereços, os espaços foram decorados com a cor do movimento mundial.
“Unidades de saúde, maternidades e bancos de leite humano estão se mobilizando para essa data, e é isso que a Secretaria de Saúde deseja: que todos os profissionais estejam envolvidos tanto na divulgação quanto na orientação a cada paciente”, afirma a coordenadora de Políticas de Aleitamento Materno e dos Bancos de Leite Humano do DF, Miriam Santos.
As campanhas de divulgação e a decoração hospitalar já fazem parte da rotina anual dos servidores da Secretaria de Saúde (SES). As equipes multidisciplinares que atuam nessas unidades orientam as mulheres a amamentarem seus bebês logo após o nascimento.
Estudos evidenciam que a amamentação nas primeiras horas de vida da criança tem um efeito protetor. O primeiro leite que a mãe produz – o colostro, rico em proteínas e anticorpos –, pode ser considerado a primeira “vacina” do bebê, pois confere proteção e tem papel fundamental no desenvolvimento do sistema imunológico do recém-nascido.
O colostro tem uma cor amarelada, bem mais escura que a coloração normal do leite humano – poderia até ser chamado de “ouro líquido”, devido à importância para a saúde do bebê. Ana Carolina, assim como as equipes do HRS, sabe que o bem mais precioso é aquele que, neste momento, precisa tanto de seus cuidados e merece ser amamentado com todo amor.
*Com informações da Secretaria de Saúde
Geral
Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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