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‘Adote uma Praça mostrou a importância da interação entre GDF e população’

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A parceria do Governo do Distrito Federal (GDF) com a iniciativa privada tem beneficiado cada vez mais os moradores da capital. Quarenta e cinco espaços públicos foram reformados, mantidos e entregues à comunidade por meio do Adote uma Praça. O programa da Secretaria de Projetos Especiais (Sepe) já mudou a cara de 19 regiões administrativas graças à integração do Poder Executivo local com a população. À frente da pasta, o secretário Roberto Andrade ressalta o sucesso do projeto, que tem 123 propostas de adoção recebidas, 61 acordos assinados e 16 ações em andamento.

Em entrevista à Agência Brasília, o secretário de Projetos Especiais também explica o papel das parcerias público-privadas (PPPs) na atual gestão, que busca recursos para viabilizar obras e serviços melhores à população. Entre os planos do GDF em conjunto com a iniciativa privada, conta, estão a criação de um polo logístico do DF, do Centro de Logística de Medicamentos e do novo Aterro Sanitário de Brasília. “As parcerias público-privadas têm o intuito de fortalecimento das ações que favorecem a comunidade e que não são diretamente executadas pelo governo, mas orientadas e fiscalizadas por ele”, disse.

Confira, abaixo, os principais trechos da entrevista.

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

“O Adote uma Praça já ocorre em outras cidades do país. O governador Ibaneis Rocha teve a brilhante ideia de lançar esse programa no DF, e foi um êxito maravilhoso”

O que é uma parceria público-privada? Qual a importância dela para o governo e a população?

A função da Secretaria de Projetos Especiais [Sepe] é iniciar todo o processo de manifestação de interesse em grandes obras que vão beneficiar a população. Por competência, a Sepe tem dois grandes projetos: as parcerias público-privadas e o programa Adote uma Praça. As parcerias público-privadas [PPPs] têm o intuito de fortalecimento das ações que favorecem a comunidade e que não são diretamente executadas pelo governo, mas orientadas e fiscalizadas por ele. Podemos dizer que a legislação das PPPs é nova e que o Brasil todo buscou essa forma de trabalhar, porque em vez de saírem recursos do tesouro para o investimento dessas grandes obras, buscamos na iniciativa privada outra forma de atender as demandas da população.

De que forma a Sepe atuou para que a pandemia do novo coronavírus não afetasse o andamento desses projetos?

Com a pandemia, buscamos fortalecer, internamente – respeitando todas as medidas de segurança – nossa equipe. Por meio do teletrabalho e de videoconferências, nos aliamos à tecnologia e estimulamos a rapidez nas ações que precisavam ser executadas. As parcerias público-privadas não são como as licitações, por exemplo, em que se publica no Diário Oficial [do DF] e depois realiza-se a obra. Há um rito processual maior, que não é simples e rápido. Iniciamos com uma formatação, que passa por ajustes entre governo e empresários naquilo que compete a cada um. Depois entramos na parte de quem quer participar e dos estudos. Há também uma audiência pública. Leva cerca de oito meses, em média, para chegarmos ao objetivo.

O Adote uma Praça completou dois anos em fevereiro deste ano. Qual é o balanço que o senhor faz?

O Adote uma Praça já ocorre em outras cidades do país. O governador Ibaneis Rocha teve a brilhante ideia de lançar esse programa no DF, e foi um êxito maravilhoso. Já são 123 propostas recebidas para adoção de espaços públicos, 61 termos assinados, 45 inaugurações e 16 projetos em processo de revitalização. Fomos para as ruas buscar essa relação governo com povo e vice-versa. Para a nossa surpresa, houve um estímulo dos empresários de adotar essas áreas para fazer reformas. É uma gama de lugares em 19 regiões administrativas, como parques, praças, becos, áreas verdes e estacionamentos. O Adote uma Praça mostrou a importância da interação entre o GDF e a população, e isso acabou nos mostrando que as pessoas se sentem responsáveis pela manutenção dos equipamentos públicos.

Há alguma novidade para o programa?

Vamos lançar um site este mês sobre o Adote uma Praça para tirar dúvidas dos empresários e da população, além de servir para consulta de informações. Será uma página de serviços, com dicas de como baixar a documentação do projeto, ou a indicação de como e onde o cidadão pode participar. O Adote uma Praça tem um rito também, mas fazemos o possível para desburocratizar o que precisa ser feito.

“Há vários produtos que saem do lixo, como resíduos para a geração de energia. É algo mundial, mas no Brasil fomos um dos primeiros a sair na frente com essa modernidade de reaproveitamento”

Quanto ao Polo Logístico do DF, localizado entre o Recanto das Emas e Samambaia, de que forma essa área vai beneficiar a população?

É uma faixa de área enorme, de 260 hectares, que vai centralizar todo um sistema de logística de cargas. Os lotes serão construídos e destinados para o uso industrial e de comércio atacadista. Dessa forma, não haverá necessidade de caminhões que vêm de fora do DF entrarem dentro da cidade – melhorando o tráfego, que é intenso, e preservando as vias urbanas. Carros menores farão a distribuição dessas cargas pelas regiões.
Essa parceria é de extrema necessidade para o DF e faz parte do Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo [PRO-DF II]. Será um polo estruturador para toda capital. Estamos na primeira fase, recebendo as propostas de habilitação documental dos interessados. A segunda fase é a de estudos e, em seguida, a consulta e audiência públicas. A última etapa é a licitação para a concessão dessa área.

O estudo para a construção do Centro de Logística de Medicamentos já foi selecionado. Atualmente, esse projeto está em qual etapa? Quais são os próximos passos?

Estamos finalizando esta semana a questão da modelagem financeira. Em seguida, também vamos realizar a consulta e audiência públicas. Para o Distrito Federal, o Centro de Logística de Medicamentos é fundamental para o controle de rede e distribuição de remédios. Na prática, é um espaço onde os insumos são guardados e depois distribuídos. Será possível saber, de forma rápida e eficiente, se o estoque do posto de saúde de uma cidade precisa ser abastecido, por exemplo. Com essa tecnologia, será possível ter o controle da movimentação, do transporte e da rastreabilidade desses produtos.

E a concessão do Aterro Sanitário de Brasília?

Foi o processo da Sepe com mais interessados: 22, no total. Isso aconteceu, talvez, porque o tema envolve muito o dia a dia das cidades do Brasil e do mundo, principalmente em função do controle e destinação do lixo. Produzimos e fazemos a coleta do lixo todos os dias. Há muitas empresas que atuam nesse ramo. Esta semana, vamos concluir o processo de habilitação dos selecionados para a segunda fase. A previsão é divulgar em breve o resultado para que eles façam os estudos.
Um aterro sanitário pode ser um negócio lucrativo. Há vários produtos que saem do lixo, como resíduos para a geração de energia, além de tratamento adequado de chorume, captação e usos de gás de aterro e, ainda, a instalação de triagem da coleta convencional. É algo mundial, mas no Brasil fomos um dos primeiros a sair na frente com essa modernidade de reaproveitamento. Brasília precisa ser a capital-exemplo do país. Isso nos norteia e nos dá a impetuosidade de fazer o melhor.

E a questão da criação e operação das loterias e jogos no DF? Como vai funcionar essa parceria entre o privado e o governo local?

A União já explora, por meio da Caixa Econômica [Federal], loterias e jogos. A arrecadação vai para a área de esporte, além do Fundo de Financiamento Estudantil [Fies]. Segundo uma decisão expedida pelo STF [Supremo Tribunal Federal], a União tem competência para regulamentar e estabelecer o sistema de loterias, mas não a exclusividade.
Por isso, o objetivo dessa PPP é angariar recursos financeiros para investir em áreas sociais e de educação, por exemplo. Outros estados já querem copiar nosso modelo porque perceberam que esse é um dos caminhos para que os recursos obtidos com esses jogos sejam reinvestidos em benefício da população. Recebemos os estudos esta semana. Teremos o prazo de 90 dias para analisar qual deles melhor vai atender as necessidades da comunidade.

Como está o andamento do projeto para a construção do Mercado Central de Brasília na Centrais de Abastecimento do DF [Ceasa-DF]?

Em breve faremos a consulta e audiência públicas. Precisamos fazer pequenos ajustes no projeto. É um grande galpão, uma obra monumental de interesse da sociedade, além de ser um ponto turístico e de lazer – fomentando a economia, gerando emprego e renda para a capital. O terreno terá cerca de 15 mil metros quadrados dentro da Ceasa, semelhante ao Mercado Municipal de São Paulo [SP]. Como já falei, é um processo burocrático interno e externo. É preciso cumprir um rito imposto por lei, mas a secretaria está sempre ali articulando para acelerar o processo.

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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