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‘A única arma contra a Covid-19 é a vacina’

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A vacina contra a Covid-19 é uma realidade em diversas partes do planeta. No Brasil, a expectativa é que a imunização comece ainda neste mês, com a oferta de duas vacinas: a CoronaVac, uma parceria do Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac, e a AstraZeneca/Oxford, feita com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Mas o que dizem especialistas sobre o assunto, uma vez que o debate é atravessado por informações desencontradas?

A disseminação das chamadas fake news (notícias falsas) preocupa o infectologista Julival Ribeiro. Ele coordena o Núcleo de Controle de Infecção do Hospital de Base, unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF). O médico brasiliense defende que a sociedade precisa acreditar mais na ciência e nas pesquisas desenvolvidas para se chegar aos resultados apresentados. “Se a OMS [Organização Mundial da Saúde] diz que para uma vacina ser aprovada é necessário apresentar uma eficácia mínima de 50%, isso significa que a vacina com esse percentual é eficaz”, afirma. “Temos de rejeitar as fake news sobre esse tema”.

“Se a OMS diz que para uma vacina ser aprovada é necessário apresentar uma eficácia mínima de 50%, isso significa que a vacina com esse percentual é eficaz”

Doutor em doenças tropicais pela Universidade de Brasília (UnB), Ribeiro também é membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e tem discutido com seus pares a situação atual da pandemia. “Hoje, apesar de alguns dizerem sem conhecimento que existe tratamento precoce, não existe”, adverte. “Nenhum antiviral no mundo é capaz de conter esse vírus. A única arma para tentar conter o problema é a vacina, conjuntamente com as medidas preventivas”.

O Ministério da Saúde está se preparando para conduzir a maior campanha de vacinação já vista no Brasil. O Governo do Distrito Federal (GDF), que aderiu ao Programa Nacional de Imunização (PNI), receberá as vacinas distribuídas pelo ministério e seguirá o cronograma nacional.

Desenvolvimento das vacinas

Em relação aos processos de confecção dos imunizantes, Julival Ribeiro explica que diversas plataformas tecnológicas foram usadas nas pesquisas, como a de RNA, a de vetores viral, a de vírus inativado e a de subunidades proteicas.

No caso da AstraZeneca/Oxford, a plataforma utilizada foi a de vetor viral não replicante. Para isso, foi usado um adenovírus, editado geneticamente e no qual foi incluída a proteína Spike do coronavírus. Dessa forma, um antígeno (proteína) vai estimular o sistema imunológico do indivíduo a produzir anticorpos contra o vírus que causa a Covid-19.

O infectologista do Hospital de Base alerta para uma das grandes notícias falsas do momento, de que a vacina cuja plataforma usa o RNA (da Pfizer/BioNtech, da Moderna) poderia mudar o material genético do ser humano, provocando mutações. “Não existe isso, é uma grande mentira”, assegura. “Temos de confiar na ciência e nas pessoas que falam a verdade”.

“Temos de confiar na ciência e nas pessoas que falam a verdade”

No caso da CoronaVac, a plataforma usada é bastante tradicional, por ser a mesma empregada na vacina contra a gripe. Trata-se do vírus inativado, incapaz de se reproduzir, ou seja, de causar a doença. Com isso, o vírus não infecta a pessoa vacinada, mas estimula a produção de anticorpos contra a Covid-19.

Ribeiro chama atenção para o resultado final das vacinas. Segundo ele, independentemente da plataforma, o princípio é o mesmo. “Todas as vacinas vão apresentar um antígeno (proteína) que estimulará o sistema imunológico da pessoa a produzir anticorpos para que, quando ocorrer uma infecção real, o organismo dessa pessoa esteja pronto a responder”, detalha.

Eficácia

Outro debate preocupante e nada produtivo, segundo Ribeiro, é sobre a eficácia das vacinas. De acordo com dados apresentados pelos laboratórios, a CoronaVac tem eficiência de 50,3%, e a AstraZeneca/Oxford, de 70%. “Isso significa que o risco de adoecer é 50,3% ou 70% menor entre vacinados se comparado com o risco de adoecer entre os não vacinados”, esclarece o médico. “Ao tomar a vacina anual da gripe, por exemplo, nós nem procuramos saber qual a eficácia da mesma”.

Futuro promissor

O infectologista acredita que dias melhores virão com o início da vacinação. Faz, no entanto, um alerta importante sobre o comportamento social. Segundo ele, medidas como distanciamento, uso de máscara e higienização das mãos devem perdurar por um tempo.

“As vacinas são um dos maiores bens da humanidade para a prevenção de doenças”

“É apenas o início”, afirma. “Temos uma população mundial de mais de 8 bilhões de indivíduos que precisam da vacina. As vacinas são um dos maiores bens da humanidade para a prevenção de doenças. Temos de olhar para o todo e não para o individual.”

* Com informações do Iges-DF

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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