Segurança

Parceria do Governo Federal com redes sociais auxilia busca de crianças e adolescentes desaparecidos no país

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Cooperação técnica do Ministério da Justiça e Segurança Pública com Facebook e Instagram permite a rápida divulgação de fotos e descrição em todos os feeds

A ampliação de uma parceria do Governo Federal com a Meta vai ajudar na localização de crianças e adolescentes desaparecidos ou sequestrados no país. Até então adotado apenas por Ceará, Distrito Federal e Minas Gerais, o Protocolo Amber Alerts, sistema de alertas urgentes estabelecido nos Estados Unidos, recebeu a adesão, na terça-feira (4), de Piauí, Acre, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Amapá, Rio Grande do Sul e Pernambuco.

O Protocolo consiste no rápido comunicado por meio das redes sociais da Meta, a partir da divulgação de fotos no Instagram e no Facebook, para auxiliar na busca de crianças ou adolescentes.

A cooperação técnica entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Meta ocorre por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Ciberlab/Senasp). Após identificar que o caso se enquadra nos requisitos do Amber Alerts, a Polícia Civil reportará a ocorrência ao Ciberlab, que comunicará a Meta.

A empresa, então, divulga fotos e descrição das roupas da criança ou adolescente em todos os feeds do Facebook e do Instagram, em um raio de 160 quilômetros do local onde a vítima foi vista pela última vez. Para garantir a maior visibilidade possível, todas as pessoas com conta nas redes sociais e dentro do raio abrangido recebem uma notificação. A campanha vale para casos recentes e cada imagem será divulgada por até 24 horas.

O diretor de Operações Integradas da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Diopi/Senasp/MJSP), Rodney da Silva, ressaltou a importância da ferramenta na localização de crianças e adolescentes desaparecidos, por ser capaz de mobilizar rapidamente a comunidade e fornecer informações precisas.

“Sua eficácia reside na rápida disseminação de informações. É uma demonstração de como a tecnologia e a colaboração entre as forças de segurança pública podem ser utilizadas para proteger os mais vulneráveis em nossa sociedade”, disse Rodney.

DESAPARECIDOS — De janeiro a abril de 2024, foram registrados 6.498 casos de desaparecimento de pessoas entre zero e 17 anos no Brasil. Em 2023, ocorreram 20.416 registros na mesma faixa etária, conforme os dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública – Validador de Dados Estatísticos (Sinesp – VDE), do MJSP.

Desde que o Amber Alerts foi adotado no Brasil, a iniciativa já foi utilizada para auxiliar nas buscas a desaparecidos dez vezes no Distrito Federal, quatro no Ceará e uma em Minas Gerais.

O diretor de Políticas Públicas da Meta, Wanderley Mariz, enfatizou que a ferramenta é parte do compromisso da empresa em apoiar comunidades locais na manutenção da segurança das crianças.

“Estamos muito orgulhosos e felizes com a expansão da nossa parceria com o Ministério da Justiça para levar o Amber Alerts a mais estados brasileiros, ajudando a garantir uma resposta mais rápida na localização de crianças desaparecidas”, comentou Mariz.

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Número de apreensões de arma de fogo em 2023 cresce 28% em relação a 2022

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Em todo o país, 13.340 armas foram apreendidas por PF, PRF e SENASP entre janeiro de 2023 e abril de 2024. Em 2023, 10.935 armas foram apreendidas, contra 8.466 em 2022

Nos primeiros 16 meses da atual gestão do Governo Federal, 13,3 mil armas ilegais foram apreendidas a partir de ações da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP). Desse total, 10.935 armas foram apreendidas em 2023, aumento de 28% em relação a 2022, quando o país registrou 8.466 apreensões. Em 2024, entre  janeiro e abril, 2.405 armas já foram apreendidas. Os números estão disponíveis no ComunicaBR, portal de transparência ativa do Governo Federal.

O foco tem sido a prevenção das ocorrências de crimes mais graves, como mortes violentas intencionais, crimes passionais e o crime organizado, que se aproveita desse comércio ilegal de armas e, consequentemente, fortalece o tráfico de drogas, o tráfico de armas propriamente dito e outros crimes violentos. RODNEY SILVA – Diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública

O Rio de Janeiro foi a Unidade da Federação com mais armas apreendidas em 2023: 2.220, das quais 1.916 foram resultado de ações da Polícia Federal, 137 apreensões por parte da Polícia Rodoviária Federal e outras 147 por agentes da Força Nacional de Segurança. Na sequência, aparecem Paraná (1.177), Amazonas (726), Rio Grande do Sul (710), estados onde o número de armas apreendidas superou a casa das 700 unidades.

Diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Senasp (DIOP/SENASP), Rodney Silva, explica que os números registrados em 2023 e 2024 decorrem do aumento da fiscalização e das ações operacionais da PF, da PRF e das polícias militares e civis dos estados.

“O foco tem sido a prevenção das ocorrências de crimes mais graves, como mortes violentas intencionais, crimes passionais e o crime organizado, que se aproveita desse comércio ilegal de armas e, consequentemente, fortalece o tráfico de drogas, o tráfico de armas propriamente dito e outros crimes violentos”, afirma Silva.

IMPACTOS — Ações como o Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (ENFOC), que conta com aporte federal de R$ 900 milhões até 2026, e expansão dos Grupos de Investigações Sensíveis (GISE) e das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO), ligados à Polícia Federal, impactaram diretamente os números de apreensões de armas de fogo no Brasil.

EXPANSÃO — Os GISE foram expandidos em 2023 e passaram a operar em 21 estados. As FICCO estão em todo o país. O Ministério da Justiça e Segurança Pública destinou R$ 85 milhões para o funcionamento das unidades, especialmente para pagamento de diárias, aquisição de viaturas, materiais de apoio e equipamentos tecnológicos e de inteligência.

“O desafio da segurança pública no combate ao uso ilegal de arma de fogo passa pelo fortalecimento da atividade de inteligência de segurança pública, a integração das forças e a participação da sociedade na construção coletiva de soluções alternativas em busca do entendimento sobre a resolução de conflitos”, finaliza Silva.

Infográfico 1 - Dados regionais de apreensões de armas ilegais
Dados regionais de apreensões de armas ilegais – Fonte: MJSP
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