Saúde

MEDICINA E SAÚDE: Robô faz mamografias e pode revolucionar prevenção contra câncer

Publicado

em

Em formato de garra, o robô consegue aplicar forças de forma semelhante aos examinadores humanos; veja como funciona

Uma equipe da Universidade de Bristol (Inglaterra) desenvolveu, no Laboratório de Robótica, um robô capaz de fazer mamografias. Em formato de garra, o dispositivo é capaz de aplicar forças muito específicas numa faixa do seio de forma parecida a examinadores humanos. E pode detectar caroços usando tecnologia de sensores.

Para quem tem pressa:

  • Pesquisadores da Universidade de Bristol (Inglaterra) desenvolveram um robô em forma de garra capaz de realizar mamografias;
  • O dispositivo aplica forças específicas de forma parecida aos examinadores humanos e usa tecnologia de sensores para detectar caroços;
  • Utilizando técnicas de impressão 3D e controle numérico computadorizado, a equipe realizou experimentos em laboratório e simulações em uma mama falsa de silicone para determinar as forças necessárias para o equipamento real;
  • O robô pode revolucionar a forma como as mulheres monitoram a saúde de suas mamas, oferecendo acesso a mamografias eletrônicas seguras em locais de fácil acesso com resultados precisos;
  • O próximo passo é combinar as técnicas de mamografia com a inteligência artificial (IA) e equipar completamente o manipulador com sensores para determinar a eficácia do sistema na identificação de possíveis riscos de câncer de mama;
  • O objetivo final é a detecção precisa de caroços em maior profundidade do que o toque humano permite, podendo ser complementado com outras técnicas (exame de ultrassom, por exemplo).

Isso poderia revolucionar a forma como as mulheres monitoram a saúde de suas mamas, dando-lhes acesso a mamografias eletrônicas seguras, em lugares de fácil acesso – farmácias e postinhos de saúde, por exemplo – e com resultados precisos, segundo o MedicalXpress.

A equipe por trás do equipamento é uma mistura de pesquisadores de pós-graduação e graduação, supervisionados por Antonia Tzemanaki do Laboratório de Robótica de Bristol. O artigo da equipe, “Um mecanismo robótico de palpação radial para exame de mama (IRIS)”, foi apresentado na conferência RO-MAN.

Houve algumas tentativas no passado de usar tecnologia para melhorar o padrão pelo qual os profissionais de saúde podem realizar uma mamografia ao ter um robô ou dispositivo eletrônico para palpar tecido mamário fisicamente. Mas a última década de avanços tecnológicos em manipulação e tecnologia de sensores significa que agora estamos em uma posição melhor para fazer isso. A primeira pergunta que queremos responder como parte disso é se um manipulador especializado pode demonstrar a destreza necessária para palpar um tamanho e forma realistas de mama. George Jenkinson, autor principal do artigo

A equipe criou seu manipulador usando impressão 3D e outras técnicas de controle numérico computadorizado, além de empregar uma combinação de experimentos em laboratório e experimentos simulados numa mama falsa (de silicone) e seu equivalente digital, ambos modelados em um voluntário do grupo de pesquisa de Simulação e Modelagem em Medicina e Cirurgia do Imperial College de Londres.

As simulações permitiram à equipe realizar milhares de palpações e testar muitos cenários hipotéticos – por exemplo: calcular a diferença na eficiência ao usar dois, três ou quatro sensores ao mesmo tempo.

No laboratório, eles foram capazes de realizar os experimentos na mama de silicone para demonstrar que as simulações eram precisas e para descobrir experimentalmente as forças para o equipamento real.

Esperamos que a pesquisa possa contribuir e complementar o arsenal de técnicas usadas para diagnosticar o câncer de mama, e gerar uma grande quantidade de dados associados a ele que podem ser úteis para tentar identificar tendências em larga escala que poderiam ajudar a diagnosticar o câncer de mama precocemente. Afirmou Jenkinson

Comentários do Facebook

Saúde

Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

Publicados

em

Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA