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Governo de Goiás levará representantes de 10 embaixadas para conhecer produção de bioinsumos em Jataí

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Dia de campo tem como objetivo mostrar o avanço das práticas sustentáveis no agro goiano. Estado é pioneiro no incentivo à adoção dos insumos biológicos

A convite do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), representantes de dez embaixadas participarão, nesta quinta-feira (10/8), de um dia de campo sobre bioinsumos em Jataí, no Sudoeste Goiano. A programação começará às 9 horas na empresa Solubio, que construiu no município uma moderna fábrica de insumos biológicos.

Pela manhã, haverá apresentação institucional das ações do Governo de Goiás na área de sustentabilidade agropecuária, com destaque para o Programa Estadual de Bioinsumos. À tarde, o grupo conhecerá a biofábrica da Solubio. Confirmaram presença autoridades da União Europeia, Israel, Áustria, Alemanha, Índia, Nigéria, Malawi, Quênia, República Dominicana e Burkina Faso.

“O agronegócio goiano é referência em sustentabilidade. Fomos o primeiro Estado a lançar uma Lei de Bionsumos, e estamos na vanguarda do processo de substituição de insumos químicos convencionais pelos insumos biológicos, que são mais amigáveis ao meio ambiente e apresentam melhor custo-benefício ao produtor”, afirma o titular da Seapa, Pedro Leonardo Rezende. Segundo o secretário, esta é a primeira de uma série de visitas neste modelo para apresentar a comitivas estrangeiras o trabalho com bioinsumos feito em Goiás.

“Esta é mais uma ação da Seapa para apresentar os projetos do Governo de Goiás na área de sustentabilidade agropecuária e todo o potencial do Estado no setor produtivo agrícola com o foco em ampliar o intercâmbio com outros países. O agro já tem um forte peso na balança comercial do Estado, mas é possível ir além. Temos levado informações às embaixadas, recebido missões. Muitas parcerias e negócios estão nascendo deste trabalho”, relata a chefe de Gabinete da Seapa, Paula Coelho.

Saiba mais
O Programa Estadual de Bioinsumos foi instituído em maio de 2021 pela Lei nº 21.005, com o objetivo de “ampliar e fortalecer a adoção de práticas para a evolução do setor agropecuário, com a expansão da produção, do desenvolvimento e da utilização de bioinsumos e sistemas de produção sustentáveis”. Pioneira entre os Estados brasileiros, a legislação goiana é considerada modelo e vem servindo de inspiração para que outras unidades federativas desenvolvam suas próprias leis.

A Solubio possui atualmente 680 colaboradores. Sua equipe científica conta com 30 PhD’s e cinco pós-doutorados. Presente em grande parte do território nacional, com quase 500 fazendas de médio e grande porte no Brasil, a empresa tem como meta democratizar globalmente o Manejo Biológico OnFarm (dentro da fazenda), além de ser comprometida com os objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Toda a base de insumos da empresa é produzida na fábrica instalada em Goiás.

SERVIÇO
Dia de Campo sobre Bioinsumos com Representantes de 10 Embaixadas
Data: 10/8/2023 (quinta-feira)
Horário: A partir das 9 horas
Local: Sede da Solubio em Jataí/GO (Rodovia GO-184, KM 9, à direita, no trevo com a Rodovia JTI 101)

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Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

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Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.

“O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores”, explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário.

“Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação”, acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado.

Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. “Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável”, garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro.

Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária.

O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

Prorrogação de dívidas

O ministro Carlos Fávaro também informou ter se reunido, mais cedo, com representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e 123 sindicatos rurais para avaliar as demandas do setor frente ao desastre causado pelas chuvas no estado. O titular da pasta da Agricultura adiantou que, a pedido dos produtores, o governo deverá analisar o pedido de  prorrogação imediata, por 90 dias, de todos os débitos do setor.

A prorrogação é do pagamento de parcelas de empréstimos e operações financeiras de custeio e investimentos, contratadas pelos produtores. A medida precisa de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O órgão deverá realizar uma reunião extraordinária nos próximos dias para encaminhar o pleito dos produtores gaúchos.

Edição: Aline Leal / Agencia Brasil

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