Agro

Caiado destaca ações do Governo de Goiás para melhorar cadeia produtiva do leite

Publicado

em

Fala do governador foi na abertura do 21º Interleite Brasil, evento que reúne pecuaristas do país inteiro para debater investimentos no setor

Com a sexta posição de Goiás no ranking nacional de produção de leite, o governador Ronaldo Caiado destacou a importância do setor para economia goiana e o trabalho da gestão para incentivar seu crescimento contínuo. “Somos respeitados internacionalmente pela capacidade de produção e qualidade do produto. Que a tecnologia continue sendo instrumento de fortalecimento. Como médico e produtor rural, acredito que é na pesquisa, na ciência e no conhecimento que vamos disputar de igual para igual com o mundo”, destacou o chefe do Executivo, durante o 21º Interleite Brasil, evento que começou hoje (02/08) no Centro de Convenções, em Goiânia, e segue com programação até amanhã (03/08).

O governador destacou a vocação empreendedora dos representantes, que têm absorvido todos os avanços tecnológicos para atender cada vez mais as exigências do mercado. Em contrapartida, o Estado cumpre sua parte no zelo com os impostos, que são revertidos em investimentos em áreas fundamentais, como infraestrutura e segurança pública. “A segurança rural de Goiás, modéstia à parte, é a melhor do país, copiada até por outros países. Hoje temos nossas propriedades georreferenciadas, com capacidade de inibir qualquer crime e deixar com que as pessoas vivam tranquilamente, trabalhando em paz”, afirmou.

Caiado aproveitou a presença de diversos players do segmento para conclamar o envolvimento no debate sobre a Reforma Tributária, uma vez que a aprovação do texto irá gerar grandes impactos. “É importante trazer também a visão do leite. Não só na produção, mas na área social. Temos grandes desafios pela frente para garantir qualidade de vida e cidadania para todos, inclusive para os que não vivem dentro da cidade”, ponderou. “Ele vive com todas as dificuldades que tem que enfrentar no dia a dia, dentro da sua propriedade rural. E essa é a parte que, como governador, eu tenho me dedicado enormemente”, acrescentou.

Evento
O InterLeite Brasil 2023 é o maior da cadeia produtiva do leite no país e tem como tema “A estratégia de negócios chegando à produção de leite”. O evento conta com uma feira de negócios e também diversas palestras que tratam de estratégias de negócios na produção leiteira, combinada com a questão ambiental e energética. “O Sindleite é um apoiador dessa disseminação de conhecimento. Quanto mais cabeças pensantes estiverem juntas, mais eficiência teremos, e sairemos mais rapidamente de qualquer crise ou da impossibilidade de criar movimentos novos”, pontuou o presidente do sindicato, Jair José Antônio Borges.

Ronaldo Caiado na abertura do 21º Interleite: “O Brasil é respeitado internacionalmente pela sua capacidade de produção e qualidade do produto que oferece”

Ronaldo Caiado na abertura do 21º Interleite: “O Brasil é respeitado internacionalmente pela sua capacidade de produção e qualidade do produto que oferece”

Serão realizados quatro painéis para debater o ambiente e as estratégias de negócios na produção primária, sustentabilidade (agricultura regenerativa, bioinsumos e geração de energia) e rentabilidade das propriedades familiares. “Essa troca é enriquecedora, principalmente para nós goianos e produtores. Para que a gente possa sair daqui de um evento como esse e levar para dentro das nossas propriedades soluções discutidas”, frisou o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás), Dirceu Borges.

Um destaque foram os números do censo agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram que entre 2006 e 2017 a quantidade de pecuaristas de leite no país caiu 13%. Saiu de 1,350 milhão para 1,176 milhão. No entanto, a produção mais que dobrou entre 1990 e 2021. Passou de 14,48 bilhões de litros por ano para 35,30 bilhões, uma expansão de 143,7%. Demonstração clara de que investimentos em tecnologia e genética aumentaram a produtividade do rebanho, mesmo com menor número de pecuaristas.

A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), que é parceira na organização do evento, tem uma equipe técnica na programação e também orienta pecuaristas durante o evento. “Ronaldo Caiado é uma pessoa importante dentro do agro brasileiro. Vem liderando essa luta há muitos anos e é um dos governadores mais envolvidos com a nossa atividade rural”, reconheceu o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges.

Fotos: Wesley Costa / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

Comentários do Facebook

Agro

Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

Publicados

em

Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.

“O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores”, explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário.

“Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação”, acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado.

Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. “Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável”, garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro.

Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária.

O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

Prorrogação de dívidas

O ministro Carlos Fávaro também informou ter se reunido, mais cedo, com representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e 123 sindicatos rurais para avaliar as demandas do setor frente ao desastre causado pelas chuvas no estado. O titular da pasta da Agricultura adiantou que, a pedido dos produtores, o governo deverá analisar o pedido de  prorrogação imediata, por 90 dias, de todos os débitos do setor.

A prorrogação é do pagamento de parcelas de empréstimos e operações financeiras de custeio e investimentos, contratadas pelos produtores. A medida precisa de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O órgão deverá realizar uma reunião extraordinária nos próximos dias para encaminhar o pleito dos produtores gaúchos.

Edição: Aline Leal / Agencia Brasil

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA