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Caiado reúne com Ministro da Fazenda para discutir adequações no RRF

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Em Brasília, chefe do Executivo goiano e de outros três estados pediram a Fernando Haddad mudanças no Plano de Recuperação Fiscal para amenizar prejuízos com a perda de arrecadação do ICMS

O governador Ronaldo Caiado se reuniu, nesta quarta-feira (24/05), em Brasília, com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para solicitar alterações em metas fiscais e metodologia de cálculo de pontos do Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O encontro, que contou também com a presença dos governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, de Minas Gerais, Romeu Zema e do Rio de Janeiro, Claúdio Castro, foi motivado pelas dificuldades que os estados brasileiros vêm enfrentando em razão da perda de arrecadação do ICMS, devido a medida do governo federal aprovada no ano passado, e o aumento de gastos com pessoal decorrentes da implantação do piso nacional da educação e enfermagem, dentre outras novas obrigações que comprometem o caixa das unidades federativas.

Em Goiás, o RRF está em vigor desde 1º de janeiro de 2022 e resultou na suspensão da dívida estadual com a União por 18 meses e na adesão a um teto de gastos.

“Nós fomos vitimados por decisões no âmbito federal que mudaram a estrutura de arrecadação dos estados. O ministro (Haddad) foi extremamente receptivo, sentindo nossa realidade. Não estamos descumprindo nenhuma norma prevista no RRF, nem repassando o problema para a União, estamos pedindo uma revisão de pontos do plano para adequá-lo à realidade atual”, ponderou Caiado.

Governador Ronaldo Caiado, acompanhado dos governadores Cláudio Castro (RJ), Eduardo Leite (RS) e Romeu Zema (MG), se reúne com o ministro da Fazenda Fernando Haddad para pedir mudanças no plano do RRF

Governador Ronaldo Caiado, acompanhado dos governadores Cláudio Castro (RJ), Eduardo Leite (RS) e Romeu Zema (MG), se reúne com o ministro da Fazenda Fernando Haddad para pedir mudanças no plano do RRF

O Estado de Goiás adotou todas as medidas de ajuste fiscal e cumpriu todos os compromissos do Regime, mas foi fortemente impactado pela legislação federal. A redução das alíquotas do ICMS dos combustíveis, energia e telecomunicação, impostas no ano passado, deve gerar somente em 2023 uma queda de arrecadação ao tesouro estadual de R$ 5,5 bilhões. “Isso significa 39% da arrecadação com esses itens. A nossa projeção estava sendo mantida, nós estávamos numa trajetória para sairmos do RRF, mas fomos duramente penalizados”, lembrou o governador. Outro pedido apresentado por Caiado foi de retirar do teto gastos recursos do fundo de combate à pobreza, para não afetar as políticas sociais.

“Apresentamos uma série de medidas que entendemos que, ao serem cumpridas, vão ajudar os estados com seus compromissos”, afirmou Eduardo Leite ao comentar as demandas, como alteração no teto de gastos. Cláudio Castro ressaltou que as propostas entregues a Haddad representam demandas comuns. “O governo tomou decisões que impactaram na nossa relação fiscal, o que tornou todos os planos inviáveis. Nosso pleito é coletivo e não individual”, disse.

Zema complementou falando que “cada estado possui suas características” e que caso as mudanças propostas sejam aceitas, facilitará também para Minas Gerais, que deve aderir ao RRF em breve. “A Secretaria do Tesouro Nacional estará avaliando esses pleitos nossos e queremos uma simplificação, as regras são complexas”, destacou. A expectativa é de que em junho os governadores tenham uma resposta do Ministério da Fazenda.

Sobre o RRF
O Regime de Recuperação Fiscal (RRF), aprovado pela Lei Complementar 159/2017, foi criado para auxiliar os Estados e o Distrito Federal, que, eventualmente, se defrontem com grave desequilíbrio fiscal. Para o ajuste de suas contas, o regime proposto pelo governo federal permite o refinanciamento de dívidas de governos locais em troca de um plano de corte de gastos.

O estado que deseja aderir ao RRF precisa elaborar um Plano de Recuperação Fiscal, após aprovação do pedido de adesão pela Secretaria do Tesouro Nacional. Durante a vigência do regime, deve ser respeitado ainda um conjunto de vedações que visam restringir a expansão das despesas e a concessão de benefícios fiscais.

O pedido de adesão do estado de Goiás ao RRF foi realizado em agosto de 2021 e deferido pela Secretaria do Tesouro Nacional em setembro do mesmo ano. O Plano de Recuperação Fiscal elaborado pela atual gestão, protocolado e oficializado em 24 de dezembro de 2021.

Fotos: Júnior Guimarães / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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Dia das Mães: pesquisa do Procon Goiás aponta variação superior a 220% nos preços dos presentes

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Oscilação foi encontrada no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Levantamento foi feito com 156 itens em 54 estabelecimentos da capital

O Dia das Mães é comemorado no próximo domingo (12/05) e para ajudar o consumidor a fazer a melhor escolha do presente, o Procon Goiás realizou pesquisa de preços em 54 estabelecimentos de Goiânia entre os dias 25 de abril e 2 de maio. Foram levantados preços de 156 produtos, como cestas de café da manhã, flores, maquiagens, perfumes e eletrônicos. A pesquisa completa feita pelo Procon Goiás, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.

A principal variação apontada pela pesquisa foi de 221,28% no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Outro produto com variação considerável (206,90%) é o pó compacto da marca Bruna Tavares, vendido de R$ 27,99 a R$ 85,90.

Os pesquisadores do Procon Goiás encontraram ainda uma sessão de massagem relaxante de 50 minutos entre R$ 80 e R$ 184, variação de cerca de 130%. O levantamento também levou em conta produtos eletrônicos, sendo que a maior diferença nesses itens foi superior a 135% e ocorreu no depilador Philips 2 velocidades, comercializado de R$ 199 a R$ 469.

A pesquisa também levou em conta variações dos produtos em relação ao ano passado. Teve produto com aumento superior a 95%. É o exemplo da paleta de sombras da marca Mariana Saad, vendida ano passado por R$ 80,97 e esse ano por R$ 157,95. Em relação a 2023, a cesta de café da manhã com 50 itens teve aumento de 52,80%. O produto era vendido ano passado a R$ 219,90 e esse ano a R$ 336.

Essa data é considerada a principal no calendário do comércio no primeiro semestre. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), o Dia das Mães deve levar 94% dos consumidores às compras na capital. Dados da entidade apontam que, este ano, o ticket médio para compra do presente será de R$ 155, com cerca de dois produtos por cada consumidor.

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Orientações
Antes de ir às compras, pesquise os preços, para que não pese no orçamento familiar. O consumidor precisa se atentar ao fato de que os produtos têm de estar expostos com os preços de maneira clara e visível. O produto deve mostrar 2 preços: o total à vista e o valor das parcelas (no caso de parcelamento do pagamento).

Toda loja tem sua política de troca e o estabelecimento só é obrigado a efetuar a troca do produto se ele apresentar algum defeito. O Código de Defesa do Consumidor prevê dois prazos para reclamação: 30 dias para os produtos e serviços não duráveis e 90 dias para produtos e serviços duráveis.

Quanto às compras de aparelhos eletrônicos, o consumidor deve testar o funcionamento do aparelho ainda dentro do estabelecimento, verificar da existência de manual de instruções em nosso idioma e a relação da rede autorizada de assistência técnica do produto.

No caso de compras realizadas fora da loja física, o consumidor deve exigir o comprovante da data de entrega. Nesse caso, o prazo de desistência da compra é de 7 dias a partir do recebimento do produto. Exija sempre a nota fiscal na aquisição de qualquer produto, pois ela é importante caso o consumidor precise fazer valer os seus direitos e formalizar uma reclamação.

Fotos: Procon Goiás / Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor – Governo de Goiás

 

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