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Minas tem 101 municípios em situação de emergência por causa da chuva

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Minas Gerais tem hoje (22) 101 municípios em situação de emergência em razão dos efeitos das chuvas intensas que vêm atingindo o estado nos últimos dias, sobretudo as regiões metropolitana de Belo Horizonte, sul, Campo das Vertentes e Zona da Mata.

Boletim divulgado nesta quinta-feira pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) informa que, desde o início do período chuvoso, em setembro, já são 4.843 pessoas desalojadas, que tiveram que deixar suas casas por causa das chuvas e se abrigaram com parentes ou amigos. Há 1.312 pessoas desabrigadas, que precisam de abrigo público por causa de danos ou ameaças a seus domicílios. Até o momento, o estado registrou oito mortes em consequência das chuvas.

A Cedec destacou duas ocorrências em função das chuvas de ontem: a primeira foi em Sabará, região metropolitana da capital, onde o volume do Rio das Velhas chegou perto da cota máxima e houve queda de árvores, taludes e algumas ruas foram inundadas durante o temporal. “A Defesa Civil do município e o agente regional da Defesa Civil vistoriaram as áreas de risco de deslizamento de encostas em Sabará, orientando os moradores, além de monitorar o nível do rio”, informou o governo mineiro. Segundo a Cedec, não há registro de desalojados ou desabrigados e os serviços essenciais estão funcionando normalmente.

A segunda ocorrência foi em Patrocínio do Muriaé, na Zona da Mata. “Por conta das chuvas intensas, as águas do Rio Muriaé subiram de forma abrupta, formando pontos de inundação. Seis pessoas ficaram desabrigadas e cinco, desalojadas. Os serviços essenciais não foram afetados”, informou a Cedec.

Previsão

O tempo permaneceu instável ao longo do dia nas regiões norte, leste e noroeste mineiro, com chuvas fortes e volumosas, que poderiam trazer transtornos à população. Tal condição meteorológica é decorrente de mais um episódio da Zona de Convergência do Atlântico Sul. “Fenômeno meteorológico típico do período de Primavera/Verão e que tem como característica provocar chuva volumosa por, pelo menos, quatro dias consecutivos”, explicou.

Nesta sexta-feira (23), o céu deve ficar encoberto a nublado com pancadas de chuva, por vezes fortes, com trovoadas isoladas no noroeste, norte, Jequitinhonha e Mucuri. Nas demais regiões, o céu fica parcialmente nublado e podem ocorrer pancadas de chuva e trovoadas isoladas. Na véspera do Natal, o céu ficará de encoberto a nublado com pancadas de chuva, em certos momentos fortes, com trovoadas isoladas nas regiões noroeste, norte, central mineira, Jequitinhonha, Rio Doce e Mucuri. Nas demais regiões, céu parcialmente nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas.

Para domingo (25), a previsão é de céu nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas no noroeste, norte, central mineira, Jequitinhonha, Rio Doce e Mucuri e nas demais regiões, céu parcialmente nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas.

Santa Catarina

A movimentação marítima que influencia a situação meteorológica no litoral e áreas próximas de Santa Catarina continua perdendo força, mas ainda interfere nas condições de tempo nesses locais, favorecendo a maior presença de nuvens, embora com algumas aberturas em que o sol aparece. Segundo a Defesa Civil catarinense, há chance de chuva fraca e isolada. “Os acumulados dessa chuva devem ser bem menores que os registrados ao longo da semana, mas que, ao se somar a estes, ainda oferecem risco para deslizamentos nas áreas afetadas. Nas demais áreas, dia com sol e algumas nuvens”, diz o órgão.

A previsão inclui ventos de sudeste a leste, com fraca a moderada intensidade e rajadas ocasionais em torno de 45 km/h.

Amanhã, apesar de permanecer perdendo força, a circulação marítima ainda deixa o dia com variação de nuvens, alguns momentos em que o sol aparece e chance de chuva bem isolada em localidades do litoral e áreas próximas. Por conta do elevado acumulado de chuva registrado ao longo da semana, ainda há risco de deslizamentos nessas áreas. Nas demais regiões, dia com sol e algumas nuvens, porém, à tarde, há chance de pancadas de chuva bem isoladas, bastante mal distribuídas e de curta duração, diz a Defesa Civil.

Espírito Santo

Os maiores acumulados de chuva nas últimas 24 horas registrados entre os municípios capixabas que têm estação meteorológica do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) foram em Marilândia com 98 milímetros (mm), Rio Bananal com 75,2 mm, Colatina, com 59,33 mm, Baixo Guandu, com 51,6 mm, e Aracruz, com 49,35 mm. Os valores representam grande quantidade de chuvas em pouco período.

O Espírito Santo registra 1.245 desalojados e 412 desabrigados. Boa parte deles está em São Mateus, onde há 838 desalojados e 343 desabrigados.

Conforme o Cemaden, os riscos hidrológico e de movimento de massa permanecem em nível alto em São Mateus. Também em Nova Venécia continua alto o risco de movimento de massa. As duas cidades foram bastante atingidas pelos últimos temporais.

Rodovia

Na BR-101, no Km 71,5, na altura de São Mateus, há interdição total por causa de erosão da encosta. Na mesma estrada, na altura de Aracruz, no Km 171,3, existe um desvio, e o trânsito flui por desvio de 300 metros (m) na lateral da pista da rodovia. Já em Serra, no Km 249, a interdição é parcial, também provocada por deslizamento do acostamento.

Rio de Janeiro

Técnicos da prefeitura de Campos e do governo do estado do Rio continuam com as análises para elaborar os estudos topográfico, de sondagem e laboratorial do solo para reconstrução do dique da Avenida XV de Novembro, que, após fortes chuvas, cedeu na noite de segunda-feira (19). De acordo com a prefeitura, o estudo preliminar de contenção deve ser feito em cinco dias e a previsão é que as obras sejam concluídas em até seis meses.

Enquanto isso, o trecho da Avenida XV de Novembro deve continuar interditado por cerca de três meses. “Só após esse período poderá ser liberado meia pista para fluxo de veículos”, apontou.

Campos tem hoje 17 famílias isoladas na localidade de Mocotó do Imbé, com atendimento das secretarias da Defesa Civil e Desenvolvimento Humano. Além disso, 16 pessoas estão desalojadas em diferentes áreas do município, que estão em casas de familiares.

“Não há famílias desabrigadas até o presente momento”, completou.

Capital

O Centro de Operações (COR) da prefeitura do Rio decidiu a volta do município ao estágio de normalidade às 13h30 desta quinta-feira, devido à ausência de previsão de chuva moderada nas três horas seguintes. Para o Alerta Rio, serviço da prefeitura, até o fim do dia, há condições de chuva fraca em pontos isolados da cidade. O município estava em estágio de mobilização desde as 6h de terça-feira (20).

O estágio de normalidade é o primeiro em uma escala de 5 e indica que não há ocorrências de grande impacto. “Neste estágio, podem ocorrer pequenos incidentes, mas que não interferem de forma significativa na rotina do cidadão”, observou o COR.

Estrada

De manhã, a BR-101 chegou a ficar totalmente interditada entre os quilômetros 477 e 424, em Angra dos Reis e Mangaratiba. A medida foi adotada pela concessionária CCR RioSP, que administra a rodovia da Praia Grande, em Ubatuba, até a capital fluminense, de forma temporária para proteger os motoristas dos riscos de deslizamento. A ação teve o apoio da Polícia Rodoviária Federal.

“O objetivo é preservar a vida dos motoristas, evitando acidentes, uma vez que o local está suscetível a deslizamento de terra, como aconteceu em abril deste ano.”, informou a concessionária, destacando que para obter mais informações sobre as condições de tráfego na rodovia, os motoristas devem consultar os seus canais de atendimento: WhatsApp (11) 2795-2238, App CCR RioSP ou pelo telefone 0800-0173536.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Geral

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“Caminhos assistenciais” do Governo Federal liberam rodovias para garantir abastecimento do Rio Grande do Sul

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Prioridade é a liberação ágil de trechos essenciais para assegurar o fluxo de veículos com suprimentos, comida, oxigênio e combustível

Com mais de 400 cidades atingidas pelo alto volume de chuvas que caiu sobre o território gaúcho, o Governo Federal desenvolveu um plano emergencial para reestabelecer o fluxo viário em rotas estratégicas para assegurar o atendimento da população e impedir o desabastecimento de itens essenciais para a população do Rio Grande do Sul.

“Esses caminhos assistenciais, como estamos chamando, são para garantir salvamento e abastecimento do estado, sobretudo com oxigênio e remédio, comida e água, além da chegada de combustível, para não haver outras paralisações nesta crise e intensificarem ainda mais o sofrimento do povo gaúcho neste momento”, informou o ministro dos Transportes, Renan Filho. “É um plano de trabalho com prioridades a serem adotadas em 48 horas”.

Para isso, são usados maquinários pesados, como tratores, escavadeiras, guindastes e caminhões. Há cerca de 200 equipamentos e 600 homens atuando diretamente no estado. Em alguns pontos de rompimento de trechos de estrada, a solução é preencher as brechas com pedras para permitir a passagem dos veículos. Um dos trechos liberados é a BR 290, que liga Porto Alegre a Santa Maria e segue até a fronteira com a Argentina, por onde passa 30% do comércio internacional do país. Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), de concessionárias e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) seguem no para restabelecer o fluxo viário.

“Liberamos o fluxo na BR 290. O momento é de trabalhar pela preservação da vida, reencontro das famílias e reconstrução do Rio Grande do Sul. Nesses caminhos serão permitidos transporte de alimentos, remédios, oxigênio, combustíveis, resgates e pacientes em ambulâncias”, comentou o ministro.

Já estão liberados também trechos das BRs-116/RS, entre Estância Velha a Nova Petrópolis; de Vacaria a Campestre da Serra; e de Caxias a São Marcos. Também foi restabelecido o fluxo na BR-392/RS, de Santa Maria a Caçapava do Sul, possibilitando o acesso ao Porto de Rio Grande, beneficiando a região de Pelotas. Até esta quarta-feira (8/5), serão realizadas ainda as seguintes liberações: na BR-116/RS, sentido norte do estado, no trecho do Viaduto da Scharlau, e a ponte sobre o Rio dos Sinos.

 

Na BR-470, passagem liberada de Carlos Barbosa a Montenegro; na BR-386, a ponte sobre o rio Taquari, em Estrela e Lajeado também teve o fluxo retomado, assim como na BR-290, de Eldorado a Santa Maria, com construção de um bueiro. Já no caso da BR-158, de Santa Maria a Cruz Alta, o trânsito ainda ocorre com escolta, apenas para passagens de veículos emergenciais, pois há risco no trajeto. Trânsito liberado também na BR-448, a Rodovia do Parque.

Para o ministro, chama a atenção nesse desastre a amplitude, a velocidade com que as águas subiram e a demora no escoamento, o que dificulta o dimensionamento da crise e o atendimento. “A prioridade agora é salvar vidas, liberar vias para passagem de equipes de resgate e pronto socorro e, depois, pensarmos na reconstrução”, listou.

Rodovias liberadas e em processo de liberação

1 BILHÃO – Em reunião com parlamentares na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o ministro ainda informou que cerca de R$ 1 bilhão serão destinados pelo Governo Federal à reconstrução de rodovias federais, além do orçamento previamente destinado ao estado de R$ 1,7 bilhão.

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