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Dólar sobe para R$ 5,17 com juros americanos e Rússia

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Num dia marcado por tensões internacionais, o dólar interrompeu a sequência de quedas e voltou a subir. A bolsa de valores caiu, acompanhando o mercado internacional.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (21) vendido a R$ 5,173, com alta de R$ 0,021 (+0,4%). A cotação teve um dia volátil, alternando altas e quedas. Por volta das 15 h, logo após o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) anunciar a alta de 0,75 ponto percentual nos juros, a moeda chegou a R$ 5,19, mas desacelerou perto do fim das negociações.

Essa foi a primeira alta do dólar após duas quedas consecutivas. A divisa acumula queda de 0,56% em setembro e de 7,23% em 2022. Apesar da alta da moeda norte-americana hoje, o real teve melhor desempenho que outras moedas. O euro comercial caiu 0,91% e fechou a R$ 5,09, perdendo valor diante da moeda norte-americana.

No mercado de ações, o dia também foi marcado pela volatilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 111.936 pontos, com recuo de 0,52%. O indicador alternou altas e baixas ao longo da sessão, mas passou a cair no meio da tarde influenciado pelas bolsas norte-americanas, que encerraram em forte baixa após a decisão do Fed.

Apesar da queda, o Ibovespa teve desempenho melhor que as bolsas dos Estados Unidos. O índice Dow Jones, das empresas industriais, perdeu 1,7%. O Nasdaq, das empresas de tecnologia, recuou 1,79%. O S&P 500, das 500 maiores empresas, caiu 1,71%.

O aumento de 0,75 ponto percentual nas taxas básicas de juros norte-americanas era esperado pelo mercado, embora parte dos investidores apostasse em alta de até 1 ponto. No entanto, o tom duro do comunicado do Fed apontou que os juros nos Estados Unidos podem subir por mais tempo que o esperado, o que elevou a cotação do dólar e fez as bolsas caírem em todo o planeta.

No mercado brasileiro, a pressão foi aliviada porque, também hoje, o Comitê de Política Monetária (Copom) decide a nova taxa Selic (juros básicos da economia). Como os juros estão altos, em 13,75% ao ano, isso segura a pressão pela fuga de recursos em direção aos títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do mundo e que ficam atrativos com o aumento dos juros nos Estados Unidos.

* Com informações da Reuters

Edição: Fábio Massalli

Fonte: EBC Economia

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BNDES volta a reduzir juros de linha para exportações brasileiras e torna melhorias permanentes

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Medida do Plano mais Produção do BNDES amplia a competitividade da indústria nacional no mercado externo, principalmente das empresas de micro, pequeno e médio porte. Novas condições passam a ser permanentes para a linha Exim Pré-Embarque, após os resultados obtidos com as reduções temporárias em 2023 e no início de 2024.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) promoveu nova redução de juros no BNDES Exim Pré-Embarque, linha de crédito que financia a produção de bens nacionais voltados à exportação. As melhorias no produto também passam a ser permanentes, já que deixam de existir duas limitações: um orçamento restrito a R$ 2 bilhões para operações com os juros mais baixos e teto de R$ 150 milhões em financiamentos ao ano por cliente.

No caso das micro, pequenas e médias empresas, o spread (remuneração que o cliente paga ao BNDES ao obter um financiamento) de 0,5% ao ano passa a ser fixo. Essa taxa vigorou durante curto período no início deste ano, mas, fora das condições especiais que agora se tornam perenes, essa remuneração do BNDES poderia chegar a até 1,30% a.a.

No caso das grandes empresas, a nova remuneração do Banco fica limitada a 0,8% ao ano, se o financiamento for para exportação de bens de capital (produtos industrializados de maior valor agregado), ou 1,05% a.a., se o produto a ser exportado for bens de consumo. Nas antigas condições do BNDES Exim Pré-Embarque, essas taxas eram de, respectivamente, 1,05% a.a. e R$ 1,30% a.a.

“Mais de 90% do mercado mundial está fora do Brasil, por isso, baratear o custo do financiamento das exportações de empresas brasileiras é fundamental para que a indústria tenha condições de ampliar mercados, ganhar escala e ser mais competitiva. E o resultado é todo em benefício do país, com geração de emprego e de renda, objetivos centrais do governo do presidente Lula”, Aloizio Mercadante.

Mais de 90% do mercado mundial está fora do Brasil, por isso, baratear o custo do financiamento das exportações de empresas brasileiras é fundamental para que a indústria tenha condições de ampliar mercados, ganhar escala e ser mais competitiva. E o resultado é todo em benefício do país, com geração de emprego e de renda, objetivos centrais do governo do presidente Lula” Aloizio Mercadante, presidente do BNDES

O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do Banco, José Luis Gordon, ressaltou ainda que “a ampliação do apoio à exportação é um dos objetivos que compõem a Estratégia de Longo Prazo do BNDES e que a redução do spread nas linhas de pré-embarque compõe um dos eixos do Programa Nova Indústria Brasil, do Governo Federal”.

As novas condições são válidas tanto para operações diretas (realizadas pelo cliente diretamente com o BNDES e que precisam ter um valor mínimo de R$ 20 milhões) quanto para as chamadas operações indiretas (aquelas que não possuem valor mínimo e que são realizadas por meio de um agente financeiro intermediário, a exemplo de bancos comerciais ou de montadoras).

CUSTO FINANCEIRO — Além dos novos spreads do BNDES, o custo financeiro total das operações do produto BNDES Exim Pré-Embarque é composto do custo financeiro (que pode ser TLP, Selic, ou SOFR, por exemplo) mais o spread de risco. No caso das operações indiretas, o spread de risco é substituído por uma taxa de 0,15% ao ano. Para esses casos, há também a remuneração do agente financeiro que é negociada diretamente entre esse e o exportador.

Em termos históricos, o BNDES Exim Pré-embarque já atendeu a mais de 1.500 empresas exportadoras brasileiras, tendo desembolsado mais de US$ 60 bilhões no período. Utilizado pelos produtores nacionais como forma de reduzir o custo de capital de giro para produção, a linha aumenta a competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional e é o produto voltado à exportação mais acessado do Banco, tanto em valor desembolsado quanto em número de companhias nacionais apoiadas.

Além da pulverização dos recursos entre mais empresas, o BNDES Exim Pré-embarque também contribui para desenvolver a cadeia produtiva nacional, uma vez que o financiamento fornecido pelo BNDES exige um conteúdo nacional mínimo nos bens a serem comercializados no exterior.

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