Economia

Trabalhadores da Avibras entram em greve por 24 horas após demissões

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Após a demissão de 420 funcionários da Avibras Indústria Aeroespacial, empresa brasileira fabricante de equipamentos bélicos e de defesa civil, os trabalhadores decidiram, em assembleia na manhã de hoje (21), fazer greve de 24 horas.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos vai se reunir com representantes da empresa, nesta tarde. tarde. As reivindicações são o cancelamento das demissões e a garantia de estabilidade para todos os funcionários.

Segundo os empregados, as demissões foram feitas sem nenhuma negociação. “Existem alternativas para não demitir, por exemplo, o lay-off. A empresa avisou na última sexta-feira (19), que entrou com pedido de recuperação judicial, então, fica um ponto de interrogação na cabeça de todos os trabalhadores, se vão seguir empregados ou não. Foram todos pegos de surpresa e as demissões ocorreram em todos os setores”, disse o presidente do Sindicato Metalúrgicos de São José dos Campos, Weller Gonçalves.

Reuniões

Segundo Weller, o sindicato irá a Brasília ainda nesta semana para se reunir com representantes do governo federal e com o presidente Jair Bolsonaro, para pedir providências para que a empresa não seja prejudicada. “Inclusive encaminhamos uma campanha pela estatização da fábrica. Se for o caso, o governo tem que injetar dinheiro nessa empresa. Não podemos admitir de forma alguma a Avibras nesta situação.”

Weller ressaltou que a alegação da empresa para as demissões e a recuperação judicial é a de que a pandemia atrapalhou a concretização de contratos, no exterior, já que deveriam ser efetivados pessoalmente. “Estamos vendo que os voos internacionais já voltaram [o que possibilita o fechamento de contratos]. A empresa segurou os trabalhadores em casa nesses dois anos, uma parte deles ficou de licença remunerada e, agora, que estamos voltando à normalidade, a empresa demite sem negociação”.

É a segunda vez que o sindicato encabeça a campanha pela estatização da Avibras. A primeira vez foi em 2008, durante o governo da presidenta Dilma Rousseff. “Continuaremos nessa luta, independente de quem esteja no governo, porque a Avibras é estratégica para nosso país, por isso estaremos na linha de frente cobrando o governo para que garanta os postos de trabalho”.

Avibras

De acordo com o porta-voz da empresa, o advogado Nelson Machado, as demissões foram inevitáveis, porque houve um enorme descompasso entre receita e despesa. Segundo ele, antes da pandemia, a empresa tinha uma “excelente expectativa”, porque havia vários contratos sendo encaminhados para finalização. “Mas, com a pandemia, todos foram suspensos porque os países redirecionaram seus orçamentos de defesa para saúde. Além disso, todas as viagens foram suspensas. Agora vemos o mercado novamente se movimentando e esperamos que as coisas possam se normalizar mais para frente.”

Machado ressaltou que o descompasso financeiro gerou um problema para a empresa que, além de precisar de socorro de bancos, continuou mantendo 1,5 mil funcionários, mesmo sem precisar deles. “Isso foi sugando o recurso de caixa da empresa e as demissões foram feitas para readequar o quadro de funcionários a uma nova realidade. E tivemos que requerer a recuperação judicial, e agora vamos apresentar um plano de recuperação”.

Ele disse acreditar que, no futuro, quando os contratos forem retomados, devem ocorrer recontratações, já que a mão de obra dos funcionários da Avibras é muito específica e especializada.

Edição: Maria Claudia

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Economia

Dia das Mães: pesquisa do Procon Goiás aponta variação superior a 220% nos preços dos presentes

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Oscilação foi encontrada no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Levantamento foi feito com 156 itens em 54 estabelecimentos da capital

O Dia das Mães é comemorado no próximo domingo (12/05) e para ajudar o consumidor a fazer a melhor escolha do presente, o Procon Goiás realizou pesquisa de preços em 54 estabelecimentos de Goiânia entre os dias 25 de abril e 2 de maio. Foram levantados preços de 156 produtos, como cestas de café da manhã, flores, maquiagens, perfumes e eletrônicos. A pesquisa completa feita pelo Procon Goiás, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.

A principal variação apontada pela pesquisa foi de 221,28% no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Outro produto com variação considerável (206,90%) é o pó compacto da marca Bruna Tavares, vendido de R$ 27,99 a R$ 85,90.

Os pesquisadores do Procon Goiás encontraram ainda uma sessão de massagem relaxante de 50 minutos entre R$ 80 e R$ 184, variação de cerca de 130%. O levantamento também levou em conta produtos eletrônicos, sendo que a maior diferença nesses itens foi superior a 135% e ocorreu no depilador Philips 2 velocidades, comercializado de R$ 199 a R$ 469.

A pesquisa também levou em conta variações dos produtos em relação ao ano passado. Teve produto com aumento superior a 95%. É o exemplo da paleta de sombras da marca Mariana Saad, vendida ano passado por R$ 80,97 e esse ano por R$ 157,95. Em relação a 2023, a cesta de café da manhã com 50 itens teve aumento de 52,80%. O produto era vendido ano passado a R$ 219,90 e esse ano a R$ 336.

Essa data é considerada a principal no calendário do comércio no primeiro semestre. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), o Dia das Mães deve levar 94% dos consumidores às compras na capital. Dados da entidade apontam que, este ano, o ticket médio para compra do presente será de R$ 155, com cerca de dois produtos por cada consumidor.

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Orientações
Antes de ir às compras, pesquise os preços, para que não pese no orçamento familiar. O consumidor precisa se atentar ao fato de que os produtos têm de estar expostos com os preços de maneira clara e visível. O produto deve mostrar 2 preços: o total à vista e o valor das parcelas (no caso de parcelamento do pagamento).

Toda loja tem sua política de troca e o estabelecimento só é obrigado a efetuar a troca do produto se ele apresentar algum defeito. O Código de Defesa do Consumidor prevê dois prazos para reclamação: 30 dias para os produtos e serviços não duráveis e 90 dias para produtos e serviços duráveis.

Quanto às compras de aparelhos eletrônicos, o consumidor deve testar o funcionamento do aparelho ainda dentro do estabelecimento, verificar da existência de manual de instruções em nosso idioma e a relação da rede autorizada de assistência técnica do produto.

No caso de compras realizadas fora da loja física, o consumidor deve exigir o comprovante da data de entrega. Nesse caso, o prazo de desistência da compra é de 7 dias a partir do recebimento do produto. Exija sempre a nota fiscal na aquisição de qualquer produto, pois ela é importante caso o consumidor precise fazer valer os seus direitos e formalizar uma reclamação.

Fotos: Procon Goiás / Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor – Governo de Goiás

 

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