Economia
Venda de livros cresce 4,9% no período de Natal; faturamento sobe 14%
O período do Natal foi o que registrou maior volume de livros vendidos e maior faturamento do setor no ano passado no Brasil, revela pesquisa feita pela Nielsen BookScan para o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).
Segundo o 13º Painel do Varejo de Livros no Brasil, de 6 de dezembro de 2021 a 2 de janeiro de 2022, foram vendidos 5,4 milhões de livros no país, com alta de 4,94% sobre o mesmo período de 2020, que teve 5,1 milhões de unidades comercializadas. O faturamento alcançou R$ 235 milhões, com expansão de 14,14%.
O balanço de 2021 mostrou crescimento de 29,36% em volume, comparativamente ao ano anterior, e de 29,28% em faturamento. Foram vendidos 55 milhões de livros, que geraram receita de R$ 2,28 bilhões.
O resultado foi extremamente positivo, disse hoje (24) o presidente do SNEL, Dante Cid, em entrevista à Agência Brasil. “Com toda dificuldade do ano passado, ainda vimos no balanço consolidado que houve crescimento real, descontada a inflação; E é um crescimento significativo.” Mesmo comparando com o ano atípico de 2020, marcado por fechamento de setores da economia, o SNEL não esperava incremento como o registrado, acrescentou Cid.
Habito de leitura
De acordo com o presidente do SNEL, a pesquisa confirma que a população brasileira está lendo mais, gostando mais de ler. Se o primeiro trimestre de 2020, ainda pouco afetado pela pandemia de covid-19, for comparado com o mesmo período de 2021, nota-se que a venda de livros aumentou entre 19% e 20%. “É um percentual significativo esse incremento do hábito da leitura em um trimestre já impactado pela pandemia.”
O hábito deve se manter em 2022, disse Cid. Ele destacou que recentes pesquisas do Instituto Pró-Livro sobre o hábito de leitura apontam as redes sociais, e não mais o cinema ou a televisão, como principais concorrentes do livro . “Percebemos que as pessoas deixaram o hábito da leitura e direcionaram esse costume para as redes sociais. Se nada muito novo ocorrer em relação às redes sociais, roubando o tempo adicional das pessoas, creio que a tendência de ler tende a se manter.”
Embora a pesquisa detalhada sobre as vendas ainda não tenha sido concluída, Cid adiantou que os destaques do ano passado foram livros de ficção, de autoajuda e religiosos, que cresceram acima da média dos demais segmentos. Livros infantis não didáticos também tiveram boa aceitação.
Expectativa
Segundo Cid, com a volta às aulas, deve aumentar a venda de livros didáticos, porque 2021 ainda não foi típico em relação ao ano escolar. “Foi um período grande de ensino híbrido. Espera-se que, em 2022, a grande mudança no quadro de vendas seja para o livro didático, com um ano escolar já normalizado e o ensino infantil predominando e protegendo as crianças. Com a volta à escola normal, esperamos também a normalização da venda de didáticos.”
A inflação em alta é desafio para 2022, disse o gestor da divisão Nielsen Book Brasil, Ismael Borges, que também comemorou o resultado de 2021 no setor livreiro.
Para Borges, 2021 foi um ano de números superlativos: na macroeconomia, inflação de 2 dígitos; no mercado livreiro, crescimento de quase 20 pontos percentuais acima da inflação. “O maior desconto médio anual já registrado fez zerar a variação do preço médio do livro. Fechamos o ano no azul elástico em razão dos desdobramentos das crises e do cenário pandêmico. A partir de agora, devemos perseguir um ambiente menos turbulento, com variações mais ajustadas”, declarou.
Painel
O Painel do Varejo de Livros no Brasil visa dar mais transparência à indústria editorial brasileira. A iniciativa resulta da parceria entre o SNEL e a Nielsen, com o objetivo de disponibilizar para o setor dados atualizados capazes de contribuir para tomadas de decisão por empresários de todos os portes.
Os dados são coletados diretamente do caixa das livrarias, e-commerce e varejistas colaboradores. As informações são recebidas eletronicamente em formato de banco de dados e, após o processamento, os dados são enviados online e atualizados semanalmente.
Edição: Nádia Franco
Economia
Dia das Mães: pesquisa do Procon Goiás aponta variação superior a 220% nos preços dos presentes
Oscilação foi encontrada no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Levantamento foi feito com 156 itens em 54 estabelecimentos da capital
O Dia das Mães é comemorado no próximo domingo (12/05) e para ajudar o consumidor a fazer a melhor escolha do presente, o Procon Goiás realizou pesquisa de preços em 54 estabelecimentos de Goiânia entre os dias 25 de abril e 2 de maio. Foram levantados preços de 156 produtos, como cestas de café da manhã, flores, maquiagens, perfumes e eletrônicos. A pesquisa completa feita pelo Procon Goiás, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.
A principal variação apontada pela pesquisa foi de 221,28% no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Outro produto com variação considerável (206,90%) é o pó compacto da marca Bruna Tavares, vendido de R$ 27,99 a R$ 85,90.
Os pesquisadores do Procon Goiás encontraram ainda uma sessão de massagem relaxante de 50 minutos entre R$ 80 e R$ 184, variação de cerca de 130%. O levantamento também levou em conta produtos eletrônicos, sendo que a maior diferença nesses itens foi superior a 135% e ocorreu no depilador Philips 2 velocidades, comercializado de R$ 199 a R$ 469.
A pesquisa também levou em conta variações dos produtos em relação ao ano passado. Teve produto com aumento superior a 95%. É o exemplo da paleta de sombras da marca Mariana Saad, vendida ano passado por R$ 80,97 e esse ano por R$ 157,95. Em relação a 2023, a cesta de café da manhã com 50 itens teve aumento de 52,80%. O produto era vendido ano passado a R$ 219,90 e esse ano a R$ 336.
Essa data é considerada a principal no calendário do comércio no primeiro semestre. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), o Dia das Mães deve levar 94% dos consumidores às compras na capital. Dados da entidade apontam que, este ano, o ticket médio para compra do presente será de R$ 155, com cerca de dois produtos por cada consumidor.
Orientações
Antes de ir às compras, pesquise os preços, para que não pese no orçamento familiar. O consumidor precisa se atentar ao fato de que os produtos têm de estar expostos com os preços de maneira clara e visível. O produto deve mostrar 2 preços: o total à vista e o valor das parcelas (no caso de parcelamento do pagamento).
Toda loja tem sua política de troca e o estabelecimento só é obrigado a efetuar a troca do produto se ele apresentar algum defeito. O Código de Defesa do Consumidor prevê dois prazos para reclamação: 30 dias para os produtos e serviços não duráveis e 90 dias para produtos e serviços duráveis.
Quanto às compras de aparelhos eletrônicos, o consumidor deve testar o funcionamento do aparelho ainda dentro do estabelecimento, verificar da existência de manual de instruções em nosso idioma e a relação da rede autorizada de assistência técnica do produto.
No caso de compras realizadas fora da loja física, o consumidor deve exigir o comprovante da data de entrega. Nesse caso, o prazo de desistência da compra é de 7 dias a partir do recebimento do produto. Exija sempre a nota fiscal na aquisição de qualquer produto, pois ela é importante caso o consumidor precise fazer valer os seus direitos e formalizar uma reclamação.
Fotos: Procon Goiás / Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor – Governo de Goiás
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