Geral
Lançada a Política Distrital de Alimentação e Nutrição
A Secretaria de Saúde lançou a Política Distrital de Alimentação e Nutrição (PDAN), aprovada pela Portaria nº 1.192, de 24 de novembro de 2021. O documento é importante instrumento para desenvolver ações estratégicas de alimentação e de nutrição no território do Distrito Federal. A PDAN traduz e personaliza as diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), conforme as especificidades e o perfil epidemiológico do DF.
“Hoje o DF sai na vanguarda ao ser uma das primeiras unidades da federação a construir essa política regional. O desafio, agora, é a implementação”Paula Lawall, subsecretária de Atenção Integral à Saúde
A política também será fundamental para enfrentar os desafios de saúde pública relacionados aos maus hábitos alimentares, como a dupla carga de doenças, que é a manifestação simultânea de desnutrição e de excesso de peso, o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados, o baixo consumo de alimentos in natura, como frutas e hortaliças, o aumento das doenças crônicas não transmissíveis relacionadas à alimentação inadequada e não saudável, entre outros.
“Hoje o DF sai na vanguarda ao ser uma das primeiras unidades da Federação a construir essa política regional. O desafio, agora, é a implementação da política nos três níveis de saúde, sempre orientada pela Atenção Primária, que é a porta de entrada do usuário no sistema de saúde”, destaca a subsecretária de Atenção Integral à Saúde, Paula Lawall. Os outros dois níveis são a Atenção Secundária e a Terciária, sendo essa última a especializada ou hospitalar.
Após a publicação, a política entra na fase de implementação e de monitoramento contínuo. “A proposta é direcionar as ações de alimentação e de nutrição para solução dos principais problemas de má nutrição identificados, tanto relacionados à desnutrição quanto ao sobrepeso e à obesidade, além de traçar metas de superação da fome e da insegurança alimentar e nutricional da população do DF”, aponta a gerente de Serviços de Nutrição, Carolina Gama.
A organização da implementação da política se dá por meio dos níveis de atenção à saúde e a especificidade de atuação em cada um deles
Situação nutricional e alimentar no DF
A política traz um panorama do cenário nutricional e alimentar da população do DF. Entre os desafios apontados está o enfrentamento ao excesso de peso da população e a necessidade de aumentar o consumo diário de frutas e hortaliças. Assim, a partir da situação identificada, a política visa trabalhar ações para enfrentar os desafios encontrados no DF e promover uma melhor solução de saúde para a população local.
A organização da implementação da política se dá por meio dos níveis de atenção à saúde e a especificidade de atuação em cada um deles. Na Atenção Primária, destacam-se a promoção da alimentação adequada e saudável, por meio da identificação de demandas alimentares e nutricionais do usuário. Já no nível secundário e hospitalar, estão presentes ações de prescrição e de orientação dietéticas aos usuários e familiares e a oferta de alimentação para pacientes internados.
A PDAN conta com oito diretrizes que detalham as ações, além de trazer as responsabilidades institucionais e as recomendações de atuação.
Sobre a PDAN
A PDAN é resultado de construção coletiva que contou com a participação de vários setores da Secretaria de Saúde, sociedade civil e instituições parceiras. O processo foi iniciado em fevereiro de 2020. Para tanto, foi constituído grupo de trabalho que levantou as principais demandas da rede e também externas à rede relacionadas à alimentação e à nutrição.
A partir desse levantamento, o grupo elaborou o texto preliminar da PDAN. O material recebeu contribuições de instituições parceiras e foi submetido à consulta pública. O processo foi coordenado pela Gerência de Serviços de Nutrição (Gesnut), apoiado pela Coordenação de Atenção Secundária e Integração de Serviços (Coasis).
Histórico
A Lei nº 8.080/1990 incorporou as ações de alimentação e nutrição nas políticas públicas de saúde brasileiras e incluiu, no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS), a vigilância nutricional e a orientação alimentar.
A publicação da PNAN, em 1999, reforçou o tema. A revisão da política, em 2011, trouxe a necessidade do enfoque regionalizado, estabelecendo como responsabilidade dos estados e do DF a implementação da política no âmbito do seu território por meio de adequações necessárias ao perfil epidemiológico e às especificidades locais.
A PDAN conta com oito diretrizes que detalham as ações, além de trazer as responsabilidades institucionais e as recomendações de atuação.
Assista aqui ao lançamento, na segunda-feira (6), da Política Distrital de Alimentação e Nutrição.
*Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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