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‘Esse acolhimento e incentivo nunca foram oferecidos ao servidor do DF’

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Cuidar de quem cuida. Esse é o objetivo da Secretaria Executiva de Valorização e Qualidade de Vida (Sequali) da Secretaria de Economia (Seec), que tem como foco o funcionalismo público do GDF. Para isso, muitos projetos são desenvolvidos, como a construção de um espaço de qualidade de vida, ampliação do plano de saúde – uma das maiores conquistas dos servidores do DF – e a criação de um berçário para crianças de seis meses a dois anos, destinado aos filhos de servidores.

“Com o berçário, estamos colocando o Governo do Distrito Federal em um patamar de qualidade de vida já vivenciado por grandes empresas internacionais e órgãos federais, que têm berçário institucional; é uma política institucional que funciona há muitos anos”, explicou a secretária executiva de Valorização e Qualidade de Vida, Adriana Faria, em entrevista exclusiva à Agência Brasília.

A gestora antecipa novidades para os servidores, como o lançamento do Espaço de Qualidade de Vida, que vai funcionar no 16º andar do anexo do Palácio do Buriti. Com refeitório dotado de ilhas de micro-ondas, refrigeradores e máquinas de autosserviço de alimentos, o local também vai ganhar espaços de meditação, de leitura, sala descompressão, de jogos, salão de beleza, barbearia e uma sala multiúso.

 Acompanhe, abaixo, os principais trechos da entrevista.

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

“Temos palestras disponíveis para gestantes, cursos oferecidos pela Escola de Governo, atendimento prestado pela Subsecretaria de Saúde e pela academia Buriti”

O que significa cuidar da qualidade de vida do servidor do GDF?

É cuidar de quem cuida. Se a gente não tiver esse cuidado com os servidores, eles nunca vão entregar o serviço que seja realmente de qualidade e eficiente para a comunidade. Por isso é importante voltar à política a favor do servidor. Estamos falando desde os cuidados preventivos com a saúde do servidor ao apoio e suporte para mais qualidade de vida. Por isto, criamos várias ações e seguimos implementando mais. Esse acolhimento e incentivo nunca foram oferecidos ao servidor do DF. O pagamento da terceira parcela do reajuste dos servidores, anunciado em outubro, também foi uma importante valorização – uma questão que se estendeu por anos. O nosso compromisso em viabilizar o reajuste dos servidores reflete a valorização deste governo e o reconhecimento a aqueles que são responsáveis por todas as nossas entregas e políticas públicas: os nossos servidores.

Por falar em cuidar de quem cuida, como está o projeto do berçário para filhos de servidores? Como vai funcionar? Quantas crianças serão atendidas?

Nós entendemos que o Programa de Atenção Materno Infantil [Proamis] coloca o GDF em outro patamar de qualidade de vida. Outras organizações mais robustas, nacionais e internacionais, assim como órgãos federais, já têm um berçário institucional com uma política eficiente, trazendo qualidade de vida para os servidores. Aqui o programa está funcionando. Ele já foi lançado. Temos palestras disponíveis para gestantes, cursos oferecidos pela Escola de Governo [Egov], atendimento prestado pela Subsecretaria de Saúde e pela academia Buriti.
O berçário Buriti, que laureia o processo todo, será inaugurado em janeiro de 2022. As obras começaram agora em novembro. O berçário também permitirá que as mães possam amamentar seus filhos, o que também é uma maneira de prevenir doenças e de cuidar da infância. A previsão é atendermos 60 crianças de seis meses a dois anos. As vagas serão distribuídas por idade, e o espaço funcionará no anexo do Palácio do Buriti, no local onde era o antigo restaurante.

Como está a implementação do Plano Distrital de Qualidade de Vida?

Lançamos o decreto com a política de qualidade de vida, que traz as diretrizes, os princípios, o passo a passo para criar a política de qualidade de vida em cada um dos órgãos do Governo do Distrito Federal. O decreto tem ainda a previsão do selo QualiVida, do comitê distrital e do plano. O comitê já está montado, com representantes de vários órgãos, que estão trabalhando no Plano de Qualidade de Vida, que vai estabelecer uma política para ser implementada em dez anos e promoverá um avanço nessa área de qualidade de vida do servidor.

“A Carreta da Saúde leva atendimento médico aos servidores nas áreas de oftalmologia, odontologia, clínica auditiva, nutrição e clínica geral de forma itinerante”

E a academia Buriti? Como está funcionando?

A academia começou virtualmente em junho. Hoje temos mais de 500 aulas disponíveis no canal da Secretaria de Economia no YouTube. Ela [a academia] continua virtual, mas atualmente oferecemos sete modalidades presenciais com cerca de 150 alunos inscritos.

E o restaurante, vai voltar?

Nós tentamos fazer uma licitação para contratar uma empresa para cuidar do restaurante, mas, devido à pandemia, com os servidores em teletrabalho, não houve interesse por parte do mercado. Pensamos então em uma alternativa: o 16ª andar vai ser o Espaço de Qualidade de Vida. O projeto está pronto. A licitação deve ocorrer ainda neste mês. Uma parte do andar será transformada em refeitório, com ilhas de micro-ondas e refrigeradores, já que muitas pessoas trazem comida. Teremos também máquinas de autosserviço, que oferecerão refeições e lanches.

Quais os projetos para os servidores que não estão lotados no anexo e no Palácio do Buriti?

A Carreta da Saúde é um deles. Leva atendimento médico aos servidores nas áreas de oftalmologia, odontologia, clínica auditiva, nutrição e clínica geral de forma itinerante. A carreta fica de um a dois dias em cada região, atende os servidores da administração local e demais servidores que estiverem naquela cidade. Equipes da Subsecretaria de Saúde também vão junto para avaliar as condições do ambiente, de acordo com as regras de segurança do trabalho. A iniciativa atende por dia mais de 300 pessoas. A Carreta é parte da Caravana da Qualidade de Vida, que percorre todo o Distrito Federal, levando aos órgãos do GDF palestras sobre qualidade de vida. Todas as regiões administrativas são percorridas.

Outros programas muito procurados pelos servidores são o DF Superior e o Clube de Descontos. Como funcionam?

O DF Superior dá descontos aos servidores do Distrito Federal em oito instituições de ensino superior para graduação, pós-graduação e até doutorado. As instituições selecionam os cursos disponíveis e os descontos. Os descontos são para os servidores e para os dependentes. Os abatimentos chegam, em alguns casos, a 60% do valor cobrado.
Já o Clube de Desconto é um programa que oferece ao servidor abatimento em qualquer produto ou serviço cujo prestador tenha parceria com o GDF. Vale desde o salão do bairro, próximo de casa, até grandes supermercados. Temos cerca de 90 parceiros e estamos percorrendo em caravana todas as cidades para ampliar a quantidade de estabelecimentos. Depende também do servidor a quantidade de parceiros: quanto mais eles usam o Clube, maior será o número de parceiros.

A senhora poderia falar um pouco sobre o “Momento de Paz” e o “Tempo de Refletir”?

São dois programas que existem desde junho e funcionam virtualmente. O Tempo de Refletir ocorre às segundas-feiras, às 18h, a cada 15 dias, e o Momento de Paz, todas as sextas-feiras, às 9h. Trazemos palestrantes para falar de superação e motivação, dentro do contexto que estamos vivendo. Já tivemos palestrantes de grande envergadura, como o escritor e conferencista Paulo Vieira. No Momento de Paz, trazemos líderes religiosos, filósofos, pessoas que viveram situações que exigem superação. Os dois são veiculados pelo YouTube, no canal da Secretaria de Economia.

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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