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Parceria e oportunidade de trabalho

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A montagem da CasaCor2021 está a todo vapor. Tudo precisa estar pronto a partir de 26 de outubro, quando, até 12 de dezembro, a tradicional mostra abre as portas para os visitantes. Instalado, neste ano, em uma área de 40 mil metros quadrados na Quadra 904 da Asa Sul, o evento tem precisado de reforço para conseguir deixar o local devidamente preparado para a grande inauguração. E a ajuda estava a poucos metros dali.

Hélio Pereira Magalhães, 45 anos, frequenta o Centro Pop do Plano Piloto e não pensou duas vezes quando viu a oportunidade para trabalhar na CasaCor  Foto: Ádamo Dan/Sedes

“Fui parar nas ruas por problemas psicológicos, mas eu sou um trabalhador. O que eu precisava era apenas de uma oportunidade e ela veio”Hélio Pereira Magalhães, 45 anos

A organização da CasaCor recorreu ao Centro Pop do Plano Piloto. “Escolhemos um terreno muito grande e que precisava de manutenção geral, limpeza da área comum e estacionamento, asseio, podas e demais cuidados. Fizemos uma parceria com o Pop e, há três semanas, oito pessoas prestam serviços para nós”, explica a gerente da exposição, Ângela Feitoza.

Cada um dos diaristas recebe R$ 80 por dia trabalhado. De acordo com a organização, “os pagamentos ocorrem semanalmente, com o objetivo de assegurar que o prestador de serviço continue vindo com frequência e não deixe de ir no dia seguinte ao recebimento do pagamento”. De acordo com Ângela Feitoza, há eletricistas, pintores e marceneiro. Especialidades que têm sido de vital ajuda para o desempenho das funções estabelecidas a eles.

Um dos oito cidadãos em atuação é Hélio Pereira Magalhães, de 45 anos. Frequentador do Centro Pop há quase uma década, ele não pensou duas vezes quando a oportunidade apareceu. “Eu sou um trabalhador. Fui parar nas ruas por problemas psicológicos, mas eu sou um trabalhador. O que eu precisava era apenas de uma oportunidade e ela veio”, conta o homem, que sonha em terminar o ensino médio e ingressar na faculdade de administração de empresas.

“Parece uma repetição, mas a palavra a ser dita milhares de vezes é oportunidade. Eles estão dando mais um passo para vencer a condição de rua, o que apenas é possível com a união de esforços do governo, da sociedade civil e deles próprios”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social

Para Daniel Souza**, 32, acostumado com serviços ainda mais pesados, os dias de trabalho na preparação da CasaCor têm sido gratificantes e uma terapia. “Vim do Paraná em 2019, onde eu já trabalhei como almoxarife, servente de pedreiro e ajudante de obra. Quero retomar minha carreira aqui”, frisa o paranaense, que foi surpreendido pela retração dos postos de trabalho com a instalação da pandemia da covid-19.

Além da remuneração semanal, os prestadores de serviço recebem uniforme e máscaras de proteção facial, além do equipamento necessário de acordo com a função. Eles atuam das 8 às 17 horas, com uma hora de almoço, feito no Centro Pop, pois a unidade oferta gratuitamente essa refeição, bem como café da manhã e lanche da tarde para os frequentadores.

Neste sábado (16), porém, a organização precisou acelerar a arrumação do local e a equipe foi convocada. Além da diária extra, receberam o almoço, apesar de o Pop também ofertar a refeição aos fins de semana e feriados, de maneira ininterrupta nesse período de pandemia.

“Essa fase de montagem é muito trabalho, então ficamos muito felizes de poder contar com esse suporte tão importante”, destaca a empresária Moema Leão, uma das realizadoras da CasaCor. “Ficamos orgulhosas deles, pois nós demos a oportunidade, mas foram eles que abraçaram e demonstraram total comprometimento com o trabalho”, completa.

Ficamos orgulhosas deles, pois nós demos a oportunidade, mas foram eles que abraçaram e demonstraram total comprometimento com o trabalhoMoema Leão, uma das realizadoras do CasaCor

A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, esteve no local para acompanhar a preparação do ambiente e comemorou a iniciativa. “Parece uma repetição, mas a palavra a ser dita milhares de vezes é oportunidade. Olha o comprometimento dessas pessoas, olha a vontade deles em mostrar serviço, olha a qualidade do trabalho. Enfim, eles estão dando mais um passo para vencer a condição de rua, o que apenas é possível com a união de esforços do governo, da sociedade civil e deles próprios”, sintetiza.

CasaCor2021

Com 37 ambientes assinados por cerca de 40 arquitetos, designers de interiores e paisagistas, a edição 2021 da CasaCor Brasília acontece na 904 Sul, local que já recebeu as edições de 2010 e 2011. A 29ª edição é composta por espaços que vão de estúdios com 35 m² a um amplo jardim de mais de 1 mil m², assinados por nomes consagrados e novos talentos.

Idealizadoras, as arquitetas Eliane Martins e Sheila Podestá têm uma longa história com a mostra na cidade ao participarem como profissionais convidadas em 1994 com o Quarto de Casal. Posteriormente, no ano 2000, uniram-se à Abadia Teixeira e Catarina Bastos – dupla que inaugurou a mostra tanto em Brasília quanto em Goiás -, na administração da CasaCor nas duas praças. Dois anos depois, assumiram totalmente as duas franquias da região Centro-Oeste. A empresária Moema Leão se juntou a Martins e Podestá em 2001 para contribuir com o sucesso de público da mostra, ao torná-la umas das mais visitadas do país.

*Com informações da Sedes
**Nome fictício, usado para preservar a identidade do personagem devido a questões pessoais

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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