Economia
FGV: Confiança da Indústria registra segunda queda seguida
O Índice de Confiança da Indústria (ICI), divulgado hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), caiu 0,6 ponto em setembro, ficando em 106,4 pontos no mês. Esta é a segunda queda seguida, depois de quatro altas mensais consecutivas. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,4 ponto.
De acordo com a economista do Ibre/FGV Claudia Perdigão, a indústria apresentou boa recuperação no segundo semestre de 2020, mas vem encontrando dificuldades para manter o ritmo da retomada em 2021: “As percepções quanto à situação presente e futura vêm oscilando em decorrência de pressões de custo, alto desemprego, instabilidades econômicas e institucionais. Nesse contexto, soma-se ainda a crise hídrica que contribui para elevar a pressão inflacionária e as incertezas quanto à possibilidade de expansão da produção nos próximos meses, tornando mais pessimistas as expectativas para o final do ano principalmente entre os segmentos intensivos no uso de energia elétrica”.
Situação atual e expectativas
Segundo o instituto, o resultado de setembro foi influenciado pela queda no otimismo para os próximos meses, somado a uma acomodação da satisfação em relação à situação atual. O Índice Situação Atual (ISA) caiu 0,2 ponto, para 109,2 pontos, o menor valor desde agosto de 2020, quando o indicador ficou em 98,7 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) teve redução de 1 ponto, para 103,6 pontos, o menor patamar desde maio deste ano (99 pontos).
Entre os componentes do ISA, o Ibre/FGV aponta piora da situação atual dos negócios, com o indicador diminuindo 2,7 pontos, para 103,1 pontos, o menor desde agosto do ano passado (99,1). O indicador que mede a demanda total teve queda de 2,1 pontos, para 107,6 pontos. Já o nível de estoques subiu 4,1 pontos, para 116 pontos, o melhor resultado desde março (118,2).
Para os componentes do IE, a maior influência na queda do ICI em setembro foi a produção prevista para os próximos três meses, que diminuiu 1,5 ponto, para 99,7 pontos, o menor nível desde maio, quando o indicador ficou em 93,1 pontos. A perspectiva para os próximos seis meses reduziu 1,2 ponto, para 102,7 pontos.
As intenções de contratações reduziram 0,4 ponto no indicador de emprego previsto e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 0,5 ponto percentual, para 80,2%, o maior valor desde novembro de 2014.
Edição: Denise Griesinger
Economia
Dia das Mães: pesquisa do Procon Goiás aponta variação superior a 220% nos preços dos presentes
Oscilação foi encontrada no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Levantamento foi feito com 156 itens em 54 estabelecimentos da capital
O Dia das Mães é comemorado no próximo domingo (12/05) e para ajudar o consumidor a fazer a melhor escolha do presente, o Procon Goiás realizou pesquisa de preços em 54 estabelecimentos de Goiânia entre os dias 25 de abril e 2 de maio. Foram levantados preços de 156 produtos, como cestas de café da manhã, flores, maquiagens, perfumes e eletrônicos. A pesquisa completa feita pelo Procon Goiás, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.
A principal variação apontada pela pesquisa foi de 221,28% no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Outro produto com variação considerável (206,90%) é o pó compacto da marca Bruna Tavares, vendido de R$ 27,99 a R$ 85,90.
Os pesquisadores do Procon Goiás encontraram ainda uma sessão de massagem relaxante de 50 minutos entre R$ 80 e R$ 184, variação de cerca de 130%. O levantamento também levou em conta produtos eletrônicos, sendo que a maior diferença nesses itens foi superior a 135% e ocorreu no depilador Philips 2 velocidades, comercializado de R$ 199 a R$ 469.
A pesquisa também levou em conta variações dos produtos em relação ao ano passado. Teve produto com aumento superior a 95%. É o exemplo da paleta de sombras da marca Mariana Saad, vendida ano passado por R$ 80,97 e esse ano por R$ 157,95. Em relação a 2023, a cesta de café da manhã com 50 itens teve aumento de 52,80%. O produto era vendido ano passado a R$ 219,90 e esse ano a R$ 336.
Essa data é considerada a principal no calendário do comércio no primeiro semestre. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), o Dia das Mães deve levar 94% dos consumidores às compras na capital. Dados da entidade apontam que, este ano, o ticket médio para compra do presente será de R$ 155, com cerca de dois produtos por cada consumidor.
Orientações
Antes de ir às compras, pesquise os preços, para que não pese no orçamento familiar. O consumidor precisa se atentar ao fato de que os produtos têm de estar expostos com os preços de maneira clara e visível. O produto deve mostrar 2 preços: o total à vista e o valor das parcelas (no caso de parcelamento do pagamento).
Toda loja tem sua política de troca e o estabelecimento só é obrigado a efetuar a troca do produto se ele apresentar algum defeito. O Código de Defesa do Consumidor prevê dois prazos para reclamação: 30 dias para os produtos e serviços não duráveis e 90 dias para produtos e serviços duráveis.
Quanto às compras de aparelhos eletrônicos, o consumidor deve testar o funcionamento do aparelho ainda dentro do estabelecimento, verificar da existência de manual de instruções em nosso idioma e a relação da rede autorizada de assistência técnica do produto.
No caso de compras realizadas fora da loja física, o consumidor deve exigir o comprovante da data de entrega. Nesse caso, o prazo de desistência da compra é de 7 dias a partir do recebimento do produto. Exija sempre a nota fiscal na aquisição de qualquer produto, pois ela é importante caso o consumidor precise fazer valer os seus direitos e formalizar uma reclamação.
Fotos: Procon Goiás / Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor – Governo de Goiás
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