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Reforço às equipes da atenção primária em saúde

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Uma portaria publicada no Diário Oficial nesta terça-feira (21) vai ajudar a fortalecer o atendimento de saúde na atenção primária do Distrito Federal. Isso porque, ao instituir o Programa de Incentivo às Residências de Medicina de Família e Comunidade no âmbito da Secretaria de Saúde, a Portaria 928 irá oferecer uma complementação financeira à bolsa de residentes para que eles possam dedicar parte da carga horária (40h) no atendimento a pacientes nas unidades básicas de saúde. Tudo acompanhando por médicos preceptores.

“Essa implementação, aderindo à Portaria do Ministério da Saúde, reforça as ações empreendidas pela atual gestão para incrementar e fortalecer a política de saúde com ênfase na atenção primária, porta de acesso aos demais serviços de saúde”Silene Almeida, subsecretária de Gestão de Pessoas

Cada residente médico que assumir uma equipe estratégia de saúde da família (eSF) receberá um acréscimo mensal à bolsa de residência no valor de R$ 7.536,00. Com a publicação da portaria, a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências de Saúde (Fepecs) tem 20 dias para publicar o edital de adesão dos médicos de família.

Patrícia Fonteles, 30 anos, recebeu em casa a visita da equipe de Saúde da Família da UBS 12 | Foto: Arquivo / Breno Esaki/Agência Saúde-DF**

A residência constitui modalidade de ensino de pós-graduação em lato sensu, destinada a médicos, sob a forma de cursos de especialização, caracterizada por treinamento em serviço, funcionando sob a responsabilidade de instituições de saúde, sob a orientação de profissionais médicos de elevada qualificação ética e profissional. Cada preceptor do programa será responsável pela preceptoria de até três residentes.

“Essa implementação, aderindo à Portaria do Ministério da Saúde, reforça as ações empreendidas pela atual gestão para incrementar e fortalecer a política de saúde com ênfase na atenção primária, porta de acesso aos demais serviços de saúde”, ressalta a subsecretária de Gestão de Pessoas da pasta, Silene Almeida.

Fortalecimento

De fato, esse incentivo é apenas um dos eixos que o GDF, por meio da Secretaria de Saúde, tem trabalhado para aumentar a resolutividade da atenção primária. “Precisamos desconstruir a ideia do ‘postinho’, em que as pessoas iam para tomar vacina e pegar fraldas e mostrar que as unidades básicas podem resolver problemas de saúde, como colocar um DIU, fazer um curativo, cuidar do hipertenso, estabilizar um paciente para ser encaminhado ao hospital e agendar especialidades e cirurgias”, destaca o coordenador da Atenção Primária, Fernando Erick Damasceno.

Para ele, a Portaria 928 vai ajudar a resolver um dos grandes gargalos da atenção primária, que é a contratação de médicos de família. “No ano passado, convocamos 126 profissionais da área, mas apenas 48 foram, de fato, efetivados”, lamenta. Fernando Erik adianta que até o final deste ano um novo concurso para várias especialidades, incluindo medicina de família, deve ser realizado.

Atualmente, a Secretaria de Saúde tem 543 equipes cadastradas no Ministério da Saúde – 60 a mais do que no início dessa gestão, em 2018

Equipes

Atualmente, a Secretaria de Saúde tem 543 equipes cadastradas no Ministério da Saúde – 60 a mais do que no início dessa gestão, em 2018. Isso significa que o GDF recebe recurso por todas elas. Porém, mais 62 ESFs complementam o atendimento das UBSs, mas por não estarem completas, ainda não são consideradas consolidadas.

“Todas elas precisam ter um médico, um enfermeiro, dois técnicos e, no mínimo, um agente comunitário de saúde (ACS). Nosso maior déficit é de ACS. Por isso, estamos prestes a lançar um edital para contratação temporária de 500 agentes, que já deverão iniciar no final de outubro”, observa o coordenador da Atenção Primária.

Com esse número de equipes, atendendo em 176 unidades básicas de saúde, a cobertura de saúde da família atualmente é de 68,4% em todo o DF, com o melhor desempenho para a Região de Saúde Norte, que compreende Planaltina, Sobradinho, Sobradinho II e Fercal, onde se tem 94,3% de cobertura. “A nossa média estratégica é alcançar 80%”, diz Fernando Érik.

Unidades

Além de aumentar o número de equipes, ampliar a rede de atendimento também é essencial para elevar a cobertura da atenção primária. É nas unidades básicas de saúde que se pode resolver cerca de 80% dos problemas, desafogando as emergências dos hospitais.

Segundo Fernando Érik, desde 2019 foram entregues oito UBSs e outras três devem ser concluídas ainda este ano, contemplando moradores da QNR 2 de Ceilândia, Buritizinho e Vale do Amanhecer.

“Não é só uma expansão. É colocar UBS em territórios vulneráveis, para dar acesso a quem de fato precisa”, frisa o coordenador, que adianta: “ainda temos outras 15 unidades para serem licitadas. Pelo menos seis têm condições de serem iniciadas as construções no ano que vem.”

Fernando Érik ainda destaca como eixos de fortalecimento da APS os programas de qualificação profissional, como o Qualis Aps, que busca fortalecer e qualificar a gestão e os serviços prestados na atenção primária, articulando ações de avaliação, capacitação, aperfeiçoamento e estratégias de comunicação, com base em padrões de qualidade construídos de forma participativa; e a planificação, que tem por objetivo fortalecer o papel da APS como ordenadora e coordenadora do cuidado.

**Fotos tiradas em casa, em ambiente controlado

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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