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Rio de Janeiro lança plataforma para controle de acidentes de trânsito

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A pesquisa e o acompanhamento dos delitos que ocorrem nas ruas e estradas do estado do Rio de Janeiro ganharam reforço. Dentro da Semana Nacional do Trânsito 2021, o Instituto de Segurança Pública (ISP) lançou hoje (20) a plataforma ISPTrânsito, que permite o monitoramento dos dados sobre acidentes no trânsito no estado do Rio. De acordo com o instituto, o trabalho será facilitado porque a plataforma ficará hospedada no próprio site. Por meio de gráficos, mapas e tabelas dinâmicas será possível realizar a consulta de cidades e ruas com maior número de acidentes.

Pandemia

O instituto informou que a pandemia da covid-19 alterou completamente a curva de registros de delitos de trânsito. Por isso, os primeiros dados disponibilizados pela plataforma comparam os anos de 2019 e 2020 e também contrapõem os períodos de março de 2019 a fevereiro de 2020 e de março de 2020, quando começou o isolamento social, em fevereiro de 2021.

Análises com base na aplicação da ISPTrânsito indicaram, que com exceção dos homicídios culposos, a menor circulação de pessoas nas ruas provocou recuo expressivo nos principais delitos no período de pandemia. Conforme o ISP, o estado do Rio apresentou queda de 35,50% nos acidentes de trânsito de março de 2020 a fevereiro de 2021, em relação ao período anterior, saindo de 24.819 registros para 16.008.

Já o delito de lesão corporal culposa caiu 38,69%, passando de 26.423 para 16.201 casos. Na condução de veículo por pessoa embriagada ou sob efeito de drogas se notou redução de mais de 27,21%, chegando na pandemia a 1.110 registros. No entanto, mesmo com a diminuição expressiva dos registros de acidentes, o número de homicídios culposos se manteve praticamente estável, apresentando queda de 2,15%, saindo de 1.953 para 1.911.

Vítimas

Os dados mostram ainda que os homens foram vítimas de quase 75% dos acidentes e de 82% dos homicídios culposos ocorridos no trânsito no período, que começou em março de 2020, relativo à pandemia. Mais de 48% das vítimas fatais e metade dos acidentados no estado foi com pessoas na faixa de idades entre 30 e 59 anos.

Locais

A capital e os municípios de Niterói e São Gonçalo, na região metropolitana; e , Nova Iguaçu e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, ocupam as primeiras cinco posições no ranking das cidades que registraram mais acidentes de trânsito no período da pandemia. No interior do estado, em primeiro lugar ficou o município de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, seguido por Araruama, na Região dos Lagos; Petrópolis, Teresópolis, na região Serrana; e Volta Redonda, no sul fluminense.

No município do Rio, as vias onde houve mais acidentes foram a Avenida Brasil, que liga a zona oeste ao centro da cidade; a Avenida das Américas, no Recreio e Barra da Tijuca, na zona oeste; e a Avenida Dom Hélder Câmara, na zona norte. Nos casos dos homicídios culposos, o destaque ficou com a Avenida Brasil, seguida da Avenida Cesário de Melo, que passa pelos bairros de Santa Cruz, Paciência, Cosmos, Inhoaíba, Campo Grande e Senador Vasconcelos, na zona oeste; e a Avenida Santa Cruz, também na zona oeste.

Para a diretora-presidente do Instituto de Segurança Pública, Marcela Ortiz, o site do instituto costuma ser usado como fonte de pesquisa de muitos profissionais, estudantes e governos, e isso poderá ser ampliado com a plataforma.

“Ao criar esse painel específico para trânsito, a nossa ideia foi facilitar a consulta aos principais delitos que acontecem nas ruas do estado e dar mais transparência a esses dados. Da mesma forma, queremos que a população tenha a dimensão do problema e entenda a necessidade de tornarmos o trânsito um local mais seguro para todos”, disse.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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Nacional

Lula segue para o Rio Grande do Sul, acompanhado de ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário

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Estado registra 329 municípios atingidos e 686.482 pessoas afetadas. A frente fria tem previsão de altos volumes de chuva para o norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e sul do Paraná

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, seguiu para o Rio Grande do Sul na manhã deste domingo, 5 de maio, acompanhado por uma comitiva de ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário. O grupo se une aos ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), que já estão no estado e acompanham de perto as ações de socorro e assistência do Governo Federal à população gaúcha.

Embarcaram com o presidente a primeira-dama, Janja Lula, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), José Mucio (Defesa), Fernando Haddad (Fazenda), Renan Filho (Transportes), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Wellington Dias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Jader Filho (Cidades), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais). Também seguem para o Rio Grande do Sul os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, os ministros Edson Fachin (STF) e Bruno Dantas (presidente do Tribunal de Contas da União), além do comandante do Exército Brasileiro, general Tomás Paiva.

Neste domingo, durante o Regina Caeli (uma das peças da liturgia católica, denominadas “antífonas marianas”), o Papa Francisco manifestou solidariedade e dirigiu suas orações aos povos dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, afetados pelas fortes chuvas e enchentes.

Atualizações nas ações de socorro e assistência ao Rio Grande do Sul

Ministério da Defesa
Resgate de pessoas isoladas em Lajeado, Encantado, Taquari, Estrela, Nova Santa Rita, Montenegro, Sinimbu, Canoas, Bento Gonçalves, Campo Bom e São Sebastião do Caí. Em São Gabriel, Bagé, Alegrete e Cristal, também foram realizadas operações de apoio à reestruturação de imóveis destruídos e realocação de pessoas desabrigadas. Em Candelária e São Valentim do Sul, o contingente ainda realizou a desobstrução de vias. Em Restinga Seca, atuaram para o lançamento de uma ponte e restituição dos acessos. Em Porto Alegre e Cachoeira do Sul, atuaram no apoio à organização e distribuição de doações e aos abrigos de desabrigados. Foram realizados 9.749 resgates nos últimos dias, sendo 402 aéreos, 2.340 fluviais e 7.007 terrestres – 69 pessoas demandaram um trabalho de evacuação aeromédica. São 647 militares das Forças Armadas envolvidos nas operações, sendo 426 do Exército, 155 da Marinha e 66 da Força Aérea.

Força Aérea Brasileira (FAB)
Nesta madrugada, a aeronave KC-390 Millennium transportou mais de 18 toneladas de materiais do Grupamento de Apoio Logístico de Campanha (GALC). Decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ) com destino à Base Aérea de Canoas, transportando geradores, banheiros químicos, barracas operacionais, colchões, materiais de apoio elétrico e hidráulico que vão prover suporte de alimentação, alojamento, higienização (banho e sanitários) e manutenção da assistência à população gaúcha. Além de toda a carga, a aeronave ainda transportou 14 militares do GALC, que farão a montagem de toda a estrutura em Canoas. A atuação desse efetivo tem a finalidade de apoiar logisticamente as operações na calamidade pública.

Polícia Rodoviária Federal (PRF)
No balanço da manhã, a PRF apontou a previsão de reforço de 75 agentes no efetivo envolvido nas operações. Até o momento, estão destacados 99. A força relatou extrema dificuldade de movimentação do efetivo em razão dos pontos bloqueados. Estão empregadas na operação 20 viaturas e três aeronaves. Cento e cinquenta resgates terrestres já foram realizados e 54 pessoas (e três animais) demandaram resgate aéreo.

BALANÇO — De acordo com a última atualização do governo estadual, são 329 municípios atingidos e já são 686.482 pessoas afetadas. O estado contabiliza 79.253 desalojadas e outras 14.447 pessoas em abrigos, com 72 mortes, 150 feridos e 103 desaparecidas.

PREVISÃO DO TEMPO — De acordo com os órgãos de monitoramento e previsão hidrometeorológica — Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Serviço Geológico do Brasil (SGB) e Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) — a frente fria tem previsão de altos volumes de chuva para o norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e sul do Paraná.

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