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Emater debate compras governamentais de alimentos

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Uma oportunidade importante de produzir alimentos orgânicos invertendo a lógica de produção atual, que ainda é convencional, e, ao mesmo tempo, preservar o planeta. Foi assim que o extensionista da Emater-DF José Nilton Campelo resumiu os programas de compras institucionais de alimentos em sua participação, nesta quinta-feira (16), na Semana do Alimento Orgânico do Distrito Federal.

Com os programas de compras institucionais, os agricultores familiares têm como produzir orgânicos e conquistar mercados | Fotos: Divulgação/Emater-DF

Ele falou do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), bem como sobre como agricultores familiares podem se apoiar neles para produzir orgânicos e conquistar mercados, mecanismos legais que obrigam os governos municipais, estaduais e do Distrito Federal a adquirirem alimentos de agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e assentados da reforma agrária. Juntos, Pnae, PAA e Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa/DF), do Governo do Distrito Federal (GDF), têm como objetivo garantir a segurança alimentar e, ao mesmo tempo, desenvolver o meio rural, sobretudo as comunidades mais pobres.

“Quando um agricultor adere a um desses programas de compras governamentais, vários desses problemas deixam de existir porque ele recebe garantias. Isso permite que ele se programe”José Nilton Campelo, extensionista da Emater-DF

“Para ilustrar o quanto eles são importantes, em 2010 fizemos a primeira chamada pública do Pnae, para fornecer alimentos para escolas do DF. Era um contrato de R$ 938 mil com uma entidade que tinha 101 agricultores vinculados, para fornecer dois produtos: goiaba e morango. Hoje, em 2021, o contrato é de R$ 23,9 milhões, envolve 16 organizações com 1,2 mil agricultores vinculados e já são 33 produtos na cesta. Para mim, isso ilustra a grandiosidade de um programa como esse”, analisa.

Aproveitando as oportunidades

José Nilton explica que o principal atrativo destas compras institucionais são as garantias que os agricultores recebem. “A agricultura é uma das atividades mais difíceis de se planejar, porque não depende só de recurso, mas também de uma série de outros fatores, como as intempéries. Então, ele não sabe se vai colher; se colhe, não sabe se vai vender; se vende, não sabe se vai receber. Quando um agricultor adere a um desses programas de compras governamentais, vários desses problemas deixam de existir porque ele recebe garantias. Isso permite que ele se programe”.

Nenhum desses programas obriga o governo a adquirir alimentos orgânicos, embora no Pnae exista uma orientação para que 30% dos recursos usados na compra dos alimentos sejam destinados preferencialmente à aquisição de orgânicos. Mesmo assim, são oportunidades importantes aos agricultores familiares que pensam em produzir organicamente.

“Embora não haja essa obrigatoriedade, é uma oportunidade, porque os agricultores que fornecem para estes programas de compra conseguem se organizar e vender também fora deles. E, ao vender fora deles, eles percebem que o mercado está cada vez mais pedindo orgânicos. Então eles recebem a oportunidade de, por meio dos recursos dos programas de compras institucionais, se organizarem para produzir orgânicos”, relaciona José Nilton.

O trabalho de extensão rural desenvolvido pela Emater-DF junto aos agricultores garante assistência técnica desde o planejamento até a comercialização dos produtos

Participação importante e apoio da Emater-DF

Para se ter uma ideia da participação de orgânicos nessas compras, no PAA Termo de Adesão, modalidade destinada a atender a demanda de programas sociais que compra exclusivamente de agricultores familiares com DAP física, o crescimento dos valores aplicados em compras de orgânicos foi significativo.

Em 2014, tinham sido gastos R$ 1,28 milhão para compra de alimentos convencionais e R$ 42 mil de orgânicos. Em 2020, enquanto o valor pago a alimentos convencionais foi de R$ 1,83 milhão, aos orgânicos foi de R$ 339,39 mil. A soma ainda é menor, porém o crescimento já é maior, indicando que esta é uma tendência.

Entre 2012 e 2020, Papa DF, Pnae e PAA adquiriram R$ 7,91 milhões em produtos orgânicos de agricultores preferencialmente familiares do DF.

Agricultores que desejam entrar nesse mercado contam com o apoio da Emater-DF, que dá assistência técnica desde o planejamento do que e como plantar até a estruturação da propriedade, comercialização e inserção nos programas de compras e no mercado. “Existe um trabalho enorme da extensão rural por trás disso. A Emater-DF tem um papel exaustivo e fundamental no funcionamento dessa cadeia. A extensão rural está presente em todas as fases desse processo”, finaliza José Nilton.

Semana do Alimento Orgânico do DF

A Semana do Alimento Orgânico do DF, que este ano tem como tema “Sabor e Saúde em Sua Vida”, termina nesta sexta-feira (17). Durante o evento, que é virtual e pode ser acompanhado por qualquer pessoa, estão sendo realizadas palestras e debates a respeito da produção, comercialização e importância dos orgânicos para as pessoas e para o meio ambiente. Basta acessar o site da Exposição Agropecuária de Brasília (Expoabra 2021), fazer a inscrição gratuitamente e assistir às mesas de discussão.

*Com informações da Emater-DF

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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