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Memorial JK promove celebração de seus 40 anos

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Para celebrar seus 40 anos de fundação e o 119°aniversário de nascimento de Juscelino Kubitschek, o Memorial JK, em Brasília, lançou duas obras literárias neste domingo (12). A primeira é voltada ao público infantil, e tem como título “De Nonô a JK”. A outra é o terceiro volume da coletânea “Memórias do Brasil — Discursos de Juscelino Kubitschek”.  O evento contou com a presença do governador Ibaneis Rocha, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e da família do fundador de Brasília. 

Eles depositaram uma coroa de flores na câmara mortuária, onde estão os restos de JK, em sua homenagem. O ex-presidente morreu em 1976, em um acidente de carro, na Rodovia Dutra, próximo a Resende (RJ). 

O livro infantil é fruto de parceria entre o Memorial JK e a Secretaria de Cultura do Distrito Federal, comandada pelo jornalista Bartolomeu Rodrigues. A obra é composta ainda por um livro de colorir e uma linda pasta, e faz alusão ao apelido de infância de JK. Já o terceiro volume de “Memórias do Brasil — Discursos de Juscelino Kubitschek” é a compilação de todos os pronunciamentos feitos por ele em 1958. A publicação é do Conselho Editorial do Senado Federal (Cedit), presidido pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

O lançamento dos dois livros relembra um dos mais férteis momentos da história política do Brasil, com destaque para a trajetória de JK como deputado, prefeito, governador e presidente.

Trajetória

Mineiro de Diamantina, Juscelino formou-se em medicina, mas logo trocou os bisturis pela política. Começou chefiando o gabinete de Benedito Valadares, nomeado interventor federal de Minas Gerais por Getúlio Vargas, em 1933. No ano seguinte, JK foi eleito deputado federal, mas teve o mandato cassado em novembro de 1937, quando Vargas fechou o Congresso Nacional com o apoio das Forças Armadas.

Em 1940, Benedito Valadares o nomeou prefeito de Belo Horizonte. Conciliando a administração da capital mineira com a atividade médica, Juscelino se notabilizou por realizar diversas obras que transformaram Belo Horizonte, passando à história como o “prefeito furacão”. Além de importantes obras de infraestrutura, sua gestão foi marcada pelo início da construção do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Pampulha, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Ainda assim, era quase um desconhecido no restante do país.

Após a deposição de Vargas, em 1945, Juscelino foi eleito deputado constituinte – permanecendo no cargo mesmo após a promulgação da Constituição de 1946. Em 1950, foi eleito governador de Minas Gerais e voltou a convidar Niemeyer para projetar várias obras públicas.

O auge da carreira política de Juscelino se deu em 1955, quando foi eleito presidente da República. Em sua música de campanha, apresentava-se como homem “trabalhador”, “patriota”, vindo das “bateias”, ou seja, de antigas regiões de exploração do ouro em Minas Gerais, que salvaria o Brasil. “Queremos demonstrar ao mundo inteiro e a todos que nos querem dominar que o Brasil pertence aos brasileiros”, dizia o jingle do candidato eleito com o slogan “50 anos de progresso em 5 anos de governo”.

Mudança de capital

Ainda durante a campanha, ao fazer um comício em Jataí (GO), em abril de 1955, Juscelino foi questionado por um cidadão, Antônio Soares Neto, se cumpriria a Constituição Federal caso fosse eleito, transferindo a capital do Rio de Janeiro para a região central do país. 

Cinco anos depois, nascia a obra máxima da moderna arquitetura brasileira, inaugurada em 1960, e desde 1972 considerada Patrimônio Cultura da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

JK deixou a presidência em janeiro de 1961, sendo sucedido por Jânio Quadros. Mais tarde, seus anos a frente do governo seriam identificados com o que se chamou de “anos dourados”, embora não livres de polêmicas e denúncias. Eleito senador por Goiás nas eleições extraordinárias de junho de 1961, Juscelino apoiou o regime militar, o qual passou a se opor ao ter seu mandato e seus direitos políticos cassados por dez anos, em junho de 1964.

Exílio

Após dois anos exilado na Europa, JK tentou regressou ao Brasil no fim de 1965. Temendo ser preso, voltou a deixar o país, ao qual só regressou definitivamente em março de 1967. Ocupou alguns cargos públicos até que, em 1976, passou e dedicar-se exclusivamente à administração de sua fazenda em Luziânia (GO). Em 22 de agosto daquele ano, o carro em que ele e seu motorista viajavam se chocou contra um caminhão na Via Dutra. A morte de JK causou comoção nacional e levou centenas de milhares de pessoas às ruas de Brasília, durante seu cortejo fúnebre.

Em 2013, a Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo concluiu que sua morte não tinha sido um acidente, mas sim consequência de um atentado. Um ano depois, no entanto, a Comissão Nacional da Verdade concluiu que a colisão foi acidental.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

Fonte: EBC Geral

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Lula segue para o Rio Grande do Sul, acompanhado de ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário

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Estado registra 329 municípios atingidos e 686.482 pessoas afetadas. A frente fria tem previsão de altos volumes de chuva para o norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e sul do Paraná

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, seguiu para o Rio Grande do Sul na manhã deste domingo, 5 de maio, acompanhado por uma comitiva de ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário. O grupo se une aos ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), que já estão no estado e acompanham de perto as ações de socorro e assistência do Governo Federal à população gaúcha.

Embarcaram com o presidente a primeira-dama, Janja Lula, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), José Mucio (Defesa), Fernando Haddad (Fazenda), Renan Filho (Transportes), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Wellington Dias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Jader Filho (Cidades), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais). Também seguem para o Rio Grande do Sul os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, os ministros Edson Fachin (STF) e Bruno Dantas (presidente do Tribunal de Contas da União), além do comandante do Exército Brasileiro, general Tomás Paiva.

Neste domingo, durante o Regina Caeli (uma das peças da liturgia católica, denominadas “antífonas marianas”), o Papa Francisco manifestou solidariedade e dirigiu suas orações aos povos dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, afetados pelas fortes chuvas e enchentes.

Atualizações nas ações de socorro e assistência ao Rio Grande do Sul

Ministério da Defesa
Resgate de pessoas isoladas em Lajeado, Encantado, Taquari, Estrela, Nova Santa Rita, Montenegro, Sinimbu, Canoas, Bento Gonçalves, Campo Bom e São Sebastião do Caí. Em São Gabriel, Bagé, Alegrete e Cristal, também foram realizadas operações de apoio à reestruturação de imóveis destruídos e realocação de pessoas desabrigadas. Em Candelária e São Valentim do Sul, o contingente ainda realizou a desobstrução de vias. Em Restinga Seca, atuaram para o lançamento de uma ponte e restituição dos acessos. Em Porto Alegre e Cachoeira do Sul, atuaram no apoio à organização e distribuição de doações e aos abrigos de desabrigados. Foram realizados 9.749 resgates nos últimos dias, sendo 402 aéreos, 2.340 fluviais e 7.007 terrestres – 69 pessoas demandaram um trabalho de evacuação aeromédica. São 647 militares das Forças Armadas envolvidos nas operações, sendo 426 do Exército, 155 da Marinha e 66 da Força Aérea.

Força Aérea Brasileira (FAB)
Nesta madrugada, a aeronave KC-390 Millennium transportou mais de 18 toneladas de materiais do Grupamento de Apoio Logístico de Campanha (GALC). Decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ) com destino à Base Aérea de Canoas, transportando geradores, banheiros químicos, barracas operacionais, colchões, materiais de apoio elétrico e hidráulico que vão prover suporte de alimentação, alojamento, higienização (banho e sanitários) e manutenção da assistência à população gaúcha. Além de toda a carga, a aeronave ainda transportou 14 militares do GALC, que farão a montagem de toda a estrutura em Canoas. A atuação desse efetivo tem a finalidade de apoiar logisticamente as operações na calamidade pública.

Polícia Rodoviária Federal (PRF)
No balanço da manhã, a PRF apontou a previsão de reforço de 75 agentes no efetivo envolvido nas operações. Até o momento, estão destacados 99. A força relatou extrema dificuldade de movimentação do efetivo em razão dos pontos bloqueados. Estão empregadas na operação 20 viaturas e três aeronaves. Cento e cinquenta resgates terrestres já foram realizados e 54 pessoas (e três animais) demandaram resgate aéreo.

BALANÇO — De acordo com a última atualização do governo estadual, são 329 municípios atingidos e já são 686.482 pessoas afetadas. O estado contabiliza 79.253 desalojadas e outras 14.447 pessoas em abrigos, com 72 mortes, 150 feridos e 103 desaparecidas.

PREVISÃO DO TEMPO — De acordo com os órgãos de monitoramento e previsão hidrometeorológica — Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Serviço Geológico do Brasil (SGB) e Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) — a frente fria tem previsão de altos volumes de chuva para o norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e sul do Paraná.

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