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Escola Superior de Ciências da Saúde completa 20 anos

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Uma cerimônia realizada nesta sexta-feira (10) celebrou os 20 anos de criação da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), uma instituição de ensino inserida na estrutura da Secretaria de Saúde do Distrito Federal que visa a formação de profissionais – médicos e enfermeiros – para atuarem na própria rede. Nestes 20 anos de existência, a ESCS já graduou 1.104 médicos e 424 enfermeiros, além de 134 mestres e 12 doutores.

Por ano, são ofertadas 80 vagas para o curso de Medicina e outras 80 vagas para o curso de Enfermagem da ESCS, em regime de vestibular | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde

“Este momento para mim é muito significativo. Começo a me dar conta que estou à frente de uma área de ensino que busca a qualidade em tudo que faz para que tenhamos profissionais de qualidade e isso me enche de orgulho. Paralelamente à assistência – que é a nossa prioridade no momento – temos que fortalecer a ESCS e o ensino”, afirmou o secretário de Saúde, general Pafiadache, em seu discurso na solenidade. Em respeito aos protocolos sanitários e aos decretos do GDF, o evento foi realizado virtualmente, sendo transmitido on-line aos docentes e graduandos.

Em 20 anos de existência, a ESCS já graduou 1.104 médicos e 424 enfermeiros, além de 134 mestres e 12 doutores

A ESCS é mantida pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (FEPECS), criada em 2001 pela Lei Distrital nº 2.676. Ao longo dessas duas décadas de trajetória educacional, a faculdade chegou a estar entre as oito melhores instituições de medicina do Brasil e obteve nota máxima no último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), realizado em 2019. A pesquisa de 2020 foi adiada devido à pandemia do novo coronavírus.

A coordenadora do curso de medicina da ESCS, Marcia Cardoso, foi a responsável pela abertura da mesa da solenidade. Em sua saudação, reforçou a contribuição da SES em acolher os estudantes nas unidades da rede como parte do aprendizado e análise de realidade ao longo dos cursos. “Nesses 20 anos de existência nós entregamos à sociedade mais de mil médicos com formação baseada em valores e preceitos éticos e profissionais comprometidos com o princípio do SUS e da comunidade. Parabenizo a todos que contribuíram com essa trajetória de sucesso”, discursou.

Uma mensagem do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, relembrou a memória do idealizador da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde e, à época, Secretário de Saúde do DF, Jofran Frejat, falecido recentemente

Ainda durante a solenidade, a diretora da Escs, Marta David Rocha, agradeceu o apoio do secretário. “A sua presença aqui reforça a parceria da ESCS com a SES no ensino e na educação em saúde a nível de graduação e pós-graduação, extensão e pesquisa. Nosso compromisso hoje não é só com os que aqui estão, é também com os que virão”, declarou.

Uma mensagem do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, também foi transmitida no evento. Em seu rápido discurso, Ibaneis relembrou a memória do idealizador da FEPECS e, à época, Secretário de Saúde do DF, Jofran Frejat, falecido recentemente.

Ingresso

Por ano, são ofertadas 80 vagas para o curso de Medicina e outras 80 vagas para o curso de Enfermagem da ESCS, em regime de vestibular. O candidato poderá optar por concorrer pelo Sistema Universal (48 vagas/curso) ou pelo Sistema de Cotas (32 vagas/curso), que reserva 40% das vagas para quem cursou todas as séries do Ensino Fundamental e Médio em escolas vinculadas à Secretaria de Educação do DF.

Os Cursos de Medicina e Enfermagem da ESCS são ministrados em horário integral e não permitem transferência.

*Com informações da Secretaria de Saúde

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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